Diário de uma prostituta II

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Capítulo 9.

Aquilo não podia ser verdade, não era verdade!

-Quando você recebeu essa mensagem João?

-Ontem. Por isso que eu resolvi sair!

-Eu não quero esse homem próximo da gente.

-Mãe, eu queria conhecer ele. O meu pai Luiz me criou, e eu amo ele mas tenho curiosidade de saber como é o Gael. Você entende?

-Entendo mas não concordo. Esse homem me fez muito mal, e quanto mais distância eu tiver dele é melhor. Agora eu vou me arrumar, preciso sair!

Ele pareceu triste mas me deu um abraço e um beijo, e saiu do quarto! Eu me arrumei rapidamente e chamei um uber, fiquei na frente de casa esperando e não sei se foi o medo do Gael ou coisa da minha cabeça, mas tive a sensação de ser observada. Olhei em volta mas não tinha ninguém.
Entrei no uber e liguei pro Luiz dizendo que já estava a caminho, ele disse que já me aguardava, cheguei no shopping e fui direto pra praça de alimentação.

-Oi Luíza

-Oi Luiz.

-Quer pedir seu almoço logo?

-Eu prefiro saber o que você quer comigo.

-Você já deve saber que o Gael tá pra sair da prisão né?

-Quem te disse isso?

-O João me mostrou, e eu tô por dentro de todos os detalhes, o advogado dele é amigo da Daiane.

-Ah sim.

-Então, eu preciso garantir que o que eu vou te contar não vai sair daqui, porque ele quebrou sigilo de trabalho.

-Pode falar.

-Ele disse pro advogado dele que quer se aproximar do João, e de você. Disse que nunca te esqueceu!

-Eu não vou permitir isso, se ele tentar chegar perto de mim eu chamo a polícia e ele volta pra prisão rapidinho.

-Eu prometo ficar por dentro de tudo pra você. E Camila? Tá bem?

-Sim. Mas eu preciso te contar uma coisa sobre o João, Não sei se ele já te disse, mas...

-Mas?

-Ele foi pra uma festa ontem com um menino lá da nossa rua, o Thiago você deve se lembrar.

-Sim eu sei, mas o que tem isso?

-Ele chegou em casa com cheiro de álcool e... Bem ele usou droga!

-O que? Como assim?

-Um cigarro de maconha caiu do bolso dele. Eu briguei com ele, ele me falou coisas horríveis, disse até que me odiava que ia morar com você.

-Eu preciso conversar com ele, uma conversa mais de homem pra homem sabe?

-Sei. Agora sim podemos almoçar?

Ele riu e nós fizemos o nosso pedido, depois do almoço ele foi para o trabalho e eu me senti muito sozinha, resolvi ligar para os meninos me encontrarem em no shopping, eu precisava de uma tarde com eles.

"Oi filha, cadê seu irmão?"

"Mãe, tem um homem com ele aqui na sala"

Meu coração gelou, aquilo não podia estar acontecendo.

"Que homem Camila?"

"Eu não sei, mas eles se parecem muito"

Ah não, não podia acreditar nisso...

Diário de uma prostituta IIWhere stories live. Discover now