11- Stunning 🔥

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Às 18h57 daquela segunda-feira de dezembro, o sol se punha na cidade de Santos, formando um visual colorido em tons de amarelo, laranja, rosa, roxo e azul. Uma mistura de cores belíssima que refletia também no infinito mar. Joseph e Malu caminhavam à beira d'água com Dwight na coleirinha e, ao ver o sol se pôr, Malu parou de caminhar e ficou observando as cores no céu. Joe, que estava com o cãozinho, lhe estendeu a mão - e assim ficaram, em pé à beira-mar, admirando o fim do dia, de mãos dadas.

O clima estava perfeito, uma leve brisa refrescava após um dia de calor intenso

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O clima estava perfeito, uma leve brisa refrescava após um dia de calor intenso. Já anoitecera e estavam com fome, pois haviam comido apenas um picolé de frutas na praia e bebido água de coco. Malu e Joseph voltaram para o apartamento, que ficava no sétimo andar e fora herança de sua avó paterna.

- Quando a gente morava nos Estados Unidos (eu, meus pais e irmão), a minha avó faleceu de câncer aqui no Brasil. Nós éramos muito próximas. Na verdade eu praticamente cresci aqui nesse apartamento, sempre foi um lugar muito afetivo e confortável pra mim - Malu explicava, afinal, seu salário de professora aos 26 anos ainda não era suficiente para que ela tivesse uma casa própria em frente à praia - Foi uma das maiores tristezas da minha vida, perder minha avó sem poder me despedir dela...

- I am so sorry, love... - dizia ele tentando confortá-la, enquanto ajudava Malu a montar a mesa para o jantar. "Sinto muito, querida".

- Tudo bem, já tem tempo... E o tempo não cura, mas ameniza a dor, né? Mas de vez em quando eu ainda me emociono falando sobre minha avó... - Malu pausou um pouco a fala, retomando depois - Enfim, quando eu fazia faculdade em São Paulo eu alugava esse apartamento, mas quando decidi voltar para Santos eu vim morar aqui. Ainda é perto dos meus pais, que moram a um bairro de distância, mas eu mantenho minha privacidade e minha vidinha aqui. E é bom porque tem a lembrança da minha avó e do lugar em que cresci... - Apesar da perda da avó, Malu gostava de estar ali e sentir-se mais próxima dela, de alguma forma - Não que o apartamento em si importe, pois eu sentiria falta dela e a amo em qualquer lugar...

- É como dizem: "Home isn't a place. It's a feeling" - Joe citou uma frase muito famosa na língua inglesa, sobre o lar não ser um lugar e, sim, um sentimento.

- "It's a feeling". Exactly... - Malu sorriu, terminando de arrumar a mesa e indo para a cozinha. Joseph entendia Maria Luiza pois era exatamente assim que se sentia com ela: em casa. Mesmo tão distante de seu verdadeiro lar.

Para o jantar, Malu fez um arroz fresquinho, fritou uns bifes e, com a companhia de Joseph, montou uma salada bem gostosa e ideal para aquele dia de primavera que mais parecia verão, com Alface, rúcula, tomate, cenoura, cebola e temperinhos vários. Depois de jantarem, Joe tomou banho na suíte e Maria Luiza banhou-se logo em seguida.

Joseph gostava muito de estar na casa dela e reparou em cada canto de seu apartamento, como uma maneira de conhecer ainda mais aquela mulher. Além dos vasos de plantas, seu tapete de yoga, a rede e os móveis, o apartamento de Malu também era cheio de quadros, além de fotos de sua família. Joseph ficou especialmente tocado ao ver a foto de Malu, criança, ao lado de sua avó, de quem acabara de comentar sobre. A foto ficava em cima da sua cômoda do quarto e, embora ele fosse ficar lá apenas mais um dia, Joseph havia ganhado uma gaveta na cômoda para colocar suas roupas. Ele adorava o modo como Malu agia naturalmente em sua presença e como tudo o que ele conhecia sobre ela era maravilhoso e interessante. Maria Luiza era realmente especial. "She is one of a kind", pensou ele. "Ela é singular".

Meeting Joseph Quinn 🇧🇷Where stories live. Discover now