🐫 Capitulo 02 🐫

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Layla Nabih

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Layla Nabih

Corro como se não houvesse limites e estivesse em uma maratona buscando um novo recorde. Não sei explicar como consigo driblar tantos seguranças de uma única vez. Eles estão espalhados por todas as partes do hotel, desde o corredor ao saguão. Se tivesse uma eventual terceira guerra mundial, eles estariam prontos.

O que me ajudou na minha fuga do encontro com o sheik foi a minha boa forma física. A comunidade onde moramos, apesar de bem carente, possui alguns projetos sociais independentes do poder público, bancado por organizações não governamentais. E além de estudar e ajudar minha mãe nos trabalhos de casa, sempre busquei participar desses projetos ofertados. Era uma forma de ocupar minha mente. Meu esporte favorito era o futebol. Não era à toa, já que o sangue brasileiro também corre nas minhas veias. É uma paixão da nação. E toda a agilidade adquirida nesse esporte foi de grande valia agora.

Chego à copa rapidamente, ainda com a respiração acelerada e buscando me controlar. Pego um copo d’água da bandeja e o bebo, tentando me estabilizar. É quando Teresa aparece no cômodo.

— Que cara é essa, Layla? Parece que viu algum fantasma. 

— Não foi nada. Eu estou bem. — menti.

— Parece que a alteza real chegou antes do previsto. Deu tempo de trocar os lençóis dos quartos antes de se esbarrar com ele? Se eu soubesse que ele chegaria cedo, eu mesma teria ido trocá-los.

— Ah... Ah! Claro. Como assim? Você não estava passando mal? — Olho incrédula para ela, imaginando como se recuperou tão rápido. 

— Ah! Eu já estou bem. Até já fui organizar as coisas dele no quarto e saí rapidamente. Ele estava no banho. Pude ouvir o barulho do chuveiro. — Dá um suspiro.

— Melhorou rápido, né? — indaguei com um certo desdém na voz.

— Sim. — fez pouco caso do que falei. Depois  continua como se eu não tivesse dito nada. — Você viu como o sheik é lindo? Tem um semblante um pouco intimidador, mas é uma delícia. Ouvi dizer que ele é conhecido como o “sheik selvagem”. Deve ser um devasso quente na cama. — Eu faço uma expressão de nojo. — Ah! Qual é? Vai dizer que não reparou na sua aparência exótica? Se eu tivesse esse seu corpo, bem que tiraria proveito dele. — Pisca um olho para mim. — Dizem que o sheik Zyan é muito generoso com os seus... Uhh... Vejamos! — Parece procurar as palavras. — Com os seus affairs.

— Olha, Teresa! Eu não vi o sheik, tá legal? E eu não quero saber se ele é ou não generoso. Nem quero saber sobre os seus “affairs”. — fiz um gesto com dois dedos, estilo aspas. — E muito menos se é selvagem na cama. — terminei de forma ofegante.

Um leve tremor percorre o meu corpo quando me lembro daqueles olhos negros me fitando. Que descarado! Nem sequer disfarçou seu olhar de cobiça sobre mim. Notei quando ele encarou meus lábios como se estivesse pensando em algo indecente. Depois desviou a visão para a junção dos meus seios. Com isso, despertei do meu transe, livrei-me rapidamente do seu domínio e saí correndo.

Sob O Domínio do sheik Onde as histórias ganham vida. Descobre agora