The New Hope For Me (2° E 3°TEMPORADA)

3.16

O barulho de ossos quebrando fez S/n McCall fechar os olhos com força, estava odiando ver o sofrimento de Jade em sua primeira transformação.

A grande lua cheia brilhava no céu acima de suas cabeças, a forte sensação de poder que emanava da lua fervilhara o interior de Jade McCall, seus olhos lycan refletindo a sensação indescritível que sentira assim que fôra levada gentilmente para a floresta.

Jade podia ouvir os outros lobos espalhados por toda extensão da floresta, com ordens de matar quaisquer ser que se aproximasse dela e interferir caso ela fugisse para a cidade. Voltou a gritar ao sentir o osso de sua perna esquerda esticando, seus dedos das mãos quebrando dando-lhe uma dor agonizante.

— Calma, amor. - S/n agachou-se em frente a filha, ouvindo-a rosnar em seu rosto. — Se continuar lutando contra só irá piorar. Liberte-se, minha flor de lótus.

Jade mais uma vez gritou e em questão de segundos, a adolescente transformou-se em um lobo cujo seus pelos são claros. Em meio a escuridão que se encontravam, o enorme sorriso de S/n brilhou diante de sua filha mais velha.

A orelha do lobo moveu-se com cuidado ao ouvir as palavras sussurradas de S/n.

"Corra como nunca correu, sinta a liberdade do seu lobo"

Tais palavras ditas com tanto amor e companheirismo aqueceu o peito de Jade McCall, fazendo-a adentrar a floresta iluminada pela lua e estrelas brilhantes no céu.

O vento balançou seus pelos, suas patas moveram-se com rapidez ao correr entre as árvores. Jade sentia a famosa liberdade que tanto leu nos livros de licantropia de seu avô Klaus. E céus, como ela se sente liberta e longe de todo os recentes acontecimentos que a tiraram toda a paz.

O que para ela durou apenas minutos, para S/n demorou uma eternidade para que enfim o sol voltasse a brilhar.

Jade ofegou cansada, sentia que apagaria a qualquer momento. Sua pernas cansadas e doloridas cambalearam durante todo o trajeto até a enorme árvore – qual fôra escolhida para o ponto de encontro –. Sorriu alegremente ao encontrar a mãe dormindo entre as enormes raízes, S/n abraçava a bolsa preta que aparentemente guardava suas vestes limpas.

De forma sorrateira Jade puxou a bolsa, tirou de dentro as roupas e vestiu-se. Ela olhou ao redor, os pássaros cantavam e os raios solares começavam a se tornar mais quentes.

— Ei, velha. - Ela deu um leve chute na sola do sapato de S/n, despertando a quimera. — Achei que iria me esperar acordada. A idade chega para todos mesmo. - Negou com a cabeça.

S/n bufou, levantando-se em praticamente um pulo.

— Mais respeito com a sua mãe, pirralha. - S/n deu um peteleco na testa da filha, fazendo-a grunhir.

Voltaram para a casa entre uma troca saudável de farpas entre mãe e filha, partilhando da mesma personalidade zombeteira.

Quando pararam em frente a casa, S/n franziu as sobrancelhas ao notar dois carros desconhecidos por ela estacionado em frente. Jade por outro lado, parecia achar a aparição de quem quer que fosse divertida, já que saltitou para dentro da casa, cantarolando sem parar.

Com passos lentos ela adentrou a enorme casa, seus olhos verdes antes brilhosos em alegria tornaram-se confusos com a presença dos colegas de classe de seus filhos gêmeos na sala de estar.

Não havia sido informada que eles estariam ali logo cedo, nem por Josie, sua amiga e também diretora da Escola para jovens sobrenaturais e muito menos por sua esposa. Ela parou logo atrás do sofá, observando-os entretidos em sua própria conversa.