73 - Caixa branca

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ʜᴏᴘᴇ ғᴇʀʀᴇɪʀᴀ

Não posso me mexer muito, preciso de ajuda para praticamente tudo, minha família ainda não voltou para o Brasil, Enzo não abre o restaurante há uma semana. Conversei com meu namorado e o convenci a voltar a treinar, pois tem jogo nos próximos dias. Não posso permitir que ele deixe o trabalho de lado por minha causa.

Observo meu namorado dormindo e lembro da conversa que tive com Nathy. Ela me contou que fiquei confusa, não lembrei do González, e que ele ficou muito muito triste na hora. Ainda estou me sentindo péssima e estou com receio do Pedri estar duvidando do meu amor. Escondo a cabeça no pescoço dele e sinto algumas lágrimas descendo pelo meu rosto.

Lembro que vi diversas mulheres lindas na loja do Barça e me sinto insegura. Tenho certeza que alguma delas não mediria esforços para deixar Pedri e satisfeito. Preciso me recuperar o quando antes e não permitir que não relacionamento esfrie, do contrário, meu namorado pode terminar comigo e se satisfazer com outra mulher. Não duvido do amor dele, entretanto me pergunto até quando vai durar. Agora a vida dele está girando ao meu redor, mas não vai ser assim para sempre.

— Tudo bem, gatinha? — Escuto Pedri perguntar. — Gatinha?

Limpo o rosto disfarçadamente, levanto a cabeça e vejo meu namorado me olhando. Escuto um barulho e fico confusa. Meu amor pega o celular e desliga o alarme.

— Você precisa tomar aquele remédio ruim agora — ele diz.

— O remédio me deixa muito enjoada — falo.

— Vou pegar um copo d'água para você e já volto — ele fala e se levanta.

Vejo Pedri sair do quarto e fico esperando ele volta. Ele volta minutos depois e me entrega um copo d'água e meu remédio. Após tomar o medicamento, entrego o copo para o meu amor. Pedri se afasta um poupo da cama e depois que volta a se aproximar, deita ao meu lado.

— Você me ama? — pergunto.

— Amo demais — fala ele.

— Precisava ouvir isso — digo e suspiro.

— Quer conversar? — ele questiona.

— Depois — respondo.

— Vai voltar a dormir? — pergunta ele.

— Sim, amor — falo. — Você vai ficar acordado?

— Vamos dormir agarradinhos — ele fala e me abraça. — Está frio, princesa.

Como sei que não vou conseguir dormir, acaricio o cabelo do meu amor, escuto a respiração dele ficando lenta e não demoro a perceber que ele voltou a dormir. Nossos dias estão sendo difíceis e não tivemos muito tempo a sós. Decido fazer algo para distrair meu namorado, mas ainda não sei o que exatamente. Após ficar um tempo pensativa, levanto da cama com cuidado, pego meu celular, saio do quarto e ligo para o irmão do Pedri.

Assim que Fernando atende, conto que quero fazer algo especial para o irmão dele e preciso de ajuda. Ele dá uma sugestão do que posso fazer, e aceito de primeira. Agradeço, encerro a ligação e vou para cozinha. Procuro pela cozinheira e após encontrar, pergunto se ela pode me ajudar. Mantenho-me ocupada e com a ajuda da cozinheira, termino de montar a cesta de piquenique no começo da tarde.

Ansiosa para saber se meu namorado vai gostar ou não, saio da cozinha, ando em passos largos, volto para o quarto e vou acordar meu amor. Sei que ele não gosta de ser acordado por ninguém, mas desta vez é por um bom motivo. Subo na cama, me aproximo do meu namorado e dou alguns beijos no rosto dele. Ele resmunga e vira para o lado. Insisto mais um pouco, e ele abre os olhos. Informo que quero sair e pergunto se ele conhece algum lugar para gente ir.

𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐀𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄 - ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢOnde as histórias ganham vida. Descobre agora