9 Não quero você longe de mim

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Voltei!!!
 
Divirtam-se!!
 
 
 
A noite inteira, Kara ficou jogada no sofá sem conseguir pregar os olhos. Não parava de pensar na possibilidade de ser a própria família de Lena que estava mandando alguém matá-la e que estavam se aproveitando do fato de terem muitos inimigos para não serem suspeitos. Se eles já passavam ilesos com tantos crimes cometidos porque não haviam provas para incriminá-los, ninguém jamais pensaria que qualquer um deles fariam alguma coisa ruim com um outro Luthor.
 
O que ainda não conseguia era achar um motivo no mínimo explicativo para quererem fazer isso com Lena. Ficar tentando achar uma razão para aquilo fazia seu estômago embrulhar. Seu trabalho era encontrar respostas para seus próprios questionamentos e assim solucionar os crimes, mas tinha até  medo de achar as respostas para essas suas novas suspeitas em relação àquela maldita família.
 
Ter ouvido Lex gritar com Lena a ponto de faze-la chorar já foi estranho demais. No fim, ele a fez ir no enterro dos Bertinellis, não a deixaram seguir no mesmo carro com o resto da família e ainda foi ordenado que deveriam seguir com ela por uma rota diferente da deles. Isso deixou tudo mais estranho ainda. Mas o pior mesmo foi Lena sofrer um tentado e em nenhum momento ninguém procurá-la para saber como ela estava.
 
Se tratar ela com tanta indiferença era comum, nem queria saber como era a convivência com o resto do Luthors dentro da própria casa no dia a dia. Não queria nem saber quantas vezes Lena deve ter chorado sozinha por conta de todas os momentos em que foi tratada dessa mesma maneira.
 
— Por qual motivo você aceita tudo isso, Lena?
 
Essa pergunta iria permanecer na sua mente por muito tempo, gostaria de poder ter uma resposta imediata para compreender porque Lena ainda continuava perto da família, mas não iria forçá-la a contar nada. Tudo o que podia fazer era continuar mostrando que estaria por perto se ela precisasse se abrir e, no fundo de seu peito, sentia que ela precisava — depois de suas teorias, tinha mais certeza disso.
 
Algumas vezes, permanecer em silêncio é a única alternativa que a pessoa tem. Kara sabia disso porque tinha certeza que se revelasse certas coisas para Alex ou Sam, elas não compreenderiam e por isso mantinha tudo guardado. Talvez o que acontecia consigo, era o que podia estar acontecendo Lena. Ela podia achar que ninguém iria entende-la se dissesse o que sempre parecia querer dizer, ou, até mesmo, ninguém acreditaria já que para muitas pessoas os Luthors eram um exemplo de família modelo.
 
Havia algo por baixo daquela gentileza e sorrisos amigáveis que Lena distribuía que deixava Kara intrigada. Quando disse a Alex que não acreditava que ela era uma suspeita, tinha dito a verdade, mas sabia que existia algo que Lena não revelava. Podia ser o que ela estava escondendo que a fazia ainda permanecer perto dos Luthors.
 
Se continuasse cogitando tantas possibilidades como estava fazendo agora, não iria demorar muito para sua cabeça doer, ainda mais estando sem dormir. Todas as manhãs que ficava com a mente assim por causa de seu caso não solucionado, era quando sua cabeça começava a latejar que sabia que estava na hora de parar de pensar tanto. Porém, como pararia dessa vez se Lena era alguém que poderia proteger e, diferente do que aconteceu no seu passado, poderia fazer de tudo para protege-la?
 
Além de poder fazer de tudo para proteger Lena, queria fazer isso mais do que qualquer coisa. Seus motivos para querer tanto ainda não sabia identificar, mas não me diria esforços para mantê-la bem, sã e salva.
 
Ouvindo seu celular tocar, Kara se assustou de tão imersa que estava em seus questionamentos. Com um grunhido, pegou o celular em cima da mesa de centro vendo o novo apelido de Alex escrito na tela. Soltando um suspiro impaciente — ainda estava brava pelo que Alex tinha dito no dia anterior — deslizou o dedo sobre a tela para poder atende-la.
 
— O que foi?
 
— Liguei pra saber se você está bem e se quer que eu passe aí para te buscar para o trabalho. Ontem depois de algum tempo que chegamos, Dey me ligou e eu tive que ir até a mansão pegar um outro carro — explicou antes que Kara perguntasse.
 
— Quiseram saber dela?
 
— Não, não vi nenhum deles por lá. Dey me entregou as chaves do novo carro e eu vim embora.
 
— Como podem nem se imporem? Ninguém procurou saber dela até agora — se sentou no sofá mais inconformada do que estava segundos antes. — Fomos demitidas?
 
Kara iria falar outra coisa, mas como se referia ao caso, não era seguro falar por uma linha que a ligação não era criptografada. Além disso, Lena estava há alguns metros de distância e poderia acordar a qualquer momento.
 
— Por enquanto, Dey não falou nada de demissão, mas pode ser só uma questão de tempo. Ter me dado mais um carro pode não significar nada.
 
— Estranho — franziu o cenho.
 
— Tudo está mais do que antes. Foi como se eles não soubessem de nada ou atentado não estivesse sendo noticiado desde a hora que aconteceu.
 
— Também acho tudo mais estranho que antes — bufou. — De qualquer forma, eu espero que a demissão não aconteça.
 
— Eu também. Vai querer que eu passe aí?
 
— Lena está dormindo. Quando ela acordar, eu pergunto o que ela quer fazer e te ligo.
 
— Kara...
 
— Eu sei o que estou fazendo — seu tom não era nada amigável. — Nos falamos quando ela decidir o que quer fazer hoje.
 
— Se ela não quiser ir embora — falou apressada antes que Kara resolvesse desligar a ligação —, vem com ela aqui para casa para almoçar.
 
— O que?! — se assustou com o que ouviu.
 
— Não gosto da ideia de você estar sozinha com ela depois de tudo o que aconteceu ontem.
 
— Eu sei me defender e posso fazer o mesmo com ela.
 
— O convite está feito. Vocês decidem.
 
Depois do que disse, Alex desligou e Kara jogou o celular ao seu lado no sofá.
 
Ponderando sobre o convite inusitado, levou o polegar a boca mordendo a ponta dele para conter a corrente de nervosismo que vinha sentindo desde o dia anterior. Se Alex e Sam acreditassem que Lena podia não ser uma suspeita e, até mesmo, pensassem que ela poderia estar sendo mais uma vítima dos Luthors, as duas poderiam ajudar a protege-la até o fim da operação.
 
Aceitar o convite de Alex não seria tão ruim assim, mas não iria obrigar Lena a aceitar. Se Lena quisesse continuar em seu apartamento sem fazer nada, faria nada junto com ela. E se ela quisesse passar mais uma noite por ali, iria gostar muito de continuar em sua companhia.
 
Olhando no relógio, viu que passava das sete da manhã. Pela pequena varanda da sala, a luz esbranquiçada do sol já invadiam o ambiente. Dava até para ouvir baixinho o sopro do vento.
 
Se levantando do sofá, foi em direção ao seu quarto. Depois de dar uma rápida observada em Lena, tentou não fazer nenhum barulho enquanto pegava uma roupa e ia até o banheiro tomar seu banho matinal. Vinte minutos depois, voltou para o quarto e se sentiu aliviada por não ter acordado Lena.
 
Com a barriga roncando, foi para cozinha começar a preparar algo para comer. Geralmente, fazer algo que estava muito fora da sua rotina — como preparar uma refeição ao invés de comprá-la — fazia Kara se distrair. Contudo, estava de novo pensando nas mesmas coisas que pensou antes de Alex ligar. Ficou novamente tão intrigada com tudo que nem reparou que estava sendo observada há alguns poucos minutos.
 
— O que essa massa te fez pra você estar tratando ela assim? — Lena perguntou achando de graça de como a loira mexia uma massa com bastante força enquanto no meio de suas sobrancelhas havia uma ruga.
 
— Você acordou! — sorriu deixando o bowl em cima da mesa e indo até Lena. — Fui eu que te acordei?
 
— Não — respondeu sentindo algo se remexer no interior ao ver Kara sorrir. Era a primeira vez que a via realmente sorrindo. — Eu cheguei aqui faz pouquinho tempo, mas não sabia se deveria te atrapalhar enquanto maltratava a massa.
 
— Estávamos nos desentendendo um pouco. Acontece nas melhores relações — parou em frente a Lena a puxando para um abraço. — Como você está? Seu pé está doendo muito? Acho que você não deveria estar andando.
 
