🐫 Capitulo 35 🐫

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Zyan Youssef

A tarde está bastante quente hoje, apesar de eu ser acostumado com a temperatura do meu país. Nem o ar-condicionado está resolvendo esse calor ultrajante.

Daqui a poucos minutos, por fim, terei a tão esperada conversa com meu irmão. Já faz três dias que ele retornou ao seu lar, e iremos resolver nossas pendências finalmente.

Sorrio ao me lembrar da minha doce esposa Layla, a minha bela flor do deserto. Na recepção de Ahmed, quando a avistei no topo da escada, tão linda e esplendorosa em um singelo vestido branco, só desejava tirá-la de perto dos vários olhares cobiçosos. Malditos! Eu tive que me controlar para não arrebentar a cara de um dos Emires por elogiar sua beleza. Ainda por cima, tive que suportar as piadinhas de Ahmed após eu ser ríspido com o homem em questão, dizendo para que ele guardasse a língua dentro da boca, senão ficaria sem ela. Nesse momento, Jade veio furiosa em minha direção. O que ocasionou sua colisão com um dos garçons que estava servindo arak e sucos. Isso fez um estrago no seu belo vestido pomposo e ela saiu bastante irritada da sala. Mas não me importei com o seu surto.

Em breve lhe comunicarei sobre a minha decisão, e ela terá que aceitá-la.

Graças a Allah, o restante da recepção foi rápida e sem outros imprevistos.

Minha amira me enlouquece e eu não tenho mais controle nenhum sobre meus pensamentos, pois todos são dirigidos a ela durante 24 horas por dia, 168 horas por semana e 720 horas por mês. Não importa onde eu esteja, seja perto ou longe dela, porque minha mente sempre me leva até seu belo sorriso. Não há dinheiro nesse mundo que o compre. Nem mesmo o meu. Se Layla sorri, faz isso naturalmente, pois ela não é artificial. E não é como a Jade, que sempre está concordando com tudo o que faço ou falo. Sei que deveria exigir o mesmo comportamento da minha segunda esposa, mas não consigo. Não quero minha flor submissa a mim. Apenas na cama. Sorrio com malícia.

No dia a dia, eu gosto de ter a Layla exatamente do jeitinho que é, porque a amo assim. Foi difícil, no início, lidar com o seu desprezo, mas sei que estou conseguindo alcançar seu coração aos poucos. Por mais que ela ainda não tenha me dito as palavras que anseio ouvir, sei dos seus sentimentos nutridos por mim. Isso me deixa eufórico.

Às vezes tenho medo de machucar com minha força natural o meu pequeno kanz (tesouro), pois ela é bem pequena, frágil, e sua pele é tão branca e delicada quanto o mais fino cristal. Por isso me preocupo.

Sirvo-me com uma pequena dose de arak e a misturo com água e gelo. Eu preciso relaxar enquanto aguardo Ahmed, então bebo enquanto ele não chega.

É impossível meus pensamentos não retornarem à minha amira e à maneira como ela me olha com incredulidade ao receber minhas propostas indecentes. Sua mente ingênua a faz corar em algumas situações, mesmo que, aos poucos, esteja ganhando confiança sexual. Encanta-me a sua forma de reagir aos meus toques. Isso me faz lembrar que eu nunca fui assim com a Jade. Em nossa noite de núpcias, minha primeira esposa estava tão nervosa que parecia em pânico, e após consumarmos nosso casamento, não me deixou sequer olhar para o lençol. Apenas pediu para que eu saísse, pois ela mesma arrumaria tudo. Não senti sua barreira se romper como senti a de Layla em nossa primeira noite de amor juntos. E isso é algo que me deixou bastante intrigado. Entretanto, esse assunto não me interessa mais. Em breve, Jade deixará de ser minha esposa. Não posso mais negar meus sentimentos. A única que desejo para o resto da minha vida é a Layla Youssef, minha amira.

Sob O Domínio do sheik Where stories live. Discover now