2 || A MARCA NEGRA

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Fred e Jorge, ainda hiperativos por causa da vitória irlandesa, estavam encenando uma dança folclórica simulando um som de uma melodia leve.

— Não há ninguém como o Krum! — Rony indagou em voz alta.

— Krum, bobão! — zombou os gêmeos.

— Ele parece um pássaro cortando o vento! — Rony comentou.

Aimée riu quando os gêmeos começaram a sua pior imitação de pássaro e colocaram uma bandeira irlandesa sobre o Rony.

— Ele é mais que um atleta! — Rony continuou — Ele é um artista!

— Eu acho que você está apaixonado, Rony — Gina passou por ele, com sua voz alta e zombeteira.

— Não enche — Rony gemeu quando Fred e Jorge começaram a cantar para ele fora do tom, o resto do pessoal logo se juntaram à eles.

— Viktor, eu te amo. Viktor, eu te amo, sim. Quando estamos distantes, meu coração bate só por você.

Os aplausos das pessoas fora da tenda logo se transformaram em gritos.

— Os irlandeses estão comemorando — comentou um dos gêmeos.

Os gêmeos começaram a bater em Rony com suas bandeiras da Irlanda.

— Parem! Parem! Não são os irlandeses! — o Sr. Weasley entrou na tenda desesperado — Temos que sair daqui, agora!

A mão de Aimée instintivamente envolveu a de Gina enquanto ela a puxava para fora da tenda, os gritos das pessoas tentando desesperadamente encontrar um local seguro, o fogo que estava destruindo o acampamento estava rugindo à distância.

— Voltem para a chave de portal e fiquem juntos! — ordenou o Sr. Weasley.

Os gêmeos puxaram Aimée e Gina junto com eles, suas mãos envolvidas um no outro enquanto corriam para a chave de portal.

— Harry! — gritou Hermione enquanto ele era afastado do resto do grupo.

Dando uma última olhada para ter certeza de que os gêmeos ainda estavam com a Gina, Aimée correu atrás do melhor amigo de seu irmão, que estava sendo empurrado de um lado para o outro fugindo de bruxas e bruxos.

Os ombros da Aimée foram golpeados pelos bruxos que estavam correndo desesperados, mas ela continuou correndo, até que ela deu de cara com Cedrico, que a segurou para não cair.

— Eu preciso encontrar o Harry! — ela explicou e apontou para onde o viu pela última vez, tossindo devido à fumaça que consumia o acampamento.

Cedrico assentiu, pegando-a pela mão e levando-a para onde ela havia apontado. Ambos sacaram suas varinhas, o acampamento estava quase em silêncio.

— Se nós nos separarmos podemos cobrir uma área maior! — explicou ela.

— Não! — respondeu Cedrico — Nós devemos ficar juntos. É muito perigoso nos separarmos.

Considerando que ela mal o conhecia, Aimée não podia acreditar que ele estava sendo tão legal. Claro, ele era um lufano, mas ele estava se voluntariando para se colocar em perigo por um garoto que ele mal conhecia.

Os dois se moviam devagar e com cautela enquanto atravessavam o acampamento com suas varinhas prontas para atacar.

Morsmordre! — falou uma voz desconhecida, e em seguida um raio de luz verde iluminou o céu escuro. Um segundo depois, um crânio encheu o preto do céu como tinta, e uma longa cobra saindo de sua boca e se enrolando na direção deles.

Aimée ouviu Cedrico murmurar incrédulo enquanto eles olhavam para o horror que estava acima de suas cabeças.

Aimée se assustou quando ouviu um movimento à frente, o barulho parecia ser de pés pisando em cascalho, Cedrico também tinha ouvido e, sem palavras, os dois concordaram em seguir.

Ambos levantaram suas varinhas quando três figuras apareceram, mas rapidamente as baixaram quando viram que eram apenas Rony, Harry e Hermione.

— Ah, Merlin! — Aimée ofegou, puxando-os para um abraço apertado — Eu pensei que tinha perdido vocês.

Harry gemeu, com a mão em sua testa onde sua cicatriz estava gravada em sua pele.

Uma cortina de fumaça se formou ao redor deles, transformando-se em pessoas, Cedrico e Aimée arrastaram os outros para o chão.

Estupefaça! — todos os bruxos gritaram repetidamente, disparando luzes vermelhas para o grupo e errando por pouco.

— Parem! São os meus filhos! — Aimée soltou a respiração, que não sabia que estava segurando, quando ouviu a voz de seu pai.

— Rony, Aimée, Harry, Hermione e Cedrico, vocês estão bem? — o Sr. Weasley perguntou enquanto puxava seus dois filhos apertando-os contra o peito.

— Nós voltamos pelo Harry, senhor! — Cedrico explicou, um pouco sem fôlego.

Outro bruxo apontou sua varinha de forma ameaçadora para o grupo.

— Qual de vocês o conjurou?

— Crouch — Sr. Weasley começou — Você não pode pensar...

— Não minta! Eles foram pegos na cena do crime! — disse Bartolomeu em tom acusatório.

— Crime? — perguntou Harry.

— Bartô, eles são apenas crianças! — indagou o Sr. Weasley

— Que crime? — Harry perguntou nervoso.

— É a Marca Negra, Harry. É a marca dele — Hermione sussurrou para ele.

— O que? — Harry perguntou incrédulo — Voldemort? Aquelas pessoas esta noite, encapuzadas, estão com ele também? São seus seguidores?

— Sim, são Comensais da Morte — explicou Aimée olhando nervosamente para Cedrico.

— Havia um homem, há pouco! — Harry informou,  apontando à poucos metros a frente — Ali.

— Venham todos, por aqui! — Crouch levou seus colegas do Ministério para onde o Harry havia apontado.

— Um homem, Harry? Quem? — perguntou o Sr. Weasley.

— Eu não sei. Não deu pra ver o rosto dele.

𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 || 𝐜𝐞𝐝𝐫𝐢𝐜𝐨 𝐝𝐢𝐠𝐨𝐫𝐫𝐲Onde as histórias ganham vida. Descobre agora