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as fragilidades que você descobriu

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as fragilidades que você descobriu

hoje eu procuro o conforto dos seus braços, porque um dia estive sem. eu faço mal, às vezes, não sei bem como me controlar. e você é o único que tem paciência e zelo por mim. que se eu fico mal, passar tempo com você é remédio. meu avô disse que eu preciso me arriscar, preciso confiar em mim. mas tropeço na vida todo desengonçado e me esbarro com outrem, derrubo esse alguém. foi o que fiz contigo, mas você sempre levanta e me abraça bem forte. eu não consigo te entender. você deita a cabeça no meu colo, sonolento, como se a vida fosse fácil assim, como comer chocolate canadense ou me beijar na ponta da cama. diz pra mim que quer meu aconchego e hoje eu dou. você não é meu, mas ao mesmo tempo você é completamente parte de mim. sussurra palavras de conforto enquanto digo que quero pintar meu cabelo, comprar isso ou aquilo, mudar um pouco as coisas. você sorri. acho que não pude encontrar companhia melhor. de algum modo, não me arrependo de ter tomado uma puta decisão feita por um impulso emocional. porque agora aperto a mão na sua e penso que se sou o deus da minha própria vida, você é minha melhor companhia. 

o sol beija o horizonte e você é lindo dos pés a cabeça. tu tem um jeito estrelar e despreocupado. me abraça forte ao me ver chorar, porque sou peça frágil por dentro e, por algum motivo, sinto que tu já sabias. mas, vem cá, vamos bordar o universo com nosso amor, vem. talvez esse pedacinho dele, pra não cansar. a camisa cola no seu corpo de suor, e a gente atravessa o lago, e de repente estamos nas relvas que você tanto escreveu. amo suas piadas, mas amo você por inteiro também. te abraço, porque sei que não vou cair se me juntar a você. eu mergulho, pois sei que não me afogo junto a você. e pelas ruas e campos e esquinas eu danço e giro e minha mão está na sua e somos a porra do casal mais lindo do mundo. mostra todas tuas bandas de rock para mim, que eu mostro todas as músicas bobinhas que me fazem pensar em você. seu joelho nu no meu, encostados na parede, nos escondendo das responsabilidades, porque ainda não temos trinta, então somos crianças da vida. tudo é muito novo para nós, e nós somos muito novos para tudo.

dividimos os fones de ouvido enquanto te abraço e você faz carinho no meu ego. eu juro que não acreditaria muito em mim se eu dissesse ao meu eu de uma semana atrás o que está acontecendo agora. porque nós dois jogados na grama somos a fotografia mais linda que o sol verá hoje. sei que há um turbilhão de coisas acontecendo, o futuro é traiçoeiro como vilão de ficção e eu estou desesperado por dentro. porque... e se eu não for bom o suficiente para tudo que está por vir? e se eu não souber o que fazer? mas shhh, você diz. shhh, você diz que gostosa não pode ter autoestima baixa. eu rio contigo. e meu pai, que sumiu por não sei quantos anos, diz que sou muito revoltado e preciso relaxar, que estou ansioso para coisas que irão acontecer daqui a vinte anos ou mais. mas não é isso, tenho medo de não me tornar quem eu quero me tornar. e quanto mais eu penso, minha cabeça dói. mas de volta à casa antiga, você me puxa pelo braço e diz que ninguém pode parar a gente. ri do meu penteado dos treze, abraça meus ursos dos nove, mas beija meu corpo dos vinte. e quando eu tiver uns trinta, quarenta, cinquenta... eu quero lembrar - e sei que vou - de você e do seu olhar intenso quando me escuta falar sobre qualquer coisa. mas para com isso, senão me apaixono mais. eu não posso me apaixonar mais.

thé et fleurs  ✰  Nosh  ❖  Now UnitedWhere stories live. Discover now