1 Agente especial Danvers

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Voltei!!!

Divirtam-se!!!

O dia mal havia começado e o sol não tinha dado as caras ainda. Além do céu nublado, um vento frio soprava no rosto de quem circulava pelas ruas de Nova Iorque. Em uma cafeteria pequena, Kara tomava um café quente enquanto relia as suas anotações.

Quase todos os dias, exatamente às sete em ponto, ela passava no pequeno estabelecimento para tomar seu café da manhã — que se resumia em café preto, forte e sem açúcar, com donuts cobertos de chocolate ou de morango. Esse era um dos poucos momentos do dia em que a jovem agente do FBI conseguia tirar um tempo para si. Na verdade, esse tempo não era bem para si, era para avaliar as pistas que podiam a levar até um caso que ainda não conseguiu solucionar.

Em seus quase seis anos de carreira como agente especial, havia conseguido resolver vários crimes. Sequestros, assassinatos de pessoas influentes, crimes de colarinho branco, fraudes financeiras e crime organizado eram uma das coisas que mais apareciam em seu currículo. Até então, conseguia concluir suas investigações com rapidez e agilidade. Não era atoa que era uma das melhores agentes do departamento.

Apenas esse caso especifico não a levava em lugar nenhum. Tinha as suas suspeitas de quem estava envolvido, mas nunca conseguiu provar. Havia dias que pensava que jamais iria conseguir por as mãos no culpado — ou nos culpado, ainda não sabia ao certo.

Olhando para a sua caderneta onde alguns nomes estavam anotados, circulou várias vezes um sobrenome bem especifico que pertencia ao seu principal suspeito.

— Eu ainda vou pegar você — murmurou.

Assim que sentiu uma pontada fina na cabeça, saiu da cafeteria indo em direção ao seu carro. Quando isso acontecia, significava que era hora de tentar focar em outra coisa — mas isso não quer dizer que ela conseguia.

O caminho até o escritório em que trabalhava foi feito com seus pensamentos borbulhando. Sabia que o que fazia todas as manhãs era ruim para si mesma, mas não conseguia evitar, fazia isso exatamente para a raiva e o desejo de vingança dentro de si nunca morrerem. Enquanto esses sentimentos vivessem queimando em seu peito como fogo, teria motivos para nunca desistir de pegar os envolvidos.

Chegando no escritório, se encaminhou para sua mesa a passos firmes sem falar com ninguém. Todas as pessoas que trabalhavam naquele andar já nem se importavam mais com seu jeito, até porque morriam de medo dela. Mal sabiam eles que Kara podia ser tão doce quanto mel, mas gostava de parecer durona para os colegas de trabalho. Só que essa sua máscara não servia de nada para algumas poucas pessoas que a conheciam muito bem ali.

A primeira hora de trabalho foi um completo tédio, pois teve que fazer relatórios sobre as últimas investigações e ela simplesmente detestava essa parte. O que gostava mesmo de colher informações, analisar cenas de crimes, interrogar suspeitos e criminosos, e, sua parte favorita, ir a campo. Infelizmente, não dava para fugir de preencher a papelada diária que seu trabalho exigia. Conformada que teria que acabar com aquilo de um jeito ou de outro, acabou se distraindo e nem notou a aproximação de duas pessoas.

— Ei, Danvers zero dois! — ouviu a voz de Alex e involuntariamente sorriu, mas continuou prestando a atenção no que estava fazendo por alguns segundos antes de olhá-la. — Trouxe isso para você — colocou à sua frente um cupcake com cobertura azul e uma velinha da mesma cor ainda apagada. — Feliz aniversário, pirralha.

— Só para você saber — Samantha, sua melhor amiga, começou a dizer — esse cupcake é presente de nós duas — pegou uma cadeira e sentou ao lado da amiga.

— E as duas não poderiam ter me comprado um bolo descente? — empurrou um pouco sua cadeira para trás e olhou para a ruiva e a morena. — Não mereço mais do que um misero cupcake?

The BodyguardOnde histórias criam vida. Descubra agora