CAPÍTULO 45

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Pride inspirou fundo tentando se controlar, Minerva estava sobre ele, ela soltou o corpo e encostou a bochecha em seu peito.
"Nós não podemos ficar aqui." Ela disse. Eles estavam no chão da estrada, nus, Pride tinha rasgado a roupa dela.
"Será? Eu poderia passar mais algumas horas aqui." Pride acariciou o traseiro dela, as costas.
"Eu sinto que poderia passar o resto da minha vida aqui, no chão, dentro de você." Ela, no entanto, se ergueu e saiu de cima dele. Pride continuou no chão, vendo ela vestir a camisa rasgada, a saia, sutiã e calcinha estavam em tiras. Ela os juntou mesmo assim.
Pride ficou na dúvida se dava sua calça para ela, mas ele estava sem cueca.
"Eu só vim de calça, então..."
"Dusky é cego, eu só tenho de entrar." Ele a puxou e a beijou, a camisa dela era curta, sua bunda estava de fora, Pride apertou.
"Pride." Ela se afastou.
"Não devíamos ter feito isso, eu..." Pride a beijou de novo.
"Eu vou falar com Livie, eu vou resolver essa confusão. Você confia em mim?" Ele perguntou, ela ficou silêncio.
"Minerva..."
"Nós erramos. Foi o que eu falei, como vai ajudá-la transando comigo? Ela precisa de você." Minerva disse, Pride suspirou.
"Não. Ela precisa dela mesma. Eu estou cansado, Minerva. Livie não é uma pessoa normal, há duas dela, uma doce e boa, a outra..."
"Se fosse fácil, ela não precisaria de você." Ela disse e estava certa.
"Que seja. Eu vou falar com ela." Minerva começou a andar pela estrada, ele a seguiu. Perto da cabana de Dusky, ela parou e o abraçou. Era tudo tão injusto! Pride queria ficar ali, não queria ter de voltar.
"Eu soube da notícia. Como está se sentindo?" Ele tirou o cabelo do rosto dela e o ajeitou atrás das orelhas.
"Ainda é estranho. Eu nunca soube o que é ter pai, o homem que eu achava que era meu pai me odiava. Agora, eu e Dusky estamos tentando nos acostumar com a idéia." Ela sorriu.
"Você não tem presas e cheira como uma humana, como pode ser isso? E não conseguiu enxergar a casa do meu pai da nossa varanda." Ela deu de ombros.
"Eu não sei." Pride acenou.
"Minerva, entre. Ou vou quebrar os dois braços dele." Dusky saiu e se postou a porta.
Ela tentou puxar a blusa para tapar a frente de seu corpo enquanto andava e entrou na cabana.
Dusky não disse nada e bateu a porta na cara dele.
Pride tinha de ir embora, mas seus pés não saíam do lugar.
"Eu disse que era pra você transar também, mas não com esse idiota." Ele ouviu Dusky dizer. Pride começou a andar, depois a correr pela estrada, já era madrugada.
Em casa, ele entrou e se deitou no quarto de Minerva, ele enfiou o nariz no colchão, ainda que o cheiro dela o envolvia. Pride fechou os olhos.
De manhã, ele ouviu Livie, Lily e Sheer na cozinha, ele, porém, não teve coragem de ir falar com Livie. Não por que achava que ela iria sofrer, mas por que precisava pensar. Havia uma coisa muito estranha nisso tudo. Pride usou a porta de vidro do quarto dela e correu até a sua casa. Talvez Violet pudesse ajudar.
Ele escalou a parede, entrou pela janela dela, quase a matando de susto. Ela estava deitada lendo. Ela colocou o livro debaixo do travesseiro.
"Deve ser uma ótima leitura, uma vez que você não me ouviu ou sentiu o meu cheiro." Ele disse quando pulou dentro do quarto.
"Principalmente porque você rescende a sexo." Ela inspirou fundo.
"Minerva." Ele acenou.
"E foi... No chão? Você está imundo." Pride não quis tomar banho, o cheiro de Minerva era fraco, estranho.
Mas ele se olhou, sua calça estava imunda.
"Eu ainda tenho algumas roupas aqui, você pega pra mim?" Ele perguntou e entrou no banheiro dela. Violet assentiu e saiu do quarto. Pride tomou banho, se lembrando da loucura de ter compartilhado sexo com Minerva no chão de forma totalmente louca e até violenta. Ele tocou seus ombros, havia sinal de mordida neles, já tinha cicatrizado, mas ainda dava para sentir. Seus braços, suas costas, Pride estava todo arranhado. Em alguns lugares em suas costas, parecia que ela cravou as unhas.
Tudo era meio excitante, Pride viu seu pau endurecer, que porra era aquela? Ele estava no banheiro da sua irmã, não ia se masturbar ali.
"Pride? Sua roupa está aqui." Violet disse, Pride desligou o chuveiro se secou, se enrolou numa toalha, saiu, pegou a roupa e voltou. Um conjunto de moletom e uma cueca. Ele vestiu e saiu do banheiro.
"Seu cabelo está uma confusão." Violet disse, ele se sentou numa banqueta em frente a penteadeira dela, ela lhe penteou os cabelos.
"Os trigêmeos estão aqui?" Pride disse ao sentir o cheiro de seus irmãos.
"Sim, eles chegaram de madrugada. Parece que James teve de buscá-los." Pride acenou. Seria bom ver Simple.
"Eu descobri que eles não vieram sós. Venha!" Violet disse, saiu do quarto pisando bem leve, Pride a seguiu. Eles desceram as escadas, passaram pela sala onde seu pai assistia TV e foram para o corredor que levava aos quartos. Pride sentiu o cheiro de um humano, quem seria?
Violet abriu a porta do quarto de Honor, é claro que eles o colocariam lá, e Pride viu que era um...
"Quem é ele? Ele é humano?" Pride se aproximou, o humano dormia.
"Não, ele é..." Violet disse, o macho, era um macho, estava dormindo de bruços com o rosto virado para a parede.
"Ele é muito forte." Violet disse tocando nas costas dele.
"Não toque nele!" Pride sussurrou. Mas Violet era muito curiosa, o macho tinha um cabelo castanho, na altura do ombro ela colocou o cabelo pra trás para ver o rosto dele, quando num movimento muito rápido, o tal macho se virou, pulou da cama e agarrou Violet pelo pescoço. Pride rugiu, ele guinchou.
"Solte a minha irmã!" Pride comandou, já sentindo a sede aflorar, Violet estava com os olhos arregalados.
"O que está acontecendo aqui?" Seu pai apareceu na porta do quarto.
"Quem é... Puta que pariu! De onde saiu esse filhote de Dusky?" Seu pai disse e Pride pensava a mesma coisa. Os olhos bicolores dele, porém o confundiam. Dusky tinha olhos descolorados, azuis.
"Onde eu estou?" Ele perguntou, até a voz era parecida com a de Dusky.
"Na minha casa, essa que você está segurando pelo pescoço é a minha filhote. Se não soltá-la agora, vou te mostrar por que me chamam de grande leão." Ele soltou Violet, ela correu para os braços do pai deles.
"Ah, ele acordou. Esse é o Stone, pai. O trouxemos por que Flora o botou para dormir." Simple também apareceu no quarto.
"Oi, Pride." Simple o cumprimentou. Pride não conseguia tirar os olhos dos olhos bicolores dele,um azul, outro verde.
"Flora? Aquela fadinha minúscula? Você devia ter vergonha, filhote. Bom, resolva isso, Simple. E sem deixar sua mãe nervosa. Mande ele vestir uma roupa. Depois, eu quero saber por que ele parece ser filhote de Dusky com Minerva." Seu pai disse quando saiu com Violet no colo.
"Ainda bem que não é outro namorado, florzinha. Já basta Slade e Lash no meu pé." Ele foi andando e sua voz foi sumindo.
"Outro namorado?" O filhote perguntou.
"Ele é..." Pride perguntou a Simple. Simple abriu o guarda roupa de Honor tirou uma camisa e uma calça jeans. O filhote estava de cueca box e só.
"Exatamente." Simple disse. Ele estendeu a roupa, o filhote vestiu.
Pride o olhava, a semelhança com Dusky era incrível.
"Minerva é filhote de Dusky." Pride afirmou, sua mente confusa. Ele só podia ser...
"Descobriu isso enquanto fodia ela?" Simple perguntou, o filhote rosnou.
"Não fale assim dela." Ele disse. As roupas de Honor ficaram certinhas no corpo grande e forte dele. Quantos anos ele teria? Pride se forçou a se lembrar. Dez?
"Eu e ela, nós..." Pride estava confuso. Ele não devia ter feito o que fez, não sem conversar com Livie antes, foi errado.
"Vocês disseram que ele a chutou, pelo cheiro, não parece." O tal Stone disse com os dentes trincados.
"Como o encontraram?" Pride perguntou.
"Não foi difícil. Ele nos encontrou. Por causa de Flora. A propósito, sabia que Flora fez exatamente o que Lily e Harrison fazem? Ela o apagou. Bem na hora em que íamos lutar."
"Podemos fazer isso agora." O filhote disse. Pride sentia muita raiva vindo dele.
"Não aqui. Temos uma sala de treinamento, mas acho que devo te levar para ver Minerva." Simple disse.
"Você visse que ela só queria saber como eu estou. Eu vou embora." Stone disse.
"Você não quer vê-la?" Pride perguntou.
"Eu a conheço, já a vi." Ele deu de ombros.
"Mas ela nunca te viu! Disseram para ela que você tinha ido para uma família ruim, ela está muito aflita."Pride disse.
"Eu não fui para uma família ruim, meus pais me amavam, minha tia me ama. Não vou deixá-la."
"Minerva não quer que você deixe sua tia, ela só quer te ver." Pride disse, ele desviou o olhar. Ele era durão.
"Vocês já estão indo?" Pride perguntou. Se estivessem ele iria com eles. Pensar em ficar próximo de Minerva começou a aquecê-lo. Talvez fosse melhor não ir. Havia a conversa com Livie.
"Vamos tomar café primeiro. Você fica aqui, não vai conosco." Simple disse, mandão.
Pride entendia. Ele queria fazer parte desse momento na vida de Minerva, mas talvez esse fosse um momento dela e de Stone.
Ele saiu da casa de seus pais e voltou a sua casa. Livie estaria dormindo, se ele tivesse sorte.
Não estava. E era a Livie malvada. Pride foi direto para sua oficina depois de dar um beijo em Lily que assistia TV.
"Você tomou café?" Ela perguntou, entrando na oficina, ele fez que não. Era estranho, ele se sentia bem, não se sentia vazio. E sim, estava com fome.
Ele sorriu, deixou o que fazia e foi à cozinha.
"Você não dormiu em casa, dormiu?" Livie perguntou, sua voz doce seus olhos alertas.
"Eu encontrei Minerva. Ela e eu... Eu sinto muito Livie, mas eu não resisti. Eu não sei o que deu em mim. Eu não sou esse macho, eu errei, embora..."
"Tudo bem. Você a quis, ela quis você, tudo bem. Você está aqui e não vai fazer de novo. Tudo bem." Ela disse. Pride teve medo. Não por ele, mas por Minerva. Ela podia fazer o que fez com Ann. O tamanho do erro que foi compartilhar sexo com Minerva estava se mostrando muito grande.
"Sheer deixou pra você." Ela sorriu, mostrando os bifes na frigideira. Pride comeu, depois de cheirar a carne discretamente. Ela teria coragem de fazer mal a ele?
"Livie, eu quero que prometa que não vai fazer nada com Minerva." Ele disse. Pride não sabia como dizer de outra forma. Ela sorriu e o sorriso o arrepiou.
"O que eu faria? É só você não fazer de novo." Esse era o problema. Ele estava inquieto, louco para vê-la.
"Eu sei que você não queria. Eu sei que você não faria isso de quebrar a sua palavra, de me trair da forma mais horrível, sabendo que eu não estou bem." Uma lágrima rolou dos olhos dela, Pride quis morrer. Ele não sabia qual delas era. Ele suspirou.
"Você está certa. Eu não pensei, eu me descontrolei. Me desculpe, Livie." Ela assentiu e saiu da cozinha. Pride se sentiu como o idiota que era.
Ele não devia ter procurado Minerva, ele não devia tê-la tocado. Ele errou feio. Ele, mais uma vez, fez merda.
Ele ouviu ela se deitar e o pior estaria por vir. Livie, a Livie doce que sentia-se mal com seus atos, a Livie que estava melhorando graças ao carinho e atenção que Pride estava dedicando a ela e graças a terem compartilhado sexo, essa Livie acordaria e essa Livie iria sofrer.
Ele comeu, lavou a panela, os pratos e se sentou ao lado de Lily no sofá.
Abraçar a sua filhote também lhe deixou arrependido. Lily precisava da mãe, ela estava alegre, feliz, até mais motivada com a escola, agora, Livie triste poderia deixá-la triste.
"Você está cheirando a Minerva, papai, esteve com ela?" Lily perguntou.
"Sim, meu amor, eu estive. Fui agradecer por ela ter sido boa para vocês." Ela sorriu.
Ele se ajeitou para que ela ficasse no colo dele, ela disse:
"Ela não vai demorar a morar conosco de novo." Pride a olhou, ela sorriu e voltou a prestar atenção no desenho.
Pride ficou em silêncio. Lily as vezes fazia isso, ela falava coisas que depois aconteciam. Pride demorou a acreditar, pois eram coisas bem genéricas, mas dessa vez, ele queria acreditar. Por que ele estava sentindo falta de Minerva, como se não a visse a muito tempo.
Depois de um certo, o desenho acabou e Pride e Lily usaram a mesa para fazerem uma lição, Livie se levantou. Pride sorriu, retribuindo o sorriso dela, preparou omelete, torradas e leite, ela comeu.
"Olha mamãe, o meu desenho!" Ela sorriu para Lily e pregou o desenho na geladeira.
Lily voltou a desenhar na mesa, ela estava muito feliz, sempre sorrindo, estava até cantarolando uma música.
Livie ficou um tempo observando Lily.
"Ela está feliz. Pena que é por que você e Minerva..." Livie disse e se sentou numa banqueta.
"Livie..." Pride se sentia tão mal!
"Eu conversei com ela ontem. Ela foi uma boa amiga, ela me deu dicas de como ser uma boa mãe!" Livie disse.
"A culpa não foi dela. Eu fui atrás, eu a quis, eu a beijei. Ela quer ajudar." Pride disse em tom baixo.
"Ela quer você. E está conseguindo." Livie disse. Pride sentiu-se estranho. Sua mente voltou ao dia que conheceu Minerva. Ele tinha decidido parar com as fantasias, ele saiu decidido a passar um tempo com alguém, mesmo que fosse só conversar. E então, Sheer se perdeu, Minerva o encontrou. Ele se lembrava que ela tinha olhos verdes e cabelo ruivo, pintado. Pride se sentiu agradecido e depois, quando ela se mostrou interessada, ele se excitou. Muito. Pra depois sentir até um pouco de aversão por ela. Foi só ter de levar Sheer e Lily para casa, que quando voltou, ele se sentiu mal por estar ali.
"Livie, eu sei que eu errei. Eu e você estávamos bem, estávamos nos entendendo, mas eu senti falta dela. Eu fui atrás dela, eu não devia, por que meu coração, meu corpo agora a querem, eu..."
"E você não me quer mais." Ela disse e isso doeu. Livie já estava mal, ela estava passando por esse problema, esse duelo de personalidades dentro dela, se degladiando e ele estar ali por ela era o mínimo que ele podia fazer.
"Livie, eu estou aqui. Eu quero te ajudar." Ela se virou. Fungou, piscando tentando não chorar, e ele quase chorou junto. Por que ele podia com a outra Livie, mas não conseguia ver essa Livie sofrer.
"Mamãe? Está chorando?" Lily se levantou do sofá e se aproximou de Livie.
"Não, meu amor. Eu estou um pouco triste, mas não estou chorando." Lily saiu da sala indo para o corredor.
"Vou brincar com as minhas bonecas. Você pode vir, depois." Livie acenou, Lily foi para o quarto.
"Mais uma coisa que volta pra mim. Eu estou triste, por que acho que eu 'destravei', por assim dizer, algo que eu coloquei na sua mente. E eu sinto muito, Pride." Ela enxugou o rosto.
"Porém, foi errado. Quando você conheceu Minerva, você se excitou, você a quis, e eu senti. Senti seu coração disparado, senti sua alma feliz, e eu travei tudo isso. Eu estava consciente, mas estava no pior momento, eu ficava horas sonhando com você, e ao mesmo tempo, por causa das drogas, eu estava me distanciando. Eu o sentia longe, isso estava acontecendo com Sheer também, eu me desesperei. E sondei a sua mente de uma forma que eu nunca fiz. Eu..." Ela parou de falar. Pride sentia uma raiva brotando dentro dele.
"Você mexeu com a minha cabeça, com o meu corpo? Eu não fiquei com Minerva por sua causa?" Ela o olhou, percebendo que ele estava se enfurecendo. Mas ela parecia estar pensando em outra coisa.
"Eu... Te impedi de sentir atração por outra pessoa, eu fui até o centro da sua mente, eu 'travei' você. Não sei explicar de outra forma." Ela disse, seus olhos distantes.
"Você não pode falar assim, como se não fosse nada demais, você ferrou comigo." Ela ergueu as sobrancelhas, como se não estivesse prestando atenção nele. Isso o deixou mais puto.
A sede bateu forte, mas ele não podia machucá-la, ele não podia, Pride fechou os olhos. Ele estava furioso!
Ela baixou os olhos.
"Mas você passou por cima desse travamento. E eu acho que foi quando eu ordenei que você dormisse e sonhasse com Minerva. Eu sei que você está com muita raiva de mim e eu estou muito decepcionada com você e Minerva, mas eu acho que eu sei como pelo menos tirar Samantha da minha mente, por um tempo."
Ele rosnou. Não estava entendendo.
"Você está banalizando tudo o que eu passei, toda a solidão, toda a frustração que era acordar, apenas dizendo que eu te decepcionei?" Ele não estava acreditando. Ela era...
"Não. Eu não estava bem, eu não faria algo assim agora. Eu não era eu mesma! Mas eu preciso que você me sugestione, eu preciso que você use toda a sua força de sugestão. Eu preciso que você ordene a minha mente que eu afaste Samantha." Ela disse. Livie juntou as mãos.
"Por favor, Pride. Isso vai me dar o tempo que eu preciso. Isso também vai proteger Minerva. Por que se Samantha tomar o controle, ela pode fazer mal a ela. Ela pode fazer mal a muita gente, eu estou mantendo ela longe o máximo que posso, mas ela ainda volta. E e ela voltar..."
Pride a encarou. Ela estava o ameaçando?
"Você está me ameaçando?" Livie franziu suas sobrancelhas delicadas.
"Não. Estou te dizendo algo que pode acontecer. Eu não faria, eu não faria nunca, mas ela sim. Então, não faça por mim, faça por Minerva." Pride rosnou.
"Ela é você." Ele disse. Ele estava farto dessa história!
"Não. Não é. Eu sei como acabar com isso, eu estou trabalhando nisso, mas se eu conseguir ficar um tempo com ela longe, eu posso acabar com isso de uma vez por todas. E se você conseguir, terei esse tempo. É uma tentativa." Ela estava séria.
Pride faria qualquer coisa para essa loucura de 'duas Livies' acabar.
"O que eu preciso fazer?"
Livie piscou. Ela piscou várias vezes, Pride achou estranho. Ela abriu a boca, depois fechou. Pride ficou assustado.
"Livie?" Ele a tocou no rosto. Ela rosnou.
"Faça." Ela disse entre dentes.
"Como?" Ele perguntou.
"Se concentre na minha mente. Sinta o que eu sinto. E me ordene com toda a sua força que Samantha durma. Durma e sonhe por uma semana. Diga essas palavras." Ela fechou os olhos com força. Quando abriu, Pride viu o brilho malvado. Ela quis tirar o rosto das mãos dele, Pride não deixou.
Ele deixou a sede aflorar, um ódio o consumiu, sua visão ficou avermelhada, uma lágrima rolou. Ele olhou nos olhos dela, viu um brilho de deboche, um brilho que dizia que ele não era capaz.
"Você não consegue. Você, Livie, Minerva, todos são fracos." Ela sorriu.
"Cale a boca." Ele disse, ela abriu a boca, mas nada saiu.
Pride a soltou, os olhos dela estavam surpresos. Ele sentiu a raiva, o ódio. Ela ameaçou Livie, ameaçou Minerva.
"Durma Samantha. Por uma semana e tenha pesadelos."
Ele disse e ainda a viu desfalecer antes de perder os sentidos.

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