CAPÍTULO 19

56 20 15
                                    

- Isso é muito complicado de se explicar outro dia falamos sobre isso - Ele fala de forma séria,percebi seu desconforto. Minha curiosidade é maior então fico *martelando o que seria tão grave ao ponto dele querer esconder de mim, fico tão focada nos meus devaneios que mal noto que estou sozinha no quarto e que ele saiu que nem percebi.

Aproveito aquela comida a minha disposição e como tudo,  nem sabia que estava com fome.

  Depois de comer fui procurar Átila para que possa me deixar sair ,não aguento mais ficar presa nessa casa, sei que é recente que eu o conheço mas não custa tentar.

Tomo banho e me visto com uma saia plisada cintura de império com uma blusa preta de mangas compridas , deixo meu cabelo solto e calço um sapato de canto alto.

Fui até o escritório de Átila afim de acha-lo e convencê-la a me deixar passar um pouco. Entro no escritório sem bater na porta e o encontro mexendo em seu notebook.

- Quem te deu permissão pra entrar?-  que gentil que não, penso eu . Vejo que ele mantém seu olho no notebook a sua frente.

-  Eu só entrei,  agora você poderia me deixar sair dessa casa ? - pergunto com os olhos suplicantes estilo gato de botas,  mas ele mal me olha .

- Não - Ele fala calmo , sem demonstrar emoção.

Fico irritada com sua falta de sensibilidade e saio do escritório e vou até a sala, fico pensando em uma forma de sair daqui até que lembro  Mary e uma ideia surge.
  Vou até a cozinha e percebo a movimentação de cozinheiras e outros funcionários,  observo a cozinha em busca do meu alvo e o encontro pendurado em um prego enferrujado ao lado de um pano de prato: A chave da porta da cozinha. Agora é só achar o momento certo pra agir.
 

Durante a calada da noite lá estava eu , sendo iluminada pela pequena luz que vinha do lustre da sala , caminhei passo a passo com calma e evitando fazer barulho,  meus pés estavam mais uma vez  descalços , sentindo o piso gelado sob meus pés.  Cheguei na cozinha depois de alguns momentos,  tateei a parede a procura do interruptor para aceder as luzes, depois de algum tempo procurando achei o interruptor e liguei-o fazendo algumas lâmpadas  da cozinha se acenderem. Procurei a chave por toda a cozinha e a encontrei pendurada no mesmo lugar , pendurada no parafuso ao lado do pano de prato, penso se eles esqueceram ou Átila quer que eu fuja .Meus olhos brilharam ao ver a chave para a minha liberdade , literalmente.  Muitos podem pensar : Por que você simplesmente não sai ao clarear do dia ? Pois é, agora a noite tenho mais chance já que quase todos estão dormindo,  é mais perigoso mas é melhor do que ficar presa dentro dessa casa.  Pequi a chave como se ela fosse de vidro e poderia quebrar a qualquer momento.

- Ainda está acordada senhorita Isabella ? - ouço uma voz atrás de mim e fico paralisada ,fui pega no flagra . Me viro ficando de frente para Mary e escondendo a chave em minhas mãos .

-  É..É... sim. Eu tô sem sono e resolvi descer para beber água- invento a primeira desculpa que me vem a mente .

-  Entendo,  não quer que eu lhe faça companhia? - Mary pergunta atenciosa.

- Não! - respondo de imediato lhe causando um espanto e percebo sua feição de desconfiança e confusa. - Quer dizer- falo sem mostrar os dentes - Não precisa,  eu já já vou dormir - espero ter a convencido .

-  Tudo bem senhorita Isabella - Mary sai da cozinha e soltei um suspiro que nem sabia que estava prendendo. Agora preciso de um plano , penso eu .

Oii pessoal, nossa Isabella está se tornando uma pessoa corajosa ,será que ela vai conseguir fugir?  Próximos capítulos deixará a história mais interessante.bjs 😘

* martelando - nesse contexto usado a palavra martelando significa pensar muito sobre determinado assunto.

O GAROTO DOS MEUS SONHOS Where stories live. Discover now