23- Shakespeare Apaixonado

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- Dorme comigo aqui? - pediu Joseph à Malu enquanto eles caminhavam de mãos dadas pelo hall do quinquagésimo quarto andar do grandioso Aria Resort & Casino.

- Claro que sim, Joe - sorriu ela, apertando a mão dele sentindo-se totalmente feliz após a noite incrível que tiveram.

Após se despedirem de Frank e deixarem a limusine com ele, Joe e Malu voltaram para a suíte de Joe para tomarem um banho rápido após a transa deles na limusine. Agora, esperavam pelo elevador para encontrarem os amigos, que estavam no cassino do mesmo hotel.

Joseph se pegava observando Maria Luiza e percebeu como ele estava extremamente feliz por estar ao lado dela. Ele a olhava com brilho nos olhos e sentindo-se orgulhoso por estarem juntos novamente - e desta vez, de verdade, em um relacionamento sério e prestes a morarem juntos. A garota sentia o mesmo e ainda mal podia acreditar no que estava acontecendo.

Maria Luiza Salles era agora a namorada de Joseph Quinn e eles iriam viver em Londres - mas não sem antes passarem mais uma semana em Las Vegas aproveitando a cidade e, principalmente, a companhia um do outro.

- Estou tão feliz, Joe! Acho que não consigo por em palavras o que estou sentindo...

- Eu também, meu amor! Você ter vindo para os Estados Unidos foi a melhor decisão da sua vida! - disse o ator, rindo

- Verdade! Devemos agradecer Lucas pelo convite, já que foi ele quem achou a promoção de passagens para Las Vegas que deu origem às férias...

- E também agradecer aquele ciclista que atropelou o cachorrinho e causou o trânsito em Santa Monica, caso contrário eu jamais teria visto você... - ele pausa, lembrando do acidente, e suspira - Espero que o cãozinho esteja bem, aliás... Já contei que ele era igual ao Dwight? Achei de uma coincidência enorme...

- É realmente curioso isso... - ela suspira - Você acredita em destino, Joe?

- Talvez... Certamente existem coisas que não conseguimos explicar, como isso de eu ter lhe visto em Los Angeles e o cachorro ser idêntico ao seu... Como explicar isso? Mas eu certamente acredito bem mais em ações do que em destino...

- Em fazer acontecer. Fazer valer a pena - disse ela, dando uma piscadinha

- Exatamente - disse Joe, sorrindo - E você?

- Ah, eu acredito em destino! Totalmente! Acho que certas coisas nas nossas vidas acontecem quando devem acontecer, independente do que façamos. Acho inclusive que não adianta nada tentar se não for pra ser, sabe? Acho que podemos tentar de tudo e não dar certo, simplesmente porque não era para acontecer.

- Ah é?

Neste momento o elevador chega e Joseph faz um gesto para Malu entrar primeiro:

- Aham! Acredito que o que vai acontecer já está acontecendo. Penso que que tudo acontece em continuidade, começando lá atrás para fazer acontecer no futuro...

Joe aperta o botão para o andar dos cassinos:

- Sabia, houve um meteorologista norte-americano chamado Edward Lorenz que trabalhava em um modelo matemático para a previsão do tempo. Ele introduziu em seu computador dados como temperatura, umidade, pressão e direção do vento e observou os resultados. Em seguida, ele introduziu novamente os mesmos dados para conferir os resultados obtidos na primeira vez...

Malu ouvia com curiosidade a história que Joseph lhe contava, tentando entender o que tinha a ver com o assunto. O britânico continuava:

- Eis que, inesperadamente, partindo dos mesmos dados nas duas oportunidades, a segunda previsão do tempo foi completamente diferente da primeira. No começo, as duas previsões eram parecidas, mas, à medida que o modelo avançava no tempo, as diferenças entre os dois resultados se tornavam cada vez maiores.

Meeting Joseph Quinn 🇧🇷Where stories live. Discover now