𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐀𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄 - ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢ

111 - Juan

ʜᴏᴘᴇ ғᴇʀʀᴇɪʀᴀ

Os últimos três dias foram um tanto quanto monótonos e me fizeram sentir muita saudade do meu namorado. Minha rotina consistia em ir para o CT, depois para faculdade. Finalizava o dia indo na casa do Enzo, para ficar um pouco com Nathy. Ela está radiante no final da gestação. Durante nossas conversas, é impossível conter a empolgação para chegada do pequeno Juan.

O quarto do meu afilhado, onde a decoração escolhida é do tema safári baby, já está arrumado para recebê-lo. Optamos por espalhar algumas pelúcias e luminárias em formato de animais pelo cômodo, na tentativa de deixá-lo o mais aconchegante possível. Pedri presenteou Juan com alguns conjuntos do Barcelona, bola de futebol, brinquedos e até mesmo um par de chuteiras. Heitor, Gavi, Cat e Fernando também compraram diversos presentes.

Como Juan estava ganhando muitos presentes, inclusive meus, decidi presentear a mamãe dele também. Contei a ideia ao Enzo, e ele decidiu preparar um café da manhã especial para minha amiga antes de ir para o restaurante. Marquei um horário no (SPA) e fui até o local com Nathy e a mãe dela, que chegou em Barcelona na noite anterior. Quando nossas massagens relaxantes chegaram ao fim, optamos por ir ao shopping. 

Chegando no shopping, entramos na Louis Vuitton e combinamos que iríamos almoçar assim que saíssemos da loja. Nossas compras foram interrompidas e nossos planos mudaram no momento em que Nathy comunicou que a bolsa dela rompeu. Ligamos para obstetra em busca de orientação, já que a previsão para chegada do bebê era para daqui a seis dias. Ela informou que está no hospital e pediu para levarmos Nathy até lá.

Comunicamos ao Enzo que o filho dele está a caminho e saímos do shopping o mais rápido que conseguimos. Chegamos no hospital, e ele chegou minutos depois, acompanhado por Heitor e trazendo as bolsas de maternidade, que foram colocadas no carro dele, no dia anterior. Os únicos que puderam ficar com Nathy foram Enzo e tia Belly. Desejei boa sorte para minha amiga e segui até a sala de espera com meu irmão.

Passei horas em completa aflição e só pude respirar aliviada quando Enzo apareceu e informou que Nathy e o bebê estão bem. Acompanhamos ele até o quarto, higienizamos nossas mãos e nos aproximamos da cama com cautela. Não pude conter as lágrimas de felicidade ao ver meu afilhado e agora que estou tendo o privilégio de pegá-lo no colo pela primeira vez, estou sentindo uma emoção indescritível.

— Hopezinha? — chama Heitor, baixinho.

— O quê? — questiono, no mesmo tom e sem tirar os olhos do bebê que está em meus braços.

— Quero segurar meu sobrinho também — revela ele.

— Vai ficar querendo — digo.

— Já contou ao González que o afilhado dele nasceu? — ele pergunta.

— Ainda não.

— Sua única missão era informar ao seu namoro que o afilhado de vocês nasceu, mas você não fez isso — diz ele. — Se você amasse ele de verdade, já tinha ligado para contar a novidade.

— Você está falando de uma forma que deixa subentendido que não contei para ele porque não quis, o que não é mentira — falo.

— Agora assim, caso você queira ligar para ele, pode deixar Juan comigo — ele diz.

Sou cuidadosa na hora de entregar Juan ao Heitor e saio do quarto logo em seguida. Deixo um sorriso escapar assim que meu namorado atende a ligação. Sou informada que ele já voltou para Barcelona e se encontra em um restaurante com a equipe do Barça. Revelo que Juan nasceu e pergunto se ele pode vir ao hospital. Escuto ele dizer que virá daqui a pouco e decido ficar esperando.