Capítulo 1

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N.A.: Oii 💕 Essa é a fic que literalmente girou uma chavinha na minha mente. Antes de S&L eu não conseguia terminar nenhum projeto de história e me sentia meio fracassada por isso. Mas S&L é uma história que me atravessa, que está além de mim, e para muita gente pode ser pouco, mas eu tenho um carinho enorme por essa fic. Essa fic me trouxe boas amizade, muitos momentos bons e muita emoção 💟 Então, é um grande prazer compartilhá-la com você ❤️ Espero que tenha uma boa leitura. Pretendo atualizar um capítulo por dia... e quando eu não puder, avisarei com antecedência. Quero agradecer à Dani pelo carinho e cuidado de fazer a capa para mim. Dani você é incrível 💕
É isso. Boa leitura!

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A lua cheia iluminava todo o espaço da clareira. A noite estava fria, mas o ar estava parado e denso. Nenhum pássaro cantava, nenhum animal se movia, nenhum vento balançava as folhas das grandes árvores. Gideon estava tenso. Sentiu os pelos da nuca se arrepiarem. Não era normal tudo estar tão quieto e silencioso. Não estava com medo, mas não podia dizer que estava à vontade.

O mundo parecia gritar que era um erro estar ali, de tocaia, acompanhado pelos irmãos e pela feiticeira da vila. Mas não havia realmente uma escolha. Ele precisava de um feiticeiro, e esse era o único jeito de conseguir os serviços de um deles sem ter que pagar um preço exorbitante.

Das sombras onde estava, acompanhou os movimentos da mulher com vestidos longos e brancos, enquanto ela terminava de traçar um pentagrama no chão. Não podia ver Jace, mas sabia que ele estava alguns metros à sua direita. Isabelle estava à sua esquerda, mexendo nervosamente no chicote. Era a primeira vez que faziam algo do tipo, embora tivessem emprestado armas quando a família Wayland capturou Catarina.

-Está pronto - a feiticeira anunciou, em voz baixa, mas perfeitamente audível- Se preparem.

Gideon endireitou o corpo, mais nervoso do que antes. Se algo desse errado, o menor prejuízo que teria é que o feiticeiro poderia ficar preso no limbo e morrer de fome, sede ou qualquer outra coisa. Do maior prejuízo ele nem queria se lembrar. Ele não podia se dar ao luxo de errar. Lembrando-se do que a feiticeira tinha explicado, tentou relaxar o corpo e deixar a mente vazia. O feiticeiro não viria se sentisse que algo estava errado.

Ouviu Izzy suspirar e Jace se remexer, inquieto, mas em poucos segundos os dois estavam perfeitamente imóveis, como ele, os olhos fixos à frente, enquanto Catarina andava em círculos anti-horários ao redor do pentagrama. Ela entoou um cântico em uma voz gutural e bateu palmas uma vez, gritando algo incompreensível, mas Gideon pôde distinguir o nome de Magnus Bane entre as palavras. Um estalo alto ecoou pela clareira, quase como o som que o chicote de Izzy fazia quando ela o brandia.

Um moço alto e esguio estava em pé no centro do pentagrama. Tudo que Gideon via eram suas costas e cabelo negro e espesso. Ele estava de frente para Catarina, que de repente, parecia pequena e amedrontada.

-Me traindo Catarina? - a voz dele soava como farpas sob a pele.
-Ssssiiiim - Catarina tremeu um pouco. Gideon achou compreensível. A áurea de poder que emanava dele era intimidadora. - Sssim Magnus, eu ... eu... tive que...

Gideon respirou fundo. O feiticeiro seria seu servo. Estava na hora de se apresentar. Saiu das sombras decidido, e o rapaz se virou para encará-lo. Gideon parou, surpreso. No lugar onde deviam estar as pupilas dele, dois olhos de gato o encaravam, furiosos.

-Ora, ora - o feiticeiro falou, e sua voz estava muito calma, apesar de seus olhos despejarem fúria - Caçadores de Sombras... a que devo a honra desta agradável surpresa?
-Eu sou ...
-Alexander Gideon Lightwood - o feiticeiro miou. Ou pelo menos pareceu a Gideon que ele estava miando. Ele era muito parecido com um felino - Eu sei quem você é, criança. E sei quem vocês são também - se dirigiu para as sombras, e no segundo seguinte, Isabelle e Jace estavam ao lado de Gideon, as mãos apertando as armas firmemente. O feiticeiro riu, desdenhoso, e se virou para Catarina. - Que inferno é este Catarina?
-Eu não tive escolha - ela parecia mais composta agora - Você sabe que não tive.
-Ótimo - Magnus Bane grunhiu - Ótimo. Vamos ver se consigo consertar essa idiotice que você fez.
-Eu não tentaria - Catarina avisou - Eu fiz dois pentagramas.

Servidão e Liberdade || Malec Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora