Diário de uma prostituta II

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Capítulo 43.

*Fernando narrando*

Depois de passar a noite na casa da Luíza, eu fiquei radiante de felicidade, parecia um adolescente descobrindo o amor pela primeira vez.

-Amor, eu vou pra casa agora organizar tudo pra sua mudança.

-Mudança? Como assim?

-Ué, você saiu de uma prisão mas vai entrar em outra, essa aqui.

Apontei pro dedo dela, que ainda usava a aliança que eu tinha dado pra ela há seis anos atrás.

-Você é incrível. Vai logo se não eu fico com saudades!

Depois de uns 10 beijos, consegui finalmente entrar no carro. Estava a caminho de casa, e de repente pensei no meu pai, se essa noite tivesse um fruto, com certeza ele ficaria muito feliz por ter um neto. Assim que entrei, a Betina veio me receber, já com um café que era o meu preferido.

-Oi Senhor Fernando, estava sua espera.

-Oi Betina, ia mesmo pedir pra você fazer um café.

Enquanto tomava o café percebi que ela estava estranha, e de repente tudo começou a escurecer, fui ficando tonto e com muito sono...

*Luiza Narrando*

Já passava das onze horas da noite, o Fernando tinha prometido voltar pra ficar comigo mas até agora não tinha dado um sinal de vida. Andava de um lado pro outro na sala de casa, já tinha ligado várias vezes pra casa dele mas também ninguém atendia.

-Mãe o que houve? Porque você está assim? Vai acabar fazendo um buraco no chão de tanto andar.

A Camila estava em casa, tinha deixado o Augusto com o pai e iria buscá-lo apenas no dia seguinte.

-O Fernando saiu daqui de casa prometendo que ia voltar pra dormir comigo, mas até agora não ligou e na casa dele também ninguém atende.

-Fica calma mãe, ele pode ter se ocupado com alguma coisa, ele não é delegado?

-Não, e se a minha intuição tiver certa o Fernando tá em perigo.

-Como assim?

Então contei a história toda pra ela, que depois de ouvir tudo o que tinha acabado de contar, ficou mais preocupada que eu.

-Mãe a gente precisa ir até lá, e se esses dois malucos fizeram alguma coisa com ele? Tenta o celular da Betina, já tentou falar com ela?

-Ah é verdade, nossa como eu pude esquecer o número dela.

*Oi Betina, tudo bem?

*Oi dona Luíza, como está?

*Estou bem, o Fernando está por aí?

*Ele está lá em cima, quer que eu chame?

*Não precisa, estou indo aí.

*Como quiser.

Desliguei o telefone, chamamos um táxi e quando estávamos perto, eu comecei a sentir uma sensação horrível.

Diário de uma prostituta IIWhere stories live. Discover now