65 - Estrada de terra

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ʜᴏᴘᴇ ғᴇʀʀᴇɪʀᴀ

Deveria ter lembrado antes que meu namorado nunca veio à chácara. Sei que Enzo mandou a localização para ele, mas estou apreensiva. Não posso tentar falar com ele, já que fica sem área a partir de uma estrada de terra. Paramos na casa do Enzo para pegar algumas coisas, mas não demoramos. Faz quase duas horas que chegamos aqui na chácara, e Pedri ainda não apareceu.

Estamos sem informações e não tem como ligar para ele ou para Gavi. Meu medo é que tenha acontecido algum acidente, já que choveu um pouco e a estrada de terra deve estar molhada. Cheguei a comentar sobre isso com Enzo. Ele me falou que Pedri ficou de parar em algum lugar para comprar um lanche. Se essa foi a única parada, ele e Gavi já deviam ter chegado. Como não tem nada que eu possa fazer, estou na varanda esperando meu amor chegar e torcendo para estar tudo bem com ele e com meu amigo.

Forço a vista, vejo uma luz se aproximando e me sinto aliviada ao ver o carro do Pedri. Saio da varanda em passos largos e espero ansiosamente  até o carro ser estacionado. Gavi desce do veículo, avisa ao Pedri que vai ao banheiro e volta rápido. Dou um abraço no meu amigo e observo ele adentrar na casa. A porta do motorista é aberta e fechada após meu namorado descer do veículo.

Corro até meu amor e me jogo nos braços dele. Ele beija minha testa e me coloca no colo. Observo ele com atenção e vejo que realmente está tudo bem. Sou envolvida com mais intensidade nos braços dele. Dou um selinho no meu amor e acaricio o rosto dele. Ele começa a beijar meu rosto, me fazendo dar risada.

— Senti saudade — digo.

— Também senti saudade, meu amor — diz ele. — Trouxe sua aliança.

Ele anda lentamente, abre a porta do carro com cuidado e senta no banco do motorista ainda comigo no colo.

— Você pegou a aliança com Nathy? — questiono.

— Não, amor — responde ele. — Lembra que te contei que sua aliança estava na minha casa?

— Lembrei agora, porém só porque você falou — digo.

Ele ri, abre a caixinha, tