18 Fala a verdade agora!

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Voltei!!!

 
Tenho evitado fazer comentários antes e depois dos capítulos para não entregar nenhuma pista da história. Mas, assim, eu espero que estejam prestando atenção nos detalhes que tem em cada capítulo.

 
Peguem a minúcia!

 
Divirtam-se!!
 
 
 
 
Havia chegado o dia em que Lizzie iria ser removida para outro lugar para ser protegida. Alex tinha conseguido convencer Diana a ceder dois agentes para fazer parte disso, mas seria uma ação extraoficial. A noite, a garotinha, juntamente com Mary, estaria indo para um lugar longe e seguro. Quanto a Winn, Kara tentaria por alguém na cola dele depois por precaução.
 
Embora estivesse fazendo aquilo para ajudar Lena, Kara tinha consciência do quanto estava sendo difícil para ela. Não atoa, nos últimos dois dias, elas estavam distantes. Mesmo que estivesse sentindo falta da atenção da morena, sabia que Lizzie era sua prioridade e que Lena precisava de um tempo para assimilar tudo, então estava se mantendo como uma espectadora a maior parte das vezes — não que estivesse reclamando, compreendia a situação.
 
Desde que havia informado Lena  sobre o dia em que todo o plano de segurança de Lizzie seria colocado prática, ela só aproveitava ficar com a filha. Até então, quando estava longe, falava com a menina todos os dias por telefonemas e chamadas de vídeo, com o que estava para acontecer, o contato seria mais difícil e não queria perder o tempo precioso que tinha naquele momento.
 
Tirar Lizzie daquele rancho poderia causar muitos problemas a Lena quando sua família descobrisse. Kara se preocupava com o que estava acontecendo no presente, mas pressentia que voltar para a Metrópolis não seria nada fácil quando essa informação chegasse até eles. Porém, Lena voltar sabendo que a filha não estava mais nas mãos daquela gente ruim, poderia dar mais forças para ela se desvencilhar dos outros Luthors.
 
Esse era o principal ponto do plano de Kara. Com a garotinha longe e em segurança, Lena poderia começar a tomar as rédeas da sua vida aos pouquinhos. Enquanto isso, continuaria cuidando dela e fazendo de tudo para mantê-la viva, e para por as mãos naqueles crápulas para que eles pagassem por todos os seus crimes.
 
Kara esperava que estivesse tomando as decisões mais corretas para a operação. Geralmente, seus casos eram resolvidos com êxito, não gostava de dar margem para erros. Mas, quando seu coração entrou em jogo e falou mais alto, sabia que as chances de não ver tudo com clareza estavam muito altas. Por isso, pedia aos céus para que cada coisa que fez, que falou, cada pedaço de sua vida que tinha contado a Lena tivesse sido a sua decisão menos pior.
 
Não se arrependia de nada até então, só tinha medo que suas escolhas colocassem mais a mulher por quem estava apaixonada em risco.
 
Mas, o que estava feito, estava feito. Não havia mais volta.
 
Enquanto pensava sobre tudo isso, Kara estava deitada na cama virada para a janela do quarto. Com as cortinas abertas, aproveitava para observar os raios de sol pouco a pouco invadindo todo o ambiente. Desde que tinha chegado naquele rancho, era a primeira vez que realmente via o sol brilhar com mais intensidade. Esperava que esse fosse um sinal do universo a dizendo que tudo ficaria bem.
 
Jogando o cobertor para o lado, desceu da cama e foi tomar um longo banho. Nada melhor do que um bom banho para relaxar, Kara costumava pensar. Pena que não havia dado tão certo quanto ela gostaria.
 
Quando voltou para quarto, se vestiu calmamente e depois começou a arrumar suas coisas. A noite, ela e Lena estariam voltando para Metrópolis.
 
Dobrando algumas peças de roupa, seus pensamentos estavam começando a se enxerem de preocupações de novo quando escutou o ranger da porta e logo ela se fechar. O perfume que invadiu o quarto deixava claro quem era.
 
Sem dizer nada, Lena se aproximou e a abraçou pelas costas. Por vários minutos, a morena permaneceu agarrada a ela ainda calada. Kara, por sua vez, aproveitava o contato permanecendo imóvel.
 
— Está com tanta pressa de ir embora que já está arrumando as malas?
 
— Claro que não — soltou um riso anasalado. — Voltar para Metrópolis é a última coisa que eu quero.
 
— Desculpa não estar te dando muita atenção nesses dois últimos dias — suspirou. — É muita coisa para processar e queria aproveitar ao máximo a Lizzie.
 
— Eu sei, por isso fiquei na minha. Não precisa se desculpar por nada. Você não fez nada errado.
 
— Hoje faz dois dias que você não me abraça — escutou Kara soltar uma risada e sorriu também. — A última vez foi na varanda. Você poderia ter ficado na sua e me abraçando como antes.
 
Sorrindo minimamente, Kara se virou e encarou Lena. Seus olhos analisaram cada detalhe de seu rosto.
 
— Está pensando em desistir? — levou a mão direita até seu rosto começando acariciá-lo.
 
— Não. Não é fácil, mas será o melhor pra Lizzie — sentiu uma corrente elétrica invadir seu corpo quando Kara deslizou a mão até seu pescoço.
 
— Estou falando em desistir de mim. E a ideia de levá-la para mais de você, foi minha.
 
— Não — sacudiu a cabeça negando. — Você não está fazendo nada que me faça querer me afastar de você. E se eu não quisesse aceitar a sua sugestão sobre Lizzie, eu não aceitaria.
 
— Ela vai ficar bem — afirmou a olhando nos olhos. — São pessoas de confiança que vão estar com ela vinte e quatro horas por dia e em um lugar onde não vão achá-la. Eu as conheço. Quando ela estiver instalada no novo lugar, vou dar um jeito de você falar com ela.
 
— Vou esperar ansiosamente para ouvir a voz dela. Nem fui embora ainda é já sinto falta de tê-la comigo.
 
— Vou tentar ser rápida quanto a isso, tá bom?
 
— Tá bom.
 
Passando seus braços envolta de Lena, Kara a apertou contra si de maneira acolhedora. Devagar, começou a balançar seus corpos minimamente de um lado para o outro. Tinha sentido falta de estar daquele jeito com ela, mas sabia que tinha feito certo dar tempo e espaço a ela.
 
— Acho que as coisas vão se complicar quando sua família descobrir — apertou os lábios. — Mas estarei com você em qualquer situação.
 
— Não fala mais que aquela gente é minha família — pediu com certo desprezo ao se lembrar deles e tudo o que eles a causaram. — Lizzie estando longe das vistas deles, eu consigo enfrentar as complicações que vierem. E sei que estará comigo, assim como estarei com você se precisar. Sei que a gente pode fazer isso juntas.
 
— Eu também sei disso — se afastou um pouco para mais uma vez a encarar.
 
Perto de Lena, Kara até esquecia da tristeza, da frustração e do desejo de vingança que invadia o seu ser anteriormente. Toda vez que a olhava, algo bom despertava dentro de seu peito. Podia ter estado com outras pessoas antes, mas o jeito que se sentia com Lena era diferente.
 
O contato visual permaneceu por alguns instantes até, em uma fração de segundos, Lena segurar com as duas mãos o rosto de Kara e diminuir a pouca distância que tinha entre elas para iniciar um beijo.
 
O beijo demonstrava os melhores sentimentos que tinham uma pela outra. Ainda não era amor, mas era uma paixão daquelas que faz uma chama queimar no peito. Era o desejo latente que sentiram desde a primeira que se olharam. Era o carinho uma pela outra que a cada dia crescia mais.
 
— Agora eu te perdoo por não ter me abraçado por dois dias — Lena disse entre os pequenos beijos que Kara deixava em seus lábios.
 
— Então sempre vou me redimir assim.
 
— Não vou reclamar — sentiu um beijo em seu pescoço antes de Kara voltá-la a abraçar. — Eu queria levar Lizzie para almoçar no restaurante favorito dela e depois no parque de diversões. Sempre faço isso no meu último dia aqui. Isso vai prejudicar o plano?
 
O plano feito por Kara não tinha nada de mirabolante, mas deveria ser feito com certo cuidado. O encontro estava marcado em um lugar bem longe do rancho, onde não havia câmeras ou pessoas para testemunhar. Depois disso, Kara e Lena iriam direto para o aeroporto para embarcarem para Metrópolis. No dia seguinte, Alex já estaria esperando por elas. Daí em diante, seguiriam os dias como se nada tivesse acontecido na Irlanda.
 
— Não vai prejudicar. Só temos que estar no local combinado às nove.
 
— Quero que você esteja com a gente no parque.
 
— Então estarei.
 
Elas permaneceram abraçadas por mais cinco minutos — a pedido de Lena — até Kara ir fazer o café da manhã. Como era a última vez que veria Lizzie por um tempo, a loira queria fazer algo para agradá-la.  
 
A manhã passou muito rápido na perspectiva de Lena. Queria que o tempo parasse para poder aproveitar o momento com Lizzie, mas seu conhecimento de tecnologia não era suficiente para criar um dispositivo que fizesse algo tipo. Sua única solução era aproveitar aquelas últimas horas.
 
No almoço, Lena levou a filha e Kara até uma hamburgueria. Lizzie adorava cheese burguers, batatas fritas e refrigerante, talvez só não adorasse tanto quanto Kara.
 
Depois de comerem e ficarem um pouco numa praça para tomar sorvete, foram andando até o parque de diversões. As três caminhavam tranquilas e até parecia que não tinham preocupações.
 
Lizzie estava entre Kara e Lena segurando as suas mãos. Ela estava tão animada, que desde que tinha saído de casa não havia parado de falar nenhum minuto. Por estar há alguns segundos caladas, Lena suspeitava que sua cabecinha estava ocupada pensando em algo.
 
— O que você está pensando, Lizzie?
 
— Eu vou poder ir em todos os brinquedos? — levantou a cabeça olhando para Lena.
 
— Só nos adequados para a sua idade.
 
— E se Kara for comigo nos brinquedos que não são pra minha idade? — semicerrou os olhos.
 
— Primeiro, que você não teria altura para esses brinquedos. Segundo, se tivesse, a resposta ainda seria não — apertou os lábios tentando não rir quando viu a garotinha fazer uma cara de emburrada.
 
— Se quiser que eu vá com você em algum outro brinquedo, eu vou — Kara disse a Lizzie. — Desde que sua mãe deixe, claro.
 
— Na roda gigante? — perguntou animada. — Mamãe tem medo. Deixa eu ir na roda gigante com a Kara, mamãe? Por favorzinho.
 
— Na roda gigante eu deixo — ter aceitado uma coisa tão simples fez Lizzie sorrir de orelha a orelha.
 
Aquilo que estava vivendo com a filha e com Kara, fazia Lena imaginar se aconteceria com frequência num futuro próximo. Gostaria, do fundo do coração, que se tornasse um programa comum de fim de semana. Queria fazer com Lizzie coisas que Lionel e Lilian nunca fizeram com ela.
 
As horas no parque foram para Lizzie as mais divertidas de sua vida. Estava com a sua mãe, tinha atenção de Kara e estava comendo todas as coisas que gostava. Todas vezes que olhava para Kara e Lena, seus olhinhos brilhavam de alegria. Aquela tarde feliz estaria marcada na sua memória para sempre.
 
Já no finalzinho da tarde, Lizzie acabou caindo no sono. Kara estava com ela em seu colo enquanto caminhavam de volta ao carro. Nos bracinhos da pequena, estava um urso de pelúcia que Kara havia ganhado no tiro ao alvo para ela. Ela o segurava com força desde a hora que o ganhou.
 
— Aposto que ela nunca mais vai largar esse ursinho — Lena comentou enquanto olhava as fotos que as três tinham tirado na cabine de fotografia a pedido de Lizzie. — Acho que você, sem dúvida alguma, a conquistou — virou a cabeça para a olhar.
 
— Pra conquistar a mãe, tem que conquistar a filha — fitou Lena dando uma piscadinha que fez a morena rir. — Mas foram vocês que me conquistaram. E ela já é a número um no meu coração. Sinto muito por isso.
 
Cinco dias foram suficientes para Kara se afeiçoar a Lizzie. Gostava de desenhar com ela quando ela pedia e em como ela sorria por ganhar mais uma partida de xadrez de alguém. Sentia o peito encher de alegria quando cozinhava alguma coisa e ela comia elogiando — como seus bolos de chocolate — ou quando a pequena a abraçava e a dava um carinhoso beijo na bochecha.
 
— Essa é uma derrota que eu aceito — voltou a olhar para as fotos.
 
— Que bom, porque não há nada que você possa fazer em relação a isso.
 
— Está chegando a hora da despedida — falou tristonha. — Essa é sempre a pior parte.
 
— Eu sei como é. Se despedir quem amamos nunca é fácil — parou na lateral do carro esperando Lena abrir a porta. — Mas essa vai ser a última vez que você vai se despedir dela. Quando vocês se reencontrarem, ninguém vai separar vocês.
 
Assentindo, Lena deu um beijo nos cabelos da filha, depois um beijo nos lábios de Kara e então abraçou as duas ao mesmo tempo. Quem passou por aquele lugar e viu a cena, não dizia que não eram uma família.
 
As horas seguintes foram de nervosismo e agitação tanto para Lena quanto para Kara. Enquanto Lizzie ainda dormia, elas aproveitaram para colocar as coisas no carro e depois repassaram o plano. E então, às oito da noite, saíram do rancho para irem ao local combinado.
 
Por trajeto todo, Lena ficou abraçada a Lizzie no banco de trás.  O que a garotinha sabia era que iria se mudar de casa com Mary. Já não Mary, não questionou qualquer coisa vinda de Lena.
 
Kara dirigiu até o ponto de encontro em silêncio. Não havia clima para brincadeiras, nem mesmo Lizzie estava falante como costumava ser. Estava sendo angustiante.
 
Mais de quarenta minutos depois, estavam no local combinado onde também estava um outro carro.
 
— Fiquem aqui — Kara disse tirando o cinto. — Já venho buscar vocês.
 
Descendo do carro, olhou tudo em volta. Estavam uma avenida pouco movimentada, com pouca luz e sem casas próximas. Já bem próxima ao outro carro, Kara viu três mulheres descerem dele, duas ela conhecia, uma apenas imaginava quem era.
 
— Zero dois!
 
— Kane, Wilder quanto tempo! — apertou a mão das duas conhecidas com um sorriso breve.
 
— Faz um bom tempo — Wilder respondeu. — Essa é Nal, ela só veio nos acompanhar por precaução — apontou para a morena.
 
— Prazer em te conhecer — apertou a sua mão.
 
— Igualmente — sorriu gentilmente.
 
— Arranjando encrenca e deixando pra sua irmã limpar sua barra? — Kane perguntou. — Como ex parceira dela e sua amiga, eu sou obrigada a dizer: ela vai te bater.
 
— Eu sou mais forte que ela. Acho que é mais fácil eu bater nela do que ao contrário — as quatro mulheres riram e Kara se aproximou um pouco mais. — Obrigada por estarem fazendo isso.
 
— Se a gente precisasse, você e Alex nos ajudariam — Kane respondeu. — Quando formos a Nova Iorque, nos pague umas rodadas e ficamos quites.
 
— Fechado — olhou para o carro atrás de si e então encarou novamente as mulheres. — Mantenham essa menina em segurança. Ela é importante pra mim.
 
— Nós vamos, zero dois — Wilder falou séria. — Nos entregue ela, não temos tempo a perder.
 
Maneando a cabeça, Kara voltou para o carro e abriu a porta para Lena, Lizzie e Mary descerem. Enquanto Lena se despedia da filha, Kara e Mary foram até o porta malas pegar as coisas que precisavam para levar até o outro carro.
 
— Deem um tempo para as duas — Kara pediu as agentes  se referindo a Lena e Lizzie, que estavam abraçadas, quando se aproximou delas de novo. — Isso não é fácil.
 
— Só não demora — Nal disse. — Não podemos correr riscos.
 
Vendo Lena ajoelhada em frente a Lizze — que estava com o ursinho que havia ganhado em mãos —Kara foi até as duas.
 
— Ela tem que ir, Lena — disse ao se ajoelhar em frente a Lizzie também.
 
— Eu sei — abraçou a filha. — Eu te amo com mil coraçõezinhos — sua voz estava embargada. — Obedeça a Mary. Seja uma boa menina.
 
— Também te amo mil coraçõezinhos, mamãe — disse numa voz chorosa a apertando forte. — Tchau, Kara — abraçou a loira.
 
— Tchau, meu amor.
 
— Cuida da mamãe — sussurrou. — E trás ela para o meu aniversário.
 
— Eu vou — beijou o rosto da garotinha. — Nós vemos em breve.
 
Antes de deixar Lizzie ir, Lena a abraçou mais uma vez voltando a repetir o quanto a amava. Após entregar pequena a Mary, segundos depois viu o carro partir.  Sentindo um nó na garganta, uma lágrima rolou por seu rosto e então procurou pela mão de Kara e a apertou forte.

— Não quebre a promessa que você me fez.
 
******
 
Às oito da manhã, Kara e Lena desembarcaram em Metrópolis. Por grande parte da viagem, Lena chorou abraçada a loira, sabia que fez o certo, mas a despedida era sempre dolorosa. Ao menos, dessa vez, pode ter alguém para a consolar.
 
Na sala de espera do aeroporto em que pousaram, encontraram Alex. Assim que Kara colocou os olhos na irmã, sabia que havia alguma coisa de errada, mas sua preocupação maior era com o estado de Lena, então preferiu não dar muita atenção aquilo por hora.
 
Quando chegaram na mansão, Kara fez o que sempre fazia. Assim que Lena desceu do carro, elas se encararam.
 
— Não queria te deixar sozinha.
 
— Eu vou ficar bem. Nos falamos mais tarde.
 
— Tudo bem — fechou a porta do carro.
 
— Te vejo amanhã?
 
— Claro que sim. Se cuida.
 
— Você também.
 
Vendo Lena começar a se afastar, foi difícil manter o controle para não a puxar para seus braços e a levar para longe dali, principalmente quando viu Lilian na janela as olhando. Fingindo que não viu a matriarca da família, entrou de volta no carro. Mesmo estando preocupada por Lena voltar a aquela casa, Kara iria tentar focar em alguma outra coisa até o dia seguinte.
 
No caminho até sua casa, Kara viu  como Alex ainda estava estranha. Queria muito perguntar o motivo de sua cara extremamente fechada — mais do que já era quando estava longe de Samantha— mas preferiu não falar nada estando dentro daquele carro que pertencia aos Luthors. Além disso, sabia que Alex iria querer subir até seu apartamento para conversarem sobre os últimos acontecimentos.
 
E, como o previsto, foi exatamente isso que aconteceu.
 
— Se divertiu na sua viagem, Kara? — perguntou de um jeito meio irônico quando desceram do elevador.
 
— Que mal humor é esse? — olhou para Alex e depois abriu a porta de seu apartamento. — Não se acertou com Sam ainda? Por isso está tão mal humorada?
 
Não respondendo a pergunta, assim que passou pela porta, Alex jogou as duas bolsas da irmã no chão e a segurou pelo colarinho do sobretudo a empurrando contra parede com força.
 
— O que é isso? — perguntou assustada com a atitude da irmã mais velha. — Ficou louca? Eu só estava fazendo uma brincadeira.
 
— O que você sabe sobre Winslow Schott? — disse com os dentes serrados. — O que você sabe sobre ele que não está me contando?
 
— Porque eu saberia alguma coisa sobre ele?
 
— Não responde a minha pergunta com outra pergunta!
 
— Se eu soubesse de alguma coisa, porque mandaria você verificar tudo sobre ele? — tentou empurrar Alex, mas ela a prensou mais forte contra a parede.
 
— Me fala a verdade, Kara!
 
— Eu não sei nada — gritou.
 
— Então porque ontem, Samantha foi até a penitenciária de Metrópolis o interrogar a mando de Diana e, durante a conversa, Winslow Schott disse o nome da sua esposa? — não teve resposta alguma. — O que você está escondendo esse tempo todo, Kara? Fala a verdade agora!
 
 

:)

The BodyguardWhere stories live. Discover now