Cap.13 - Demônio

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Oi pessoal... Só um aviso básico: esse capítulo contém gatilhos: abuso sexual.
Boa leitura
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Domenicus observava de seu trono, duas personagens curiosas: um cupido com longas asas e uma túnica curta e uma morte com cabelos loiros. O casal incomum dançara já duas quadrilhas e ainda conversavam, recostados ao aparador.

A morte, a essa distância, o rei podia arriscar que seria Isobel Prior, filha do Duque de Prior, Immanuel, seu amigo e conselheiro. O cupido, Domenicus não conseguia distinguir quem era. A máscara cobria o rosto todo, e os cabelos não condiziam com nenhum cavalheiro da corte. Mas algo chamava a atenção de Domenicus no rapaz, e ele não conseguia definir o que era, mas descobriria.

Levantou-se e fez sinal para os músicos, que imediatamente pararam a música.

—Vamos tornar isso mais divertido! Já que não fui capaz de descobrir minha futura nora entre os convidados, à meia-noite, todos retiraremos nossas máscaras! Será que vamos nos surpreender? — o sarcasmo era palpável em sua voz.

Minerva já havia procurado Lyrian por todo o salão, e nesse momento, entrou em pânico. Ela não estava no quarto, e também não estava no salão. Quando soasse meia-noite, o rei saberia que ela não estava na festa do próprio noivado.

Ela precisava urgentemente de ajuda. Mas, a única que poderia a ajudar era Virgínia, que vestida como estava, era uma que deveria desaparecer antes da meia-noite, e conversava tranquilamente com uma garota loira vestida de morte.

O rei observou, curioso, a criada das princesas ucranianas se aproximar e conversar com o rapaz vestido de cupido. Seria o príncipe?

—Com licença, milorde — Minerva interrompeu a conversa entre os dois — estamos com um problema com vossa irmã, poderia nos ajudar?

—Milorde tem uma irmã que está aqui? —Isobel perguntou, interessada — Tenho poucas amigas na corte, poderia nos apresentar, eu ficaria extremamente grata.

—Sim. Preciso ir agora, mas assim que a encontrar as apresentarei — Virgínia fez uma suave mesura, despedindo-se de Isobel.

O rei observou enquanto o cupido e a criada se afastavam do salão.

—Perth, quem é o rapaz vestido de cupido?

—Não tenho essa informação, majestade. Providenciarei a informação.

—Onde está o príncipe Hector?

—Ali. Conversando com Lorde Millighan. Está usando uma coroa e uma capa vermelha.

O rei olhou na direção que seu pajem apontava e reconheceu Hector, mesmo com a máscara. Realmente o cupido era bem mais franzino.

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Virgínia parou no corredor, assim que estavam distantes o suficiente para não serem ouvidas.

—O que houve com Lyrian? Ela está ferida?

—Não. Não a encontro em lugar nenhum. Não está no quarto, e em parte alguma do castelo.

Virgínia suspirou, um pouco mais aliviada.

—Não sei onde ela está, mas a vi saindo do castelo. Vou procurá-la antes que à meia-noite descubram que ela desapareceu do próprio noivado.

—Virgínia, tome cuidado.

—Henry, Minerva. Hoje sou Henry.
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Perth achava que o rei já havia bebido mais que o recomendado. Ele havia chegado ao salão acompanhado pela senhorita Tatja, com um humor bastante alterado. Perguntara pelo filho mais velho diversas vezes, mas, aparentemente ele havia desaparecido. Depois disso já havia bebido ao menos dez cálices de vinho.

O filho favorito do Rei - O casamentoحيث تعيش القصص. اكتشف الآن