6 || A FAIXA ETÁRIA

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Aimée seguiu a lufana até o banheiro feminino no segundo andar, seus soluços suaves enchendo a sala vazia. Ela cautelosamente abriu a porta, caminhando lentamente até o único cubículo fechado e batendo na porta.

— Eu sinto muito pelo o que Moody fez, ele não deveria ter feito aquilo.

Os soluços atrás da porta pararam, a garota lentamente enxugando as lágrimas em sua capa.

— Se você me deixar entrar, podemos conversar sobre isso?

A fechadura estalou fazendo a porta abrir, deixando Aimée de frente com a garota, lágrimas estavam manchando suas bochechas avermelhadas. Sem pensar duas vezes, Aimée a envolveu em um abraço, esfregando suas costas lentamente e sussurrando palavras calmas de encorajamento.

Quando elas se afastaram, a garota já parecia muito mais feliz, suas bochechas menos rosadas e com um pequeno sorriso brincalhão em seu rosto.

— Obrigada! — ela disse, sua voz um pouco rouca — É realmente estúpido. Eu deveria parar de ser tão infantil sobre isso.

Aimée pegou suas mãos e cuidadosamente a levou até o chão, suas costas encostadas em lados opostos do cubículo.

— Você não é infantil. Montague estava sendo infantil quando aquela aranha pousou nele.

Ela riu levemente, enxugando os olhos com a capa.

— Eu estava sendo infantil. Faz dez anos agora, eu deveria ter me acostumado com isso.

Aimée olhou para ela com curiosidade, não querendo se intrometer.

— Você quer falar sobre isso?

— Minha... — ela prendeu a respiração, inclinando a cabeça para trás contra a parede do cubículo — Minha mãe trabalhava para o Ministério, quando ela... — Aimée esfregou o braço da garota, sorrindo para ela com tristeza — Quando ela foi chamada para ajudar a prender um Comensal da Morte.

A lufana franziu o rosto, como se estivesse se lembrando de algo que preferia esquecer.

— Exceto que não havia apenas um Comensal da Morte. Tornou-se uma emboscada e minha mãe foi pega nela.

— Oh, Merlin, isso é horrível!

— E eles capturaram todas as bruxas e bruxos que estavam lá e os torturam... com a Maldição Cruciatus.

Aimée girou para que elas estivessem encostadas na mesma parede do cubículo e passou os braços ao redor da lufana, deixando-a descansar a cabeça em seu ombro.

— Eu nunca mais a vi.

Lágrimas caíram sobre as vestes de Aimée, seu abraço sobre a garota ficou mais apertado.

— Apenas saiba que eu estou aqui pra você — Aimée disse, inclinando a cabeça contra a da garota — Eu sou Aimée, a propósito.

A lufana riu levemente, sentando-se ereta.

— Liane. Sinto muito, você deve me achar uma boba.

— Não, de jeito nenhum! — Aimée se levantou, ajudando Liane a se levantar — Vamos, eu tenho uma coisa que vai te animar.

[...]

As mesas do Salão Principal foram todas empurradas para o lado, o Cálice de Fogo parado no meio do Salão Principal com uma linha branca dançando ao seu redor.

Liane estava sentada entre suas novas amigas, Katie e Aimée, observando enquanto vários alunos do sexto e sétimo ano colocavam seus nomes nas chamas azuis do Cálice.

𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 || 𝐜𝐞𝐝𝐫𝐢𝐜𝐨 𝐝𝐢𝐠𝐨𝐫𝐫𝐲Onde as histórias ganham vida. Descobre agora