Cap.12 - Fuga

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Então pessoal, nesse capítulo as coisas começam a esquentar, então se você não curte uma leve tensão sexual, pule para o próximo capítulo...
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James passou habilmente a rédea por cima da sela, prendendo-a.

—Não sei se consigo montar com essa fantasia, minha irmã a deixou muito justa nas pernas — Lyrian olhava para a saia da fantasia, decidindo o que faria.

James olhou para ela também. A pouca iluminação da baia não o permitia ver com clareza, mas ele se lembrava com perfeição do vestido provocante, que se assentava no seu corpo como uma segunda pele, deixando as curvas do seu corpo aparentes. Engoliu em seco e preferiu não opinar.

—Você pode ir no cabeçalho da minha sela, se quiser. Não mordo.

James ouviu nesse momento o som de algo se rasgando e virou-se espantado. Lyrian sorria, e uma fenda que começava da barra do vestido e subia até o alto da sua coxa esquerda se abria e deixava sua pele branca completamente exposta.

—E perder a oportunidade de talvez em anos, poder cavalgar do jeito que eu gosto? De jeito nenhum.

James não sabia o que dizer, e tinha medo de que, se abrisse a boca, falasse o que não devia ou começasse a gaguejar. De repente a calça da sua fantasia parecia apertada e terrivelmente incômoda.

Respirou fundo e se concentrou em terminar de encilhar o cavalo da princesa. Era um belo puro sangue branco, tão branco quanto a pele dela…

—Pronto, — disse ele por fim — precisa de ajuda para montar?

—Só um momento. Deixe-me testar minha perna machucada primeiro.

Lyrian subiu a perna esquerda até o estribo da sela, deixando-a completamente exposta. James até tentou, mas não conseguiu desviar o olhar, como pedia a boa educação. Parece que as regras de boa educação não eram possíveis de ser aplicadas com aquela mulher.

Num impulso rápido, elevou o corpo, inclinando-se para a frente e passou a perna direita pelo outro lado da sela. James não podia acreditar, mas ela estava montada, como um cavaleiro.

—Maldita fantasia incômoda — Lyrian praguejou de um modo nada feminino, antes de pegar a barra do vestido do lado direito e rasgá-la também, criando habilmente outra fenda — Agora sim. Mais confortável.

James Balan, em seus vinte e um anos de vida, jamais conhecera uma mulher como aquela.

—Se ficar aí parado, com a boca aberta, eu vou cavalgar sozinha — Lyrian instigou o cavalo e  rumou para a saída da baia.

James montou habilmente e a alcançou na saída. A lua cheia deixava a noite muito clara, e os dois rumaram pela estrada de seixos miúdos.

Antes de chegar nos portões do castelo, entretanto, James emparelhou seu cavalo ao de Lyrian e tirou a própria capa da sua fantasia e cobriu-a. Algum dos soldados poderia reconhecê-la, agora que ela tinha desaparecido com a máscara que trazia.

Ela ajeitou o capuz negro sobre a cabeça e estirou a capa cobrindo as próprias pernas, para alívio de James. Ele estava ficando desconcentrado vendo-a tão exposta.

—Boa noite, Northon. Muita agitação nesse portão hoje? — James cumprimentou o guarda porteiro.

—Boa noite, comandante. Vai fazer um passeio? — o soldado parecia completamente habituado a tal situação.

—Sim, lady Bethany estava entediada por conta da festa. Logo estaremos de volta.

Lyrian olhou interessada para James. Quem seria Bethany, que ele fingia que ela fosse para despistar o soldado?

O filho favorito do Rei - O casamentoWhere stories live. Discover now