The New Hope For Me (2° E 3°TEMPORADA)

3.21

O clima chuvoso em Nova Orleans não impedia sua locomoção pelas ruas vazias. O pequeno sorriso no canto dos lábios enquanto observava mais uma de suas presas cambaleando para fugir de suas garras afiadas.

Albert era o nome do homem cujo choramingava sentido o veneno da serpente espalhando-se por seu corpo. Cientista e um daqueles que trabalham para as irmãs Scott's.

Madalena e Lilian

O homem caiu no chão, a chuva grossa encharcava suas vestes sociais. Ele olhou para cima encarando os olhos vermelhos do demônio que os caçava.

— Apenas compartilhei alguns dados.. - Ele disse, encarando-a em busca de misericórdia. — Eu não tenho nada a ver com os experimentos, eu juro! Juro por Deus!

Seus passos pararam a centímetros dos pés do homem, ela o olhava com desdém. Um pequeno sorriso enfeitando o canto de seus lábios como de alguém que estava se divertindo com o medo que emanava do humano suplicando por sua vida.

E de fato estava, a diversão corria por suas veias a cada súplica desesperada que saía da boca do informante.

Mais um deles.

Que Lilith o receba de bom grado

Ela o destroçou, tão violenta como poderia ser e tão impiedosa como era. Deixou os restos mortais do homem para que seus lobos às espreitas se alimentassem enquanto caminhava em passos lentos para longe da cena do crime, assobiando como um Serial Killer alegre por ter feito mais uma vítima.

Usou de sua mais nova velocidade, chegando em sua casa em questão de segundos.

Seus cabelos encharcados pingavam, molhando a cerâmica branca do chão, a casa escura e solitária tinha um ar frio. As cortinas balançavam com o vento e os trovões iluminavam a sala através das janelas.

S/n parou em meio a sala, seus olhos sem emoção se estreitaram e ela sorriu.

— Sua mãe sabe que está aqui, meu pequeno e doce pêssego? - Ela encarou o corredor escuro que levava até a cozinha.

A adolescente de cabelos ruivos saiu da escuridão, seus olhos azuis abatidos e avermelhados. Era a quinta tentativa de Astra em conversar com a S/n.

Astra negou com a cabeça, observou as mãos manchadas de sangue de sua mãe e engoliu em seco ao encontrar os olhos apagados de S/n encarando-a com um sorriso no canto dos lábios.

— Volte para casa, criança - Disse a mais velha, tirando o sobretudo encharcado de seu corpo. — Ou mandarei você para lá, acredite, minha filha. Se eu fizer, doerá em cada osso seu.

Astra permaneceu parada, desviando os olhos dos de sua mãe que lhe encarava durante toda a ameaça.

— Mataria sua própria filha? Sangue do seu sangue? - Suas perguntas saíram em um sussurro dolorido.

— Matarei qualquer um que ficar no meu caminho, meu pêssego. E no momento, a minha filha está me impedindo de deliciar um dos meus uísques. Vá para casa, Astra. - Os olhos vermelhos se expuseram. Amedrontando a adolescente que apenas queria conversar com a mãe.

Astra por sua vez endureceu a postura, os olhos azuis brilhando em raiva por ser mais uma vez rejeitada por sua própria mãe. A adolescente voltou a encarar, erguendo levemente o rosto para cima em puro desafio.

S/n sorriu ao sentir novas presenças se aproximando da casa, passos apressados adentrando seus ouvidos como uma melodia.

Quando ela passou pela porta e se colocou em frente a filha, S/n quase gargalhou do desespero de sua esposa.