Sob O Domínio do sheik

🐫 Epílogo 02 🐫

Layla Youssef

A noite está esplendorosa, e os últimos raios alaranjados de sol acabaram de se pôr há alguns minutos, atrás das imensas dunas de areia.

O Zyan me trouxe para um verdadeiro paraíso no meio do deserto, onde chegamos de helicóptero. Tenho certeza que esse mimo deve ter lhe custado uma fortuna. Ele sempre é generoso ao me preparar várias surpresas, mas esse espetáculo está belíssimo de se admirar. Todo o cenário é majestoso, digno de um conto das “Mil e uma noites”. Eu me sinto realmente uma princesa do deserto.

Três tendas brancas estão situadas ao lado de um oásis, lindas palmeiras embelezam o lugar e uma fogueira crepita sob o esplendor da lua. O calor das brasas aquece um pouco o ambiente, que está frio, diferentemente do restante do dia, que foi muito abrasador. Vários tapetes e alguns estofados estão espalhados pelo local, deixando o panorama desértico ainda mais irresistível e romântico.

Uma movimentação na entrada da tenda principal me chama a atenção. Eu contemplo a figura bela e misteriosa surgir de dentro da tenda. Zyan está trajando uma túnica típica que tem tudo a ver com o deserto... Com meu sheik do deserto.

Sorrio singelamente para ele, que vem até mim e me abraça, envolvendo-me em seus braços quentinhos.

— É a amira mais bela que eu já vi em toda a minha vida. — sussurrou em meu ouvido, causando-me um arrepio fogoso. — Venha, esposa! Tenho que lhe alimentar primeiro.

Uma mesa farta já está posta ao ar livre, e os poucos empregados presentes no acampamento fazem seus trabalhos com bastante discrição e eficiência.

Nós degustamos vários pratos da rica culinária árabe, que tanto me agrada, e eu aprecio a companhia inigualável do meu marido. Ele me contempla com admiração e logo depois me leva para perto da fogueira a fim de nos aquecer do frio que faz no momento.

Acolhendo-me em seus braços, ele aponta para o céu. O que quer me mostrar? As estrelas?

— Consegue ver o sol, amira?

— O sol? Claro que não. Está de noite. Como eu o veria?

Ele me agarra pela cintura com carinho e fala perto do meu ouvido com ternura:

— Eu também não consigo vê-lo, mas sei que seu brilho está ali, iluminando a bela lua formosa que está no céu. A lua e as estrelas não têm luz própria, assim como o nosso planeta. A luz vem do sol, e seus reflexos deixa tudo brilhoso, proporcionando-nos esse belo espetáculo.

Zyan é muito inteligente. Essa é uma das características que me faz sentir atraída por ele, além da sua paciência de me explicar as coisas.

— Você tem razão. O céu está muito bonito nesta noite.

Ainda não compreendo, de fato, ao que ele se referiu.

— O que estou querendo dizer, amira, é que quero ser para você o sol que ilumina a lua. Não estou dizendo que você não tem brilho próprio, mas sim que mesmo que não me veja, eu sempre estarei ao seu lado, assim como o sol, que libera seus reflexos, permitindo que a lua se revele majestosamente. — Vira-me em sua direção e acaricia o meu rosto com carinho.