Diário de uma prostituta II

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Capítulo 8.

Eu não acreditei quando vi aquilo caindo do bolso do João. Eu jamais imaginava passar por isso, fiquei completamente sem reação.

-Me explica isso, Agora!

-Você já sabe o que é, porque fica me perguntando?

-Eu não acredito nisso, você, um menino tão bem informado, sabe muito  bem o que é certo e o que é errado, me aprontar uma dessas. Por favor, pela última vez, vai pro seu quarto.

-Eu vou ligar pro meu pai, e vou morar com ele.

Ele me deu as costas e saiu. Como fazia falta alguém pra desabafar nesses momentos, fui pro meu quarto e tranquei a porta, eu precisava muito tomar um banho e dormir. E foi o que eu fiz, mas não consegui dormir, simplesmente fiquei rolando pela cama até amanhecer. Quando ia pegar no sono alguém me ligou:

"Oi Luíza, sou eu Luiz"

"Diga"

"Eu preciso conversar com você, um assunto muito sério"

"Eu também preciso Luiz, aliás eu preciso da sua ajuda"

"Vamos almoçar juntos"

"Tá bom"

Algumas horas depois...

Depois de dormir por não sei quantas horas, acordei sem saber direito onde eu tava, ai olhei meu quarto em volta e lembrei de tudo que aconteceu na noite anterior. Uma certa preocupação começou a rondar minha cabeça, meu filho era muito novo pra passar por tudo aquilo, ele teria meu apoio pra tudo que precisasse, mas confesso que dessa vez não sabia o que fazer. Levantei, tomei um banho e quando estava saindo do quarto ele apareceu.

-Eu posso falar com você?

-Claro que pode filho.

-Eu quero pedir desculpas por ontem, mãe eu não te odeio e nem tenho motivos pra isso, você sempre foi uma super mãe pra mim e pra minha irmã. Eu tava sob efeito de álcool e drogas, não sabia muito bem o que eu tava falando.

-Você é muito novinho meu filho, tem tanta coisa pela frente, não se deixa levar por esse vício horrível, você sempre teve uma cabeça muito boa, sempre foi um bom menino.

-Na verdade, eu não queria experimentar mas o Thiago começou a me chamar de mimado, filinho de mamãe, me senti desafiado.

-João, eu não te quero mais na casa desse menino, e nem na casa de ninguém durante um bom tempo. Eu vou almoçar com o seu pai, ele quer conversar comigo.

-Qual pai?

-Como assim qual pai? Você só tem um pai, é o Luiz.

-Mãe eu preciso te mostrar uma coisa.

Então ele virou o celular e lá estava a seguinte mensagem:

"Eu tô voltando filho, pode avisar a Luíza. Assinado: Gael"...

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