Diário de uma prostituta II

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Capítulo 41.

Saímos do motel rumo a casa do Fernando, ficamos abraçados o tempo todo, como se a qualquer momento algo fosse separar a gente de novo.

-Liga o seu Celular.

Eu pedi pra que ele fizesse isso, e bem no momento que ele acendeu, ela começou a ligar

-É a Laura.

-Atende, mas não diz que tá comigo.

*alô?

*Amor onde você está? Por favor diz que tá vindo pra casa, a gente tem que conversar.

*Daqui a pouco eu tô aí.

*Você foi pra onde com aquela sonsa monga da Luíza?

*Já disse que daqui a pouco eu tô aí.

Ele desligou, ela novamente começou a ligar e ele deu uma pedrada com o celular pra fora do carro.

-Depois eu compro outro.

Novamente nos abraçamos e quando chegamos na frente da casa dele, ele pediu que eu esperasse do lado de fora, e quando ele me chamasse eu podia entrar, fiquei aguardando escondida atrás de uma árvore, mas pude ouvir a conversa deles...

*Fernando narrando*

Só de ouvir a voz da Laura pelo telefone, meu estômago embrulhou, e se ela tinha feito alguma coisa pra manter a Luíza longe de mim ia me pagar muito caro.

-Fernando meu amor, graças a Deus você chegou.

Ela me abraçou mas eu não correspondi, apenas fiquei parado olhando pra ver até onde ela ia chegar.

-Tá com fome? Quer jantar? Quer que eu peça pra Betina levar alguma coisa pra gente no quarto?

-CHEGA!

-O que foi meu amor, porque você falou desse jeito comigo?

-Eu quero a verdade, ou você me conta ou está tudo acabado entre a gente.

-Verdade? De que? Não me diz que aquela mulher já envenenou sua cabeça contra mim?

-Eu quero saber, da onde você conhece o Alexandre, o que ele fez pra me separar da Luíza e da onde surgiu aquela carta no nome dela.

-Eu não sei do que você está falando.

-Ah não? Luíza, entra aqui.

A Luíza entrou, com sangue nos olhos e a Laura ao ver ela ali teve um chilique.

-Então vagabunda, vai falar ou quer sentir o peso da minha mão?

-Então era com ela que você tava? Você é meu noivo não se esqueça disso.

A Luíza deu um tapa na cara da Laura que fez ela cair no chão, não sou muito a favor de violência mas também não podia me meter.

-Vai falar agora ou prefere outro?

-Você não devia ter feito isso...

Ela veio pra cima da Luíza que não pensou duas vezes e deu outro tapa, novamente ela caiu no chão e dessa vez não fez questão de levantar, de onde estava começou a soltar todo o veneno dela.

-Fui eu que armei tudo com a ajuda do Alexandre, logo que o Roberto morreu, eu fiz questão de ficar o tempo todo ao lado do Fernando, eu sabia que a noiva assassina dele tava presa, e dei um jeito dela saber que eu estava por perto, eu que mandei o Alexandre te mudar de cela, pedi pra que tivesse TV, pra que você visse nós dois juntos. O Fernando me rejeitou, não quis transar comigo porque quis ser fiel a você, por sua culpa eu me senti um lixo.

-Você é um lixo garota.

-O Alexandre era meu amante, mas ficou afim dessa coisa aí, então ele aceitou me ajudar a manter vocês dois longe.

-Sai da minha casa, agora.

-Fernando por favor...

-Ah você não vai sair?

A Luíza pegou no cabelo da Laura e saiu arrastando ela pra fora da minha casa, que saiu esbravejando e jurando que ia se vingar. Eu não conseguia entender como pude me envolver novamente com ela.

-Amor, ainda tem umas peças que não se encaixam nesse quebra cabeça. E tá na hora de ouvir o outro lado da história.

Eu concordei com ela, pedi que ela ligasse o celular e retornasse pro Alexandre, já que eu havia quebrado o meu.

*Oi Alexandre.

*Luíza, eu fiquei preocupado com você. Aquele maluco te catou pela mão e saiu correndo, você tá bem? Ele fez alguma coisa com você?

*Na verdade eu preciso de ajuda, você pode vir pra minha casa?

*Daqui há 10 minutos estou aí.

Então partimos rumo a casa da Luíza, em 10 minutos chegamos lá e assim que o Alexandre me viu teve quase a mesma reação que a Laura.

-Alexandre meu camarada...

-O que esse cara faz aqui Luíza?

Como se não tivesse me visto, ele encarou a Luíza tão seriamente que se fosse qualquer outra pessoa ficaria com medo, mas ela nem se intimidou.

-Laura... Esse nome te diz alguma coisa?

-Não, não que eu saiba.

-Pois é mas não adianta negar, ela já entregou tudo, pode começar a falar.

-E quem vai me obrigar?

-Ou você fala, ou eu dou um jeito de te tirar da direção do presídio, e você sabe que eu consigo, ainda te denuncio por falsificar os documentos da transferência da Luíza.

-Eu fiquei louco por ela, desde o momento em que eu vi ela chegando na penitenciária. Eu já conhecia a Laura, e só unimos as nossas vontades, a dela de ficar contigo e a minha de ter essa deusa só pra mim, aí foi fácil, mexi meus pauzinhos e fiz esse idiota acreditar que a Luíza não queria mais ele. E pena que não deu certo...

Não vi mais nada na minha frente sai socando a cara daquele verme desgraçado, até que ele desmaiou...

Diário de uma prostituta IIWhere stories live. Discover now