Cap. 32 - Juntos

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****Alerta de conteúdo adulto****

Vírginia sentiu o rosto inesperadamente ardente. Uma sensação de formigamento tomava conta de sua pele. A garganta e os lábios inesperadamente secos fizeram com que ela fizesse um discreto movimento e umedecesse os lábios com a língua. 

À pequena distância que se colocou de Lucian, a princesa podia sentir o bafejar de sua respiração quente e úmida, como naquela noite estrelada do casamento de Lyrian.

Ela podia sentir os músculos rijos e táteis sob sua mão, que segurava firmemente no braço do homem.

_Posso pedir uma coisa? - Virgínia falou, sem desviar o olhar dos lábios cheios e semicerrados.

_Qualquer coisa nesta vida - Lucian confessou, completamente hipnotizado pelos olhos da princesa - ou em todas as próximas que vierem.

Virgínia sentiu dentro de si uma coragem inesperada.

_Beije-me - falou, tentando não pensar nas faces quentes e rubras - beije-me de verdade.

Uma onda de sentimentos confusos e conflitantes revirou o peito e os pensamentos de Lucian. Por um lado, jamais se aproveitaria de um ser tão puro e inocente, por outro lado, seu corpo, mente e alma queimavam pelo desejo de tê-la em seus braços.

Vagarosamente Lucian aproximou-se ainda mais de Virgínia, deixando que suavemente seus lábios tocassem a superfície da boca de Virgínia.

_Feche seus olhos - comandou suavemente, quase num sussurro - deixe-me provar do mel de seus lábios.

Virgínia cerrou os olhos físicos, mas os olhos da sua alma foram imediatamente abertos. Com suavidade, os lábios firmes de Lucian exploraram seus lábios, primeiro, suave e quase que numa súplica suave, mas, o jovem comandante não era tão forte quanto suas vontades, e logo o beijo se tornou mais intenso.

A garota, consciente demais de todas as partes do seu corpo, nunca antes havia experimentado tal sentimento. As mãos unidas descansavam suavemente sobre o peito forte, que subia e descia ao ritmo da respiração entrecortada de Lucian.

_Eu não consigo ser forte o suficiente para não te machucar - Lucian interrompeu o beijo e encostou a fronte na garota.

_Você não está me machucando -Virgínia pegou o rosto do homem, agora sério entre as mãos. A barba dele por fazer dava uma certa aspereza ao toque.

_Mas se eu me deixar levar, eu vou te machucar - assumiu, desviando o olhar.

 Virgínia suspirou, pegou a mão de Lucian que repousava agora aos lados do próprio corpo, e  entrelaçou os dedos finos e pálidos entre os dele. Sua mão era grande, forte e dura. Viggie pensou como é possível as mãos de uma pessoa revelarem tanto da sua personalidade.

 _Se você nunca tentar, nunca vai saber o que poderia ter sido na sua vida - as palavras pareceram brotar de seus lábios sem perceber, e até Virgínia se surpreendeu ao ouvi-las.

O comandante observou a pele translucida da princesa em contraste com a sua.

_Você é uma princesa. Eu sou só um bastardo de um nobre, que só assumiu o filho negro porque sua mulher branca não lhe deu herdeiros - Lucian afirmou amargamente.

_Sua nobreza não é sua riqueza - Virgínia colocou os dedos sobre os lábios do homem a sua frente, o impedindo de continuar - fica comigo apenas essa breve vida - disse firmemente, selando o pedido com um beijo suave.

Lucian tomou a princesa nos braços fortes, sem no entanto separar seus lábios dos dela. Sentou-se na beira da cama, depositando-a gentilmente sobre seu colo viril.

O filho favorito do Rei - O casamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora