O filho favorito do Rei - O casamento

Cap.14 - Torneio

James e Lucian entraram pela porta central do salão. Ainda trajavam as roupas da noite anterior. Depois que deixaram m Lyrian e Virgínia a sós no quarto, ambos saíram a procura do agressor da princesa. Encontraram apenas a máscara dela na baía.

-Você só pode estar maluco - Lucian falou indignado - ela é prometida ao seu irmão, desde antes de nascerem. Como você acha que seu irmão vai reagir?

-Meu irmão não quer esse casamento. Ele ama outra mulher. Na verdade, seria um alívio para Thomaz se esse casamento não acontecesse.

-Mas e o seu pai? E o acordo entre os reinos? Se essa aliança não for firmada, o pai dela pode até invadir Bessarábia. O acordo é o herdeiro pela colaboração entre os dois países.

-Se eles se casarem, serão ambos infelizes. Ele por amar outra mulher, ela por ter de aceitar isso.

-E você realmente acha que seu pai se importa com isso?

James balançou a cabeça negativamente.

-Não me importo exatamente com o que ele pensa.

-Mas você é louco, se pensa que ganhar os jogos e pedir o direito a ela vai fazer seu pai mudar de ideia.

-Na verdade ele não vai ter opção. É a tradição, quem vence os jogos ganha o direito a um pedido.

-Não quando se trata da noiva do seu irmão. No noivado deles.

-Lucian, te contei tudo isso pois você é meu melhor amigo. Mas se continuar falando que estou errado por estar apaixonado pela noiva do meu irmão, vou dar esse título a alguém que não jogue água nos meus planos - James deu uma série de pequenos tapas no ombro do amigo, e ambos riram.

-Eu não sou o seu melhor amigo, James. Sou seu único amigo - o comandante abriu um sorriso largo - só eu suporto as suas loucuras sem enlouquecer também.

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Virgínia ainda dormia, mas já passava do meio da manhã. Minerva havia ministrado uma dose alta de valeriana para ela, e ela havia enfim adormecido, depois de horas chorando.

-Menina, você viu o que aconteceu com Virgínia por se vestir como homem. Ainda assim você vai fazer isso? - havia preocupação real na voz de Minerva.

-Sim. Eu preciso fazer isso, e você sabe as minhas razões.

-Tenha cuidado, minha filha. Você ainda não está completamente recuperada, vai se machucar de novo.

-Pode deixar, Minerva. Cuide de Virgínia que trarei a justiça para ela.

Lyrian abriu levemente a porta e observou. Não havia ninguém nos corredores. Rapidamente saiu e alcançou a porta.

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James já havia se inscrito no torneio. Haviam poucos combatentes e apenas um preocupava realmente James: o último inscrito, que não havia se identificado pelo nome, apenas pelo seu brasão, um dragão segurando uma bandeira azul. James era um ótimo combatente, já havia participado de duas ou três batalhas, mas não conhecer seu inimigo lhe preocupava.

As duas primeiras disputas foram acirradas, mas relativamente fáceis: arco e bastão. James não era um exímio arqueiro, mas seus resultados foram satisfatórios.

Nos bastões, no entanto, ele tomou a primeira posição. Ele era rápido, e sendo mais jovem que a maioria dos combatentes, levava vantagem com sua agilidade.

Ao longe viu por duas vezes o cavaleiro desconhecido cair, mas sem perder grande pontuação. Ele continuava no páreo também.

A terceira e última disputa era enfim, as justas. Como mandava as regras, as graciosas foram inspecionadas e distribuídas para os seis cavaleiros que sobraram no torneio. A inspeção servia para que nenhum combatente ferisse gravemente o outro, já que era comum que os cavaleiros se aproveitassem do momento para ferir e até matar seus inimigos.