Um apelo fraco ecoou pela praia, quase inaudível sobre as ondas quebrando. Dobby se afastou dos outros, segurando o peito, os olhos arregalados com a triste realização.
— Dobby! — Harry engasgou, correndo até o pequeno elfo, pegando-o quando ele caiu na areia molhada. Arfadas pesadas saíram de seus lábios, uma adaga ensanguentada foi puxada de sua carne e colocada na praia — Dobby. Não, não... aguenta firme. Aguenta firme, tá?
Gui, que saiu correndo da cabana com Luna, abraçando sua irmã, ambos observando tristemente a cena diante deles.
— Nós vamos te ajudar — Harry continuou, incapaz de esconder o desespero de sua voz trêmula — Hermione, deve ter alguma coisa... na bolsa, Hermione! Hermione? Olha, ele tá... me ajuda!
— Que lugar mais lindo — Dobby murmurou — Para estar com os amigos. Dobby está feliz por estar com seu amigo.
Harry, com lágrimas nos olhos, abraçou o elfo com mais força contra o peito, como se pudesse mantê-lo vivo com pensamentos positivos.
— Harry Potter... — Dobby sorriu, antes de seus olhos ficarem vidrados, suas mãos caindo de seu pano encharcado de sangue.
Luna gentilmente se ajoelhou ao lado deles, seu cabelo despenteado e olhos com olheiras.
— Temos que fechar os olhos dele. Você não acha? — ela gentilmente moveu as pálpebras do elfo — Pronto. Agora ele está só dormindo.
— Eu quero enterrá-lo — Harry exclamou — Devidamente. Sem usar magia.
Gui passou um braço por baixo da perna de Aimée, cuidadosamente conduzindo-a pela areia até a casa. Fleur sorriu tristemente quando a viu, colocando-a gentilmente em um dos quartos de hóspedes e acariciando seu cabelo.
— Não pensei que da próxima vez que visse minha dama de honra ela estaria nesse estado — Fleur brincou, lançando um feitiço que aliviou a dor em sua perna ferida.
— Também não imaginei que eu estaria nesse estado — Aimée riu secamente.
Gui reapareceu, com uma caneca fumegante de chá na mão, enquanto se empoleirava na cama e entregava a bebida para a irmã.
— A cura da mamãe para tudo.
Esforçando-se para tomar um gole, Aimée apertou os lábios em uma linha fina.
— Tem algumas coisas que nem a mamãe pode consertar.
Fleur e Gui trocaram um olhar triste, antes que Fleur se voltasse para a cunhada.
— Cedrico me disse para te dizer que ele foi para o campo e que sente sua falta.
— Ótimo — Aimée tomou outro gole doloroso — Se ele estiver morto, eu o matarei.
Todos eles riram levemente, Aimée se dissolvendo em um ataque de tosse enquanto suas costelas queimavam, estremecendo e afundando ainda mais nas cobertas.
— Você não machucou apenas a perna, não é? — Gui franziu a testa.
Tentando ao máximo sentar-se ereta, antes de Fleur empurrá-la levemente de volta para baixo, Aimée respondeu:
— Não, Bellatrix torturou a mim e a Hermione.
Sua mão levantou timidamente a manga, revelando as palavras marcadas em sua pele, gravadas em vermelho tão brilhante e tão profundo.
— E isso não é tudo — ela suspirou, desviando o olhar de ambos — Ela usou a Maldição Cruciatus em mim.
Enquanto Fleur soluçava, envolvendo seus braços em volta da garota mais nova, Gui explodiu de raiva.
— Ela não vai sair impune a isso!
— Gui... — Aimée engasgou enquanto a tosse fazia seu corpo doer — Por favor...
[...]
Ainda levemente apoiada por um par de muletas, Aimée ajudou Gui e Fleur a preparar o jantar, entregando tigelas e colheres para seu irmão, antes que sua esposa servisse um pouco de sopa.
— É lindo aqui — Luna sorriu, olhando para um carrilhão de vento.
— Era da nossa tia, vínhamos aqui quando crianças — Gui olhou para ela — A Ordem agora usa como um esconderijo. O que sobrou de nós, pelo menos.
— Os trouxas acham que ela afasta o mal — ela refletiu — Mas estão errados.
Harry caminhou para o lado dela, olhando para o casal.
— Preciso falar com o duende.
Depois de obter um aceno de cabeça de Fleur, Gui levou Harry escada acima para o quarto em que Grampo estava hospedado, Rony e Hermione também se juntaram a ele.
— Tudo isso aconteceu quando me escolheram como líder, é tudo culpa minha — Aimée suspirou, apoiando-se em suas muletas.
— Nada disso é sua culpa. Estamos em uma guerra — Fleur timidamente envolveu seus braços em volta dela.
— E agora, estamos do lado perdedor.
— Pode ser — Fleur admitiu — Mas, pessoalmente, sempre favoreci o azarão.
Sorrindo, Aimée sentou-se rigidamente na cadeira ao lado de Luna, movendo-se lentamente sempre que pegava uma colher de sua sopa. Tomate quente queimou sua língua, mas ela o comeu assim mesmo, antes de subir cuidadosamente as escadas até seu quarto.
— Tem certeza que é dela? — ela ouviu Rony perguntar.
— Absoluta — Hermione respondeu.
[...]
O amanhecer havia surgido no Chalé das Conchas, o sol da manhã iluminando o travesseiro de Aimée enquanto ela se mexia lentamente. Abandonando as muletas, ela pegou a gaiola de Fawkes e saiu de casa na ponta dos pés, mancando até a colina onde quatro figuras borradas estavam paradas.
Ela quase gritou, puxando sua varinha quando se deparou com Bellatrix Lestrange, perfeitamente normal ao lado de Harry, Rony e Grampo.
— Espere — Rony gritou, empurrando a bruxa para trás dele — É Hermione. Poção Polissuco.
Suspirando, Aimée caminhou chegando mais perto e apontou para a bolsa de contas em suas mãos — Posso colocar Fawkes dentro?
— Você não vem! — Rony olhou para sua irmã incrédulo.
— Estou ferida, não aleijada. Além disso, alguém tem que mantê-los na coleira — revirando os olhos, ela brincou.
Hermione sorriu ligeiramente, gentilmente abaixando a gaiola para dentro da bolsa, antes que os quatro unissem suas mãos.
— Estamos contando com você, Grampo — Harry disse ao duende enquanto se aproximava — Se passarmos pelos guardas e entrarmos no cofre, a espada será sua.
Sorrindo, uma quinta mão se juntou. A areia borrou para um beco escuro do Beco Diagonal, Gringotes de pé tão resoluto como sempre na frente deles.
Aimée deslizou sob a Capa da Invisibilidade quando Harry a ofereceu para ela.
— Aqui é onde a diversão começa — Aimée riu sombriamente.
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𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 || 𝐜𝐞𝐝𝐫𝐢𝐜𝐨 𝐝𝐢𝐠𝐨𝐫𝐫𝐲
Fanfiction𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 || ❝𝐓𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐬𝐞𝐣𝐚 𝐩𝐨𝐫 𝐢𝐬𝐬𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐝𝐞𝐫𝐫𝐮𝐛𝐞𝐢 𝐚 𝐠𝐨𝐥𝐞𝐬 𝐞𝐦 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥𝐢𝐧𝐚 𝐞𝐦 𝐧𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐚 𝐩𝐚𝐫𝐭𝐢𝐝𝐚 𝐮𝐦 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐚 𝐨 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐨. 𝐏𝐨𝐫𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐯𝐚 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐨 �...