CAPÍTULO 35

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Pride foi dar uma olhada em Livie e viu que ela estava acordada. E que não era a mesma Livie que ele trouxe do hospital. Era a que provavelmente matou Ann. O que ele faria? Essa situação estava ficando insuportável, a Livie "normal" gostava de Honor e Pride estava pensando qual era o impacto disso na relação deles. A Livie "assassina" se virou e o olhou enquanto tirava a blusa. Pride se sentiu aquecer, por que seu pau não se importava qual Livie o olhava lasciva e apertava um seio. Ou qual Livie o fazia se ver indo até ela e a beijando. Ele se aproximou e se deitou ao lado dela, ela logo o beijou, ele correspondeu, os lábios dela eram cheios, deliciosos e Pride se entregou. Continuou o beijo, sugando os lábios dela, lhe provando a boca com a língua, e rosnando na boca dela quando ela lhe sugou a língua de volta. O calor o envolveu ele beijou sua garganta, se inundando no cheiro dela, descendo para um seio e o sugando. Pride rosnou, estava sendo bombardeado com a última vez que sugou os seios dela e tinha provado seu leite, ele ficou sem razão por uns instantes, era um momento tão intenso! Ela puxou sua camiseta, ele se levantou e tirou toda a roupa. Enquanto ele tirava, ela também tirou a dela, a visão do triângulo de pêlos escuros no meio das pernas dela lhe deixou ainda mais excitado. Pride se aproximou, abriu as pernas dela e inspirou. Ela gemeu se ergueu e puxou os cabelos dele, o apertando contra o meio dela, ele não perdeu tempo, a lambeu. O gosto o fez rosnar, Pride lambeu e chupou seu clitóris, vibrou sua língua contra ela, ela gemeu alto, Pride continuou, até ela gozar. Pride rosnou, subiu o corpo, a beijou, ela lhe lambeu os lábios, e Pride a penetrou! Ele entrou e logo saiu, era muito prazer, muito calor. Ela o prendeu com as pernas, de um jeito até bem forte, mas não precisava, ele não sairia dali. Pride rosnava, entrava e saía de dentro de Livie, a prendendo no colchão, ela o apertava, ele colou os corpos, ela lhe mordeu o ombro. A dor da mordida forte o surpreendeu, o choque levou o prazer dele às alturas, ela começou a gozar, ele aumentou a força das arremetidas, até que gozou rugindo.
Pride a olhou nos olhos e registrou um brilho satisfeito, um brilho diferente do que ele esperava. E aquele olhar o esfriou um pouco.
Ele saiu de dentro dela, se sentindo vazio, como se o prazer tivesse sido tal que não havia nada mais.
"Vou dormir mais um pouco." Ela disse se virando na cama e o dispensando. Pride pegou suas roupas e saiu do quarto.
Não era por aquela Livie que ele se apaixonou, isso era um fato.
Em seu quarto, ele tomou um banho, se vestiu apenas com uma bermuda e foi a oficina. O cheiro de Stylet indicava que ele estava lá, Pride ainda não sabia como lidar com a mentira de que ele e Violet se encontravam de madrugada numa árvore atrás da casa dos pais dele. Havia algo muito errado nisso, mas com a morte de Ann, Pride deixou que Violet lutasse suas próprias batalhas.
Stylet tinha feito uma corrente, não estava boa, ele não tinha talento nenhum para isso. Sheer já fazia anéis, Pride não sabia como ensinar a Stylet, pois no fim, Pride descobriu que ele não era um bom professor.
"Olá." Pride disse e se sentou.
"Está bom?" Stylet perguntou.
"Não." Pride suspirou.
"Mas acho que está melhor que a outra. Você deve ter perseverança, você está melhorando." Pride disse, mesmo que não acreditasse muito.
"Você acha?" Stylet sorriu, um sorriso cheio de presas, Pride sorriu de volta.
"Sim. E como foi no alojamento?" Pride perguntou. Seu pai o expulsou de sua casa, depois que ele melhorou alegando que Stylet tinha abusado da confiança dele.
"Eu cheguei lá, e todos me cumprimentaram, disseram que eu estava namorando a filhote mais linda daqui! E por baixo do nariz de Florest! Book quer me colocar na patrulha. Mas como eu disse que era seu aprendiz, ele não colocou. Meu pai vai chegar amanhã, até minha mãe vai vir!" Pride coçou a cabeça. Violet não era uma fêmea volúvel. E ele comeria seus sapatos se ela e Stylet estivessem namorando. Do jeito que Stylet era simplório, Pride achava que ele nem sabia direito o que era namorar.
"Minha irmã é muito nova, Stylet. Você acabou de fazer dezesseis, você também é muito novo. Nesses seis anos que faltam para ela, podem acontecer muita coisa."
"Não. Não vai, Pride, eu juro! Não vou compartilhar sexo nunca mais até ela ter idade! Ela me beijou. Não foi um beijo como o das prostitutas, daqueles que elas chupam a boca da gente, mas..."
"Você não vai chupar os lábios da minha irmã." Pride rosnou e se levantou.
"É claro. Eu e ela não vamos fazer nada antes da hora, Pride, eu te dou minha palavra de honra." Ele queria mesmo dizer aquilo. Meu Deus!
O que Violet estava aprontando?
"Eu confio em você. Vou buscar meus filhotes. Faça outra, com anéis desse tamanho." Ele mostrou e saiu da oficina.
Sheer e Lily estavam com os seus pais, eles ainda não sabiam que Livie tinha voltado.
No caminho, Pride foi relembrando o sexo com Livie. Não foi como antes, não era a mesma Livie. Pride desviou e algum tempo depois, chegou na varanda da casa de Moon. Ele bateu, o próprio Moon abriu.
"Pride! Que surpresa?" Joy estava sentada no sofá, ela arrumava a roupa, Pride estava tão distraído que não sentiu o cheiro de excitação deles, agora ele ficou sem jeito.
"Eu..." Ele disse, mas Moon o puxou para dentro da sala.
"Entre logo. Nem Lunna quando nos interrompe fica tão sem jeito assim. Na verdade, ela nos proibiu de fazer isso na sala, não comente com ela." A última parte, Moon disse sussurrando.
Pride acenou, ele nunca diria alguma coisa desse tipo para Lunna.
"Em que posso ajudar?" Joy, recomposta indicou uma cadeira e adotou um ar profissional.
Moon se sentou ao lado dela.
"Você está sabendo do problema de Livie, não? Eu queria marcar algo com você, eu não sei como lidar com ela, eu preciso de ajuda."
"Querido, que tal dar o fora daqui? Agora?" Ela perguntou, Moon sorriu.
"Não fale assim comigo. Eu posso ficar com algum trauma. Conhece alguma terapeuta gostosa pra me tratar?" Moon disse, ela não sorriu. Ele saiu pela porta.
"Estarei no complexo."
"Me desculpa por isso, mas ele adora dizer que é casado com uma terapeuta gostosa. Se contar que eu já não tenho vinte anos, bom, eu gosto que ele diga." Pride sorriu.
"Fale." Pride pensou por onde começar. Talvez dizer que viu Livie chorando abraçada ao lençol da cama de Honor? E depois passou pisando pelo lençol e se recompôs?
"Que tal começar pelo princípio? De tudo. Quando a viu pela primeira vez?"
Ela perguntou.
Pride suspirou. Ele não pensou nisso nesses quase seis anos.
"Honor. Eu e ele dividíamos o quarto na nossa antiga casa, quando veio a invasão, nossa casa não foi atingida, mas papai quis separar os nossos quartos dos dos outros. Ele estava olhando pela janela, para o jardim, quando eu entrei. Ele fechou a janela com força, ele estava vermelho e..."
Pride fechou os olhos. Mais essa! Pride se lembrou que sorriu e foi abrir a janela. Honor ainda ficou na frente, mas acabou saindo. E ele a viu. Pride ainda se lembrava de ter dito que ela parecia muito delicada pro gosto dele.
"E quando a viu..." Joy perguntou.
"Nada. Ela era nova, parecia da idade das minhas irmãs, elas eram quase do tamanho dela."
"Continue."
"E depois eu estava em meu quarto em Homeland, quando senti um cheiro de cio. Eu não me controlava nessa época, eu fui atrás dela, nas escadas, eu a peguei por trás, sugestionando que ela fechasse os olhos e ela achou que fosse James. Ela tinha ido atrás dele."
Pride esperou a cara de indignação de Joy, mas ela apenas acenou.
"E..."
"Bom, daí na segunda vez já no meu quarto, nós fizemos de novo. Eu tinha medo de que ela me visse..." Pride pensou que dessa vez, sua sede não apontou. Mas quando beijou Minerva, ele não conseguiu se controlar direito, haveria alguma explicação para isso. Joy esperava pacientemente.
"Eu não tinha controle, qualquer sentimento forte despertava a minha sede, mas depois na segunda vez foi mais fácil. E eu fui pra uma caverna por que briguei com James. Eu fiquei lá até ouvir que ela ia embora. Eu surtei saí correndo e escalei o prédio mas quando ia pegá-la, quer dizer, eu ia ter de lançar o tio V. do prédio e acho que Thorment também, mas aí ela me fez dormir. Quando acordei, ela tinha ido, eu e meus irmãos esperamos e bom, a resgatamos. Ela levou um tiro, eu a levei para Gabriel, ela voltou. Depois eu acordei em casa, Candid fez um bife pra mim. Ela tinha morrido. No dia seguinte, a noite, eu sonhei com ela, estávamos numa praça, em algum lugar na Europa. A gente tomou café, foi para o hotel, compartilhamos sexo e eu acordei na minha cama. Foi..."
Foi como viver um dia maravilhoso para depois perder tudo.
"Era bom? Sonhar com ela?"
"Sim, mas acordar era ruim."
"Você quis, não sei, dormir pra sempre, ou algo assim?" Pride pensou bem nisso.
"Eu não podia. Meus filhotes precisavam de mim, eu tinha que controlar a minha sede. Não, eu acho que não."
"E agora? Com ela de volta?"
"Houve Minerva. Há algo entre nós. E com Livie mexendo na minha cabeça eu não sei o que sentir. E tem o fato de que são duas Livies. Eu não sei o que fazer."
"Duas Livies?"
"Eu tenho certeza de que você sabe Dusky achou que Livie matou Ann. Tio V. me disse que deu um jeito nele, que fizeram um acordo, mas isso não explica a morte de Ann."
"E você acha que ela matou Ann e que essa é uma Livie. E a outra?" A outra beijou Lily roçando seu corpo em Honor. A outra quase chorou quando viu que honor tinha ido embora, a outra guardou o livro de poesias que honor lhe deu como se fosse um presente precioso. Pride buscava entender como se sentia acerca disso, mas ele amava seu irmão. E Honor foi embora, ele saiu de cena. Ele iria para a Europa, o continente dos sonhos de Livie. A cada vez que pensava neles, nos dois, Pride via o quanto estavam ligados.
"A outra, ela não está bem. Ela está doente e a morte de Ann não ajudou em nada. Eu queria muito que você a ajudasse. Eu não confio em Michael."
"Eu sei. Nem eu. Se quer saber, ele é uma raposa traiçoeira, é o que sinto quando falo com ele. Mas eu tenho uma amiga. Ela foi minha aluna mais brilhante, agora está formada e tem um consultório. Não vai ser barato trazê-la, mas posso tentar. Ela meio que tem curiosidade por vocês, então acho que isso ajudará. Posso entrar em contato com ela?"
"Outra psiquiatra? É claro que sim. Ainda mais se for da sua confiança. Eu pago o que for preciso." Ele tinha dinheiro, não só o de Evan que ele nem sabia quanto era, James que cuidava, mas suas jóias eram caras. Tio Francis tinha amigos poderosos, bastou ele recomendar Pride a um, as encomendas explodiram. Pride demorava a entregar, mas até isso fazia com que os ricaços pagassem qualquer coisa.
"Bom, acho que eu já tenho com o que trabalhar, Pride. Vou te esperar no complexo na segunda a tarde, tudo bem?" Ela disse, ele assentiu.
"E vá devagar. Primeiro, esqueça isso de duas Livies. Pense que é apenas uma, a envolva com atenção e carinho. Sugira a ela fazer alguma coisa. Há várias coisas pra se trabalhar aqui, ela não começou a fazer pedagogia? Como vão as aulas de Lily? Ela pode pegar alguns alunos de Marianne, ou fazer qualquer outra coisa. Comece a tentar ver as coisas pela perspectiva dela, e a partir daí em como você pode ajudá-la." Ela sorriu.
"Agora, fora daqui." Ela se levantou. Pride lhe deu um beijo na bochecha, Joy era especial e merecia Moon, que era um dos machos mais calmos, engraçados e amados dali.
Na casa dos seus pais, Sheer travava uma batalha no vídeo game com Candid, ele estava ganhando e Lily dormia. Pride subiu ao quarto de Violet para esperar Sheer terminar.
No quarto, ela estava deitada com a cabeça no colo de Daisy, as duas em silêncio.
"Tem uma fêmea namoradeira precisando de umas palmadas aqui?" Ele disse e entrou. Daisy o beijou quando ele se abaixou para se ajoelhar em frente a irmã.
"Papai disse que eu tenho de escolher. Tio V. apareceu aqui, conversou com ele sobre Florest e Lash virá amanhã para falar sobre Stylet." Pride franziu as sobrancelhas.
"Pensei que gostasse de Florest." Ele disse.
"Eu..." Violet não terminou.
"Diga logo que você gosta, Vi. Eu já disse que está tudo bem. Eu não gostava dele, no fim das contas. Eu acho que quero Romulus, ou Salvation, ou sei lá. Mas não quero Florest." Pride se levantou e cruzou os braços.
"Você deve se decidir, D. Não dá pra ficar ameaçando vários machos de uma vez." Ela fechou a cara.
"Eu não pedi pra você ameaçar ninguém. Se fizer isso, vai se ver comigo." Ele sorriu, essa era a Daisy que ele sentiu falta.
"Que bom que você voltou." Ele puxou uma mecha do cabelo dela, ela bateu na mão dele.
"Eu não voltei. A força tarefa teve um trabalho e nos deixaram vir, por causa da morte de Ann. Vai ter velório?"
"Não. As cinzas estão com Dusky."
Daisy acenou. Ela saiu da cama de Violet, passou por Pride o chutou e saiu.
"Vai ficar solteira sendo grossa desse jeito, D."
"Eu sou bonita demais pra ficar solteira." Ela disse do corredor.
Violet se sentou e o abraçou.
"Você gosta de Florest, eu sei e você sabe. Por que iludiu Stylet? Ele é bom, não merecia isso." Ela suspirou.
"Sabe quando Simple as vezes dizia que fazia o que devia ser feito? Pois é. Não é tão fácil. Eu vou conversar com ele. Ele é mesmo bom e doce, mas eu realmente gosto de Florest."
"Então está decidido." Pride disse.
Minerva fez o que devia ser feito.
Honor fez o que devia ser feito.
Estava na hora de Pride fazer o devia ser feito e isso era ser o companheiro de Livie.

FILHOTES DE VALIANT - PRIDEWhere stories live. Discover now