17 || O OVO

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No início de janeiro teve chuva caindo contra as janelas do castelo quase todos os dias. Poucos foram corajosos o suficiente para enfrentar a chuva, exceto os times de quadribol da Corvinal e da Grifinória, cuja próxima partida os colocaria em campo ao raiar do dia.

— Esta é a última partida da Corvinal — disse Aimée à sua equipe — Se conseguirmos chegar à frente deles no pódio, é quase certo que conquistaremos a Taça.

— Sim, porque Sonserina e Lufa-Lufa estão muito atrás — Fred riu.

— As pontuações dos times são — Aimée puxou a lista amassada do bolso de trás — Corvinal é a primeira com 260, depois Grifinória com 170, então Sonserina com 150 e Lufa-Lufa é o último com 20.

Aimée olhou para Gina, Alicia, Katie e Angelina.

— Essa partida será por conta de vocês. Corvinal vai pegar o pomo nessa partida, sem dúvida.

Alguns deles começaram a protestar, silenciados pela mão de Aimée.

— Cho Chang não é substituta e ela estará focada, ao contrário do Malfoy. Este jogo tem tudo a ver com gols, precisamos fazer o máximo que pudermos.

— A Lufa-Lufa será achatada pela Sonserina, então nós vamos comemorar após a partida — Fred e Jorge riram.

Aimée assentiu com tristeza.

— Mas, quanto mais gols fizermos nessa partida, mais fácil será nossa partida contra a Lufa-Lufa.

Angelina levantou a mão.

— O apanhador deles é um grande do sétimo ano, você não terá problemas contra a Lufa-Lufa.

— Obrigada — ela sorriu — Mas ainda precisaríamos estar liderando com alguns gols antes de eu pegar o pomo. Essa última partida é a nossa hora de ir para a ofensiva e brilhar.

Todos assentiram, antes de serem dispensados e irem para o vestiário. Katie pensou que Aimée estava sendo pessimista sobre seu desempenho contra Cho, mas ela estava sendo apenas realista.

Aimée nem se trocou, ela voltou para o castelo ainda em suas vestes de quadribol, pegando uma toalha e seu kit de produtos de higiene pessoal de seu dormitório e indo para o banheiro dos monitores no quinto andar.

Um gemido estridente familiar estava rasgando as paredes enquanto ela se aproximava, ao abrir a porta ela deu de cara com Cedrico sentado lá com seu ovo de ouro.

— Desculpa — ele disse fechando o ovo, os gritos desaparecendo instantaneamente — Apenas pensando.

Ele estava com seu cachecol da Lufa-Lufa e vestindo algumas roupas esportivas, tinha suor escorrendo por sua testa como se ele tivesse acabado de sair de uma corrida. Seus pés descalços roçavam a água da banheira cheia, a bainha da calça um pouco mais escura onde molhou.

Aimée colocou suas coisas em uma das prateleiras depois de fechar a porta atrás dela, sentando-se ao lado dele com as pernas cruzadas.

— Se alguém pode descobrir o que esse ovo significa, esse alguém é você.

Ele fez uma careta, jogando o ovo na água, que girava enquanto desaparecia sob o líquido perfumado.

— Obrigado pela fé, Aimée, mas estou sem ideias.

Ele colocou a cabeça entre as mãos, esfregando os olhos com a palma das mãos. Aimée colocou a mão no ombro dele confortavelmente. Um som fraco começou a vir de perto deles, pequenas bolhas flutuando na superfície da água.

— O que é isso? — Cedrico perguntou, puxando Aimée para perto dele.

— Eu acho que está vindo do ovo — ela sorriu para ele.

𝐀 𝐖𝐄𝐀𝐒𝐋𝐄𝐘 || 𝐜𝐞𝐝𝐫𝐢𝐜𝐨 𝐝𝐢𝐠𝐨𝐫𝐫𝐲Onde as histórias ganham vida. Descobre agora