Diário de uma prostituta II

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Capítulo 16.

Ainda na ligação...

"Isso mesmo, eu matei meu ex namorado, não dá pra explicar nada agora, nem por telefone, eu só preciso saber o que fazer"

"Eu não deveria, porque se descobrirem eu posso perder meu cargo, posso ser indiciado como cúmplice e vamos nós dois presos, mas como é por você, vou te dar algumas orientações. Vem direto pra minha casa"

Eu desliguei o telefone e sai do carro, fui pra dentro da casa e peguei minhas coisas, peguei o celular do Gael, também joguei no mar, e por último peguei um balde, enchi de água e fui jogando pra tirar o sangue do local, quando entrei novamente no carro meu celular começou a tocar, era o Felipe:

"Oi Luíza, desde cedo eu tô te ligando"

"Já era Felipe. Acabou"

"Como assim?"

"Eu te explico melhor pessoalmente"

Desliguei o telefone com medo de ser grampeado, e achei melhor também quebrar ele de uma vez. Pisei em cima, joguei o resto no mar e resolvi ir embora de uma vez.
Durante todo o trajeto pra casa não pude deixar de lembrar do dia que a Camila morreu, e da dor que eu senti naquele dia, e sinto até hoje. Enquanto dirigia lembrei da ida pra praia, o no quanto o Gael tentava me fazer esquecer de tudo aquilo, ele agia comigo como se nada tivesse acontecido. Uma hora e meia depois, eu cheguei na casa do Fernando.

-Oi, o Fernando está me esperando.

Falei pra empregada dele que disse que ia chamar, fiquei na porta esperando, quando o pai dele veio em minha direção:

-Oi, você é a Luíza né?

-Sim, fico feliz que tenha se lembrado de mim.

-Uma moça tão linda como você, é impossível esquecer o nome. Meu filho tem muita sorte!

Eu ri, não tinha nada a ver.

-Oi Luíza, vamos subir. Betina, por favor nos traga um café, e não quero ser incomodado em hipótese nenhuma.

A Empregada dele apenas concordou, e eu o segui. Dessa vez não fomos a suíte dele, e sim a um tipo de escritório, com uma grande parede de vidro onde eu podia ver metade da cidade.

-Então Luíza, me conta exatamente o que aconteceu e eu vejo o que eu posso fazer por você.

-Eu vou te contar, mas antes preciso te dizer uma coisa, independente se vão descobrir ou não, eu vou me entregar pra polícia...

Diário de uma prostituta IIWhere stories live. Discover now