The New Hope For Me (2° E 3°TEMPORADA)

3.03.

DOIS ANOS ANTES

O sol invadiu o quarto silencioso, despertando Hope Mikaelson de seu sono. Um resmungo saiu entre seus lábios, a segunda feira chegou para esmaga-la de uma única vez, sem deixar tempo para cuidar de si própria, ainda mais quando tem três filhos nervosos para o primeiro dia de aula em uma escola para sobrenaturais.

Hope deu um leve sobressalto ao ter a porta de seu quarto aberta bruscamente, o furacão ruivo se enfiou debaixo de suas cobertas choramingando que não queria ir para a escola.

Astra Mikaelson-McCall, agora com seus onze anos chegando ao fim e os doze lhe dando boas vindas. Ruiva como Hope Mikaelson e raivosa como S/n McCall, a junção perfeita para o caos.

No andar debaixo estava o segundo mais velho, Noah Mikaelson-McCall, também beirando os doze anos e prestes a arrancar os próprios cabelos morenos por não achar seu pequeno pedaço de pano favorito, ele nunca ficava longe do maldito e velho pedaço de jaqueta, sempre andava com ele escondido no bolso de sua calça, bolsa ou casaco mas parecia que havia sido exterminado da terra.

Liam Mikaelson-McCall estava deitado, não iria para a escola Salvatore este ano. O mais novo dos filhos de S/n apenas acompanharia os irmãos e a mãe até a escola e todo aquele "lance" de conversar com a diretora da escola. Os fios levemente caiam em sua testa, seus olhos verde encarando o comercial de sua tevê, um em específico.

"Achamos seu familiar perdido"

Uma ideia maluca invadiu a mente do garoto de nove anos. Estava com o celular de Hope escondido em baixo de seu travesseiro, discou o número da tela e esperou chamar.

1 2 3

1 2 3

Nada

Discou mais uma vez e foi mandado para a caixa de espera, enquanto a música irritante tocava sem parar, o garoto pensava em suas palavras.

O que dizer.. o que dizer...

— Alô

Ele paralisou ao ouvir a voz masculina do outro lado da linha, estava nervoso e isso seria notado se alguém entrasse no quarto naquele momento.

— Se for um trote.. enfie o maldito celular no..

— Não é um trote! - Ele exasperou, seus olhos arregalados ao notar que o homem diria algo feio a ele.— Seu comercial diz que você acha familiares perdidos.. eu quero achar a minha mamãe. - Sua voz soou mais baixa, o bolo formando em sua garganta o impediu de se manter firme.

Nada foi respondido a ele por longos minutos torturantes, ouvia vozes do outro lado da linha emitindo sons de "Own", "tadinho", "ajude-o". Liam se sentou na cama, encarando os sapatos em seus pés enquanto ouvia os desconhecidos discutirem se ajudaria uma criança ou não.

— Vem cá, garoto. - O homem finalmente disse algo diretamente a ele.— Você tem dinheiro para contratar nossos serviços?

Liam pensou, balançando as perninhas.

— Minhas mães e meus avós tem muito dinheiro. - Liam respondeu, fazendo uma careta.— Minha mãe Hope sempre me dá dinheiro para tomar sorvete se eu não me meter em encrenca e meu avô sempre me dá quando eu me meto em encrenca.