The Bodyguard

23 A minha vingança

Voltei!!
 
Divirtam-se!!!!

 
 

Lex cruzou as pernas esperando alguma palavra sair da boca de Kara. O sorriso maquiavélico ainda continuava brincando em seus lábios e o ar de arrogância preencheu cada canto daquele lugar. Seu olhar era indecifrável. Era vazio. Mas seja lá o que acontecesse — Kara não esperava que nada de bom acontecesse — com certeza ele iria gostar. Ele era sádico o suficiente para fazer coisas ruins e sentir prazer com aquilo.

— O gato comeu a sua língua? — perguntou após alguns segundos. — Ou suas palavras são reservadas apenas a minha irmãzinha?

— E de que te interessa se forem?

— A partir do momento que suas conversas interferem nos meus planos, passa ser um interesse meu, senhorita Danvers — a analisou por alguns segundos.

— O que você quer de mim? 

— Respostas.

Permanecendo quieta, Kara sentia o sangue ferver em suas veias. Tinha tanta raiva daquele homem a sua frente por tudo o que ele fazia Lena sofrer que seria capaz de matá-lo se tivesse a chance. Pena que não estava numa posição favorável para fazer tal coisa.

— Foi boa a noite que teve com ela? Ela ter ficado em seu apartamento atrasou um pouco essa nossa conversinha, mas gosto de saber o tanto que você está a fazendo de otária.

— Lave a boca antes de falar qualquer coisa sobre a Lena — vociferou.

— Acho que você não está em posição de exigir nada nesse momento — apontou para ela com queixo. — Não vai nem tentar negar que você é uma agente do FBI?

— Faria diferença eu negar ou afirmar? 

— Não tem medo de que eu conte para Lena que a mulher por quem ela acha que está apaixonada, na verdade, nem existe? Oh! — fingiu que estava triste. — Isso vai magoá-la tanto. Ela sempre foi emocionada, vamos dizer assim, qualquer coisa é motivo para despedaçar o seu pobre coraçãozinho. Imagina ela descobrir que você só se aproximou dela por causa de uma investigação. Vai ser um dia maravilhoso pra mim vê-la chorando pelos cantos. Talvez, eu mesmo atrase o que quero fazer com ela só pra ver essa cena.

— Se quisesse contar qualquer coisa a ela, já teria contado ao invés de me trazer até aqui — tentou não transparecer o nervosismo que sentia, mas não obteve sucesso.

— Eu estou de olho em vocês há algum tempo — revelou. — Confesso, você aparecer ao lado dela na festa foi um pouco chocante, mas foi bom ver o quanto você a faz de idiota. Ela é tão fácil de manipular, mas você já deve saber disso, está fazendo isso muito bem há semanas.

Kara não entendeu o significado de suas palavras e Lex notou isso. Presunçoso, ele sorriu.

— Acha que não sei dos almoços no escritório dela, as horas que ficam sozinhas lá dentro e todo o resto? — arqueou as sobrancelhas. — Você deu um pouco de atenção a Lena e aposto que ela revelou a vida dela inteira pra você. Acho que só não revelou o que é importante para a sua investigação, já que a mantenho longe disso tudo porque sei que ela não tem sangue frio pra lidar com essas coisas. E... parece que você também não abriu o jogo com ela sobre quem você é realmente. Acho que enganar Lena é algo que temos em comum, não acha?

— Não me compare a você — falou com os dentes serrados. — Diga logo o que quer de mim. 

— Direto ao ponto. Aprecio isso.

— Guarde sua apreciação só pra você. O quer de mim, Lex? — perguntou com raiva.

Fazendo um estralo com a língua, Lex se levantou colocando as mãos nos bolsos da calça de seu alinhado terno. Kara o observou andar de um lado para o outro sem dizer nada num primeiro momento.
 
Nem sabia direito o que pensar sobre estar presa naquela cadeira e o que Lex queria dela. Tudo o que desejava, era se soltar e correr para os braços de Lena. Queria saber se ela estava bem. Queria protegê-la caso a família tentasse algo contra ela, mas nesse momento não podia fazer nada além de tentar se salvar e torcer para que ela tivesse recorrido a Alex após seu sumiço.