Cap. 11 - Baile De Máscaras

196 31 186
                                    

Oi pessoal, tudo bem? Só interrompi um pouquinho a sua leitura, pra dizer que a partir deste capítulo, quando vocês virem uma fala com  'aspas simples'  quer dizer que esta pessoa está falando no dialeto Romani (língua sagrada dos ciganos). Não colocarei as falas na língua Romani, em respeito às tradições ciganas (somente ciganos conhecem a língua, ela não deve ser ensinada para os não ciganos) então, só para saberem, é por isso que estará sinalizado desta forma. Boa leitura.

__________________________________

Lyrian olhou-se mais uma vez no espelho e alisou a saia do vestido. Minerva, ela e Virgínia haviam secretamente passado parte do dia costurando sua fantasia. É claro que a rainha ou qualquer outra nobre que soubesse desse fato, ficaria minimamente incomodada, uma vez que "uma princesa jamais costuraria a própria roupa".

Minerva tinha o dom com agulhas e tesouras. Desde que Lyrian era pequena, era a criada que havia costurado elaborados vestidos para a cara boneca que o pai havia trazido para ela de sua viagem a China. E muito observadora, Lyrian acabou aprendendo.

Escondidas dos pais, Lyrian e Virgínia ajudavam Minerva em pequenas criações de moda. Na verdade, Lyrian gostava mais da parte de costurar, quem ficava com a parte de criar os modelos era quase que exclusivamente Virgínia.

E agora Lyrian estava vestida com uma de suas criações. Elas haviam desmanchado duas ou três fantasias e criado um elaborado vestido, criando a ilusão de uma cauda de sereia.

O corpete do vestido (que com certeza seria prontamente reprovado pela rainha, caso Lyrian planejasse revelar sua identidade na festa) era um espartilho tingido com chá e cravejado de pedras.

Sua mãe teria uma síncope se a visse vestida assim.

Para completar, Lyrian soltou os longos cabelos castanhos que desciam em ondas até seu quadril, ornamentado com pequenas pedras e colocou uma máscara que cobria quase que totalmente o rosto.

Ela havia treinado o dia todo para caminhar sem que alguém percebesse que sua perna estava machucada. Pronto. Ninguém a reconheceria.
.
James pegou a capa e saiu do quarto. A mãe havia mudado de ideia e estava terminando de se arrumar para ir a festa.

-Posso entrar, mãe? - James bateu de leve na porta.

-Claro, filho. Estou quase pronta.

James entrou e foi quase derrubado pela fúria chamada Cam. O irmão pequeno o agarrou pelas pernas e foi escalando sua fantasia.

_Vem aqui, seu safadinho - James o pegou no colo e pousou um beijo estalado em sua testa.

-'Você fica lindo com um bebê nos braços, filho'.

-Mamãe, você sabe que ninguém pode te ouvir falando assim.

-Você sabe que não tenho medo. Mas se você prefere...

-Não é questão de preferência. Só não quero que as pessoas te tratem mal por isso - disse afagando a cabeça do irmão.

Irina terminou de colocar o colar e pegou sua máscara sobre o toucador.

-Vamos. Judy ficará com Cam. Não pretendo demorar hoje.

Enquanto caminhavam pelo gramado rumo ao castelo, Irina parou e olhou para o filho.

-Eu gosto da princesa. Ela tem um espírito livre. E não parece ter nascido na realeza. A decisão que você tomar, eu estarei ao seu lado, sempre.

James olhou confuso para a mãe.

-Filho, acho que só você não percebeu ainda que é impossível disfarçar o que você sente por ela? Está gravado em ouro na sua testa.

O filho favorito do Rei - O casamentoWhere stories live. Discover now