17 - Mochila

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ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇz

Apesar de ouvir alguém me chamar e saber que o filho da mãe continua tentando abrir a porta do vestiário a qualquer custo, ignorei e voltei ao que estava fazendo. Beijei Hope para abafar nossos gemidos de prazer, continuei ajudando ela a se movimentar e só parei agora que chegamos ao clímax juntos.

Tento normalizar a respiração, dou um selinho demorado nela e ajudo ela a levantar do meu colo. Levanto também, puxo ela para os meus braços, percebo que ela está pálida e vejo seu peito subindo e descendo de forma totalmente irregular. Quando a pessoa volta a me chamar, ela esconde a cabeça em meu pescoço e intensifica o abraço.

— O que você quer, Ferran? — pergunto, alto o suficiente para ele me ouvir do lado de fora.

— Deixei minha mochila aí no vestiário — Ferran revela. — Tenho que ir embora e preciso pegá-la.

— Vou procurar e te entrego depois — falo.

— Que depois o que, Pedro — fala ele. — Abre logo a porta e me deixa pegar minha mochila que vou embora.

— Você ainda não entendeu que estou ocupado? — pergunto. — Se for necessário passo na sua casa depois e deixo a droga da mochila, mas não vou sair daqui agora, muito menos abrir a porta para você entrar.

Ferran avisa que vai ficar me esperando, mas não diz onde exatamente. Hope se afasta, senta no banco e fecha os olhos. Pego minha calça e cueca no chão e me visto. Junto as roupas da Hope, coloco ao lado dela, percebo que ela está muito quieta e fico preocupado.

Agacho na frente dela e fico desesperado ao ver o jeito que ela está e pensar que ela pode desmaiar ou infartar aqui mesmo. Chamo por ela, pergunto se está tudo bem e acaricio o cabelo dela depois que ela me abraça.

— Por que você está assim, minha linda? — pergunto.

— Fiquei assustada quando seu amigo estava tentando abrir a porta — fala ela, baixo.

— Você pode ficar tranquila agora, pois ele já foi e não nos viu — falo.

— E se ele estiver te esperando lá fora e me ver saindo daqui? — ela pergunta. — Vai ser muito constrangedor.

— Ele deve estar me esperando em outro lugar — suponho. — Vamos embora antes que mais alguém apareça?

— Prefiro deixar você ir na frente e sair depois — ela fala.

— Consegui te deixar menos estressada? — pergunto.

— Conseguiu — ela responde.

— Tenho que ir agora. — Dou um selinho nela e levanto. — Manda mensagem quando chegar em casa para eu saber que está tudo bem.

Ela assente e cobre os seios com as mãos. Vou até meu armário, pego uma camisa de frio e visto rapidamente. Procuro pela mochila do Ferran e me apresso em pegá-la após vê-la jogada em um canto. Dou um selinho demorado na Hope, espero ela começar a se vestir, destranco a porta e saio do vestiário.

Passo a vista ao redor do vestiário e ando em passos largos quando não vejo ninguém. Encontro um segurança, pergunto se ele viu Ferran e após a resposta, continuo andando. Chego no gramado, onde encontro Ferran, Gavi e Lewandowski um pouco à frente. Percebo que eles estão cochichando e penso em dar meia volta, porém Lewa me chama.

— O que foi? — pergunto, chegando perto deles.

— Nós que devíamos perguntar o que aconteceu — diz Lewa. — Você está todo risonho.

— Tô nada — falo, prendo o riso e entrego a mochila ao Ferran.

— Devido a respiração ofegante e sua camisa ao contrário, suponho que a festinha no vestiário foi boa — comenta Ferran.

𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐀𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄 - ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢOnde as histórias ganham vida. Descobre agora