Por não estar esperando aquilo, no primeiro segundo Lena apenas ficou imóvel, mas quando Kara começou a mexer em seus cabelos, acabou envolvendo seus braços em sua cintura a abraçando de volta.
 
— O médico autorizou que eu andasse, e o pé estando imobilizado dói bem menos.
 
— Eu ainda acho que você não deveria se esforçar. Dormiu bem?
 
— Sim. Desculpa ter roubado sua cama.
 
— Pode roubar sempre que quiser.
 
Afastando um pouco, mas não o suficiente para soltar Kara, Lena a fitou.
 
— E você? Está bem? — seu tom era preocupado. — Notei que estava agitada ontem a noite, mas eu não disse nada porque não sabia o que dizer. Eu... eu fiquei um pouco fora de mim quando percebi o que tinha acontecido de novo. Você foi tão legal comigo e não quero que pense que eu não queria ser legal com você, apenas não consegui.
 
— Eu não consegui dormir. Embora eu esteja acostumada com esse tipo de coisa, é complicado.
 
— Por causa das mortes?
 
Por causa de tudo, Kara queria dizer. Tudo era muito mais complicado do que Lena achava que era.
 
— É — preferiu concordar do que explicar os reais motivos. — Isso não é fácil de lidar.
 
— Sinto muito, Kara, por ter feito isso por minha causa.
 
— Não fala assim — beijou sua testa voltando a abraçá-la. Não deveria estar gostando tanto de mantê-la em seus braços, mas gostava demais. — O importante é que você não viu o que aconteceu. Se eu não for despedida por seu pai, continuarei fazendo de tudo para você ficar bem.
 
Metade de Lena não gostaria que Lionel despedisse Kara como sempre fazia com seguranças e motoristas depois de um atentado. Sua outra metade gostaria que acontecesse para que ela não se metesse mais em nenhum risco, mas não queria ficar longe dela.
 
— Eu sou egoísta por não querer que ele faça isso?
 
— Como assim? — não entendeu o sentindo daquela pergunta.
 
— Eu nunca gostei muito da ideia de alguém ficar se pondo em risco por mim. E não gosto de você correr esse risco, mas não quero você longe de mim.
 
Os lábios de Kara fizeram um movimento involuntário nos cantos com o que ouviu.
 
— Esse é o meu trabalho, Lena — disse calmamente. — Não se sinta culpada por isso. Você precisa de alguém que faça sua guarda e, até agora, eu sou a pessoa encarregada disso. Mas se seu pai me mandar embora, isso não significa que vou ficar longe de você. Eu não quero ficar longe de você.
 
As últimas palavras fizeram Kara perceber que Alex tinha razão; estava se envolvendo emocionalmente com Lena e isso não era algo que estava em seus planos.
 
— Onde você esteve antes de nos conhecermos?
 
— No exército — Kara respondeu rapidamente assim como deveria fazer caso perguntassem algo sobre seu passado.
 
Embora Kara não tenha entendido o sentido da pergunta, Lena deixou para lá e abraçou um pouco mais forte.
 
— Parece que alguém gosta de me abraçar — brincou fazendo morena rir.
 
— Se quiser, eu te solto — internamente torcia para ela não querer.
 
— Pode fazer isso sempre que quiser o quanto quiser — apoiou seu queixo na cabeça de Lena. — Lexie nos chamou para almoçar na casa dela. Se quiser, podemos ir, ou posso pedir para ela vir te buscar e te levar para casa, ou podemos fazer qualquer outra coisa.
 
— A decisão é minha?
 
— É, sim. Mas acho que seria legal se fossemos.
 
— Tudo bem. Vamos então.
 
— Vou avisá-la que iremos, mas agora a senhorita vai se sentar e esperar o café da manhã. Não quero que seu pé piore.
 
— Vai voltar a brigar com a massa?
 
— Acho que eu vou comprar tudo — definitivamente, não iria cozinhar mais nada. — Não quero mais perder tempo discutindo com a massa de panquecas se posso ficar assim com você.
 
Escutando uma risada vinda da morena que fez seu coração dar uma pequena falhada, deixou mais beijo carinhoso na sua testa— dessa vez demorado — antes de soltá-la.
 
A manhã passou tranquila. Só por estar com Lena, os pensamentos de Kara se acalmaram e ela nem se lembrou que todas as manhãs fazia um ritual — olhava as evidências de seu caso não solucionado.
 
Um pouco depois do meio dia, chamou um carro por aplicativo para ir até a casa de Alex — tinha resolver logo sobre o carro alugado. Pouco tempo depois, já estavam se encaminhando para a porta da frente.
 
— Está com frio?
 
— Não. Você quase me fez vestir todas as suas roupas de frio.
 
— Para você ficar quentinha — apertou a campainha. — Você vai adorar a comida da Samantha, mas não elogia demais, pois ela tem um ego muito elevado.
 
— Tudo bem. Nada de elogiar demais.
 
— Vocês chegaram! — Samantha falou sorridente abraçando primeiro Kara. — Faz um tempo que não nos vemos, Kara — se virou para Lena. — E você é a famosa, Lena Luthor.
 
— Famosa, eu não sei. Luthor, só cinquenta por cento. Agora Lena, eu sou, sim — respondeu um pouco nervosa. Sempre usava seu péssimo senso de humor quando estava nervosa.
 
— Seja bem-vinda — Sam a puxou pela mão a fazendo entrar. — Fico muito feliz em te conhecer. Sinta-se a vontade. Eu esqueci de me apresentar. Sou Sam, esposa da Alexandra, aquela ruiva emburrada de trabalha pra você. Mas vai por mim, no fundo ela é bem legal, só não mais que eu, óbvio.
 
— Muito prazer, Sam — sorriu gentilmente gostando do jeito dela.
 
Ouvir Lena falar que era só cinquenta por cento Luthor, fez Kara se lembrar do que Sarah tinha dito no dia que embarcaram para Metrópolis. Seria um desses motivos de agirem tão estranho com ela? Porém isso não explicaria quererem matá-la. O que havia por trás de tudo aquilo?
 
Droga! Agora já estava com a mente cheia de perguntas mais uma vez.
 
Entrando na casa logo atrás de Sam e Lena, Kara procurou com o olhar por Alex, mas não a achou.
 
— Onde está a Lexie? — fechou a porta atrás de si e virou a chave.
 
— Está na garagem socando alguma coisa.
 
— Eu vou lá falar com ela — atravessou a sala, mas antes parou e olhou para Lena. — Não esqueça, Lena. Nada de elogios para essa daí — apontou com o queixo para Sam.
 
Depois de um tempo procurando pela garagem — não havia estado ali antes — Kara encontrou Alex mexendo em uma SUV preta.
 
— O que está fazendo?
 
— Vendo o que esse carro esconde — fechou o capô. — Eu estava tão cansada ontem que nem olhei. Nada de diferente do outro. Como se sente? Sei como fica depois de uma operação e acho que ontem você não ficou diferente.
 
— Quando eu conseguir dormir passa — encostou numa parede apoiando o pé nela. — Pensou no que eu disse ontem? Acha que tenho razão?
 
— Acho e é por isso não deveria estar com ela. Não podemos por tudo a perder, Kara — se aproximou da irmã percebendo que ela não estava gostando daquilo. — Tem algo que eu queria te dizer que eu lembrei, mas não podia falar por telefone e não quero esperar a próxima reunião.
 
— O que é?
 
— Aquele dia que Lex gritou com ela. Eu não dei muita atenção porque o certo é não nos envolvermos, mas tenho quase certeza que ele disse a ela que ela não iria querer perder.
 
— Perder? — fitou Alex que Se aproximava. — Perder o que?
 
— Não sei. Não consigo me lembrar se teve algo depois, mas acho que era tipo uma ameaça para ela aceitar ir ao funeral — deu ombros. — Eu pensei nas coisas que você disse e me lembrei disso. Não foi uma conversa clara que ele teve com ela, ele entrou e logo vieram os gritos, ele falou algo assim e você chegou.
 
Concordando lentamente, Kara ficou alguns segundos em silêncio. Não sabia se comentava com Alex o que pensou a noite inteira ou se deixava para dizer quando todos estivessem reunidos.
 
— Já sabe quando vai ser a próxima reunião?
 
— Amanhã, mesmo horário da última. Você tem que se afastar dela, Kara, eu não quero reportar o que está acontecendo e não quero que você se machuque — detestava como Kara podia ser teimosa, mas tinha que continuar a alertando. — A família dela é perigosa, nós temos a teoria de que eles estão tentando matá-la, imagina o que não fariam com você se descobrirem qualquer coisa? Você fica cega igual a uma porta quando se deixar levar pelo coração.
 
— Eu não vou me afastar — disse entre os dentes com raiva. — Ela pode ser vítima disso tudo também. Eu não vou deixar acontecer com ela igual... — engoliu seco e respirou fundo. — Você não vai reportar nada. Se fizer isso, tudo acaba.
 
— Você está criando laços com uma suspeita e não há nada que prove ao contrário. Não temos provas de que ela não saiba do que eles fazem, só temos suposições com base nos últimos acontecimentos — segurou o braço de Kara quando ela começou a se afastar. — Ela não está criando laços com você, está criando laços com a pessoa que ela acha que você é — disse a olhando nos olhos. — Não coloca a sua carreira em jogo por causa dela. Você pode se decepcionar se ela não for quem você pensa que ela é.
 
— Saiba que é com ela que eu tenho sido mais eu mesma do que fui nos últimos três anos — se soltou de Alex. — Eu não vou desistir de protege-la. Mesmo se você reportar tudo a Diana, e eu for afastada do caso, não espere que isso me faça deixá-la.
 
Depois daquela discussão um clima péssimo ficou entre as irmãs. O almoço teve pouca conversa entre as duas, mas Kara ficava satisfeita por Sam ter tratado Lena tão bem.
 
Alex em nenhum momento tratou Lena mal, mas não conseguia ver o que a irmã via. Queria estar sim errada sobre ela ter envolvimento em tudo, só que seu trabalho não a permitia descartar essa possibilidade. Kara já tinha tirado as suas próprias conclusões com a pouca convivência, não podia fazer a mesma coisa.
 
Já passando das cinco da tarde, Alex foi levar Lena até a mansão juntamente com Kara. Pelo retrovisor, viu como sua irmã não tirava os olhos da morena que parecia estar distraída olhando a janela. Podia confiar no julgamento de caráter de Kara em relação a Lena ou podia acabar com aquilo tudo, mesmo sabendo que Kara não a deixaria.
 
Quando aceitou essa missão, Alex não achou que seria tudo tão complicado em menos de uma semana.
 
Descendo do carro, Kara deu a volta ajudando Lena descer.
 
— Gostei de conhecer a Sam — Lena comentou ficando de frente para Kara. — Ela e a Lexie parecem ser amar.
 
— Elas se amam — não era mentira isso, elas só nunca tinham se acertado como casal. — Precisa de mim para mais alguma coisa? Sabe que pode me pedir o que quiser.
 
— Queria ficar com você — falou com sinceridade. — Foi bom ter alguém pra conversar e me fazer não me sentir sozinha depois de tudo.
 
— Estarei aqui sempre que precisar.
 
— Nos vemos amanhã? Preciso voltar ao trabalho e ficar longe de casa vai ser bom.
 
— Você deveria era deixar esse pé descansar — viu Lena revirar os olhos. — Se eu não for demitida, com certeza nos veremos amanhã.
 
— Mal posso esperar.
 
Lena até pensou em abraçar Kara, mas recuou. Por não poder fazer isso, seus olhos procuraram pelos dela e se encaram por alguns instantes sem dizer nada.
 
Do lado de dentro da casa, Lex estava passando pela enorme janela que dava para a entrada da casa e então parou quando viu aquela cena.
 
— William! — gritou.
 
— Sim, senhor Luthor — entrou na sala onde Lex estava.
 
— Quem é aquela com a minha irmã? — apontou.
 
Se aproximando da janela, William viu de quem se tratava.
 
— É a guarda-costas dela.
 
— Ela estava com a Lena ontem? — quis saber sem tirar os olhos das duas.
 
— Estava, sim — sacudiu a cabeça.
 
— Porque não foi trocada? Meu pai não fez a troca?
 
— Lance informou que não tinha nenhum outro segurança e nem outra motorista para substitui-las — explicou. — Seu pai preferiu continuar com as duas para não ter que procurar outra agência de seguranças.
 
— Qual o nome dela?
 
— Kara Lee, senhor.
 
— Procure tudo sobre ela. Quero saber tudo sobre essa tal de Kara e não economize para obter essas informações. E, William — o olhou. — Veja se faça seu serviço bem feito.
 
— Sim, senhor Luthor.
 

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The BodyguardWhere stories live. Discover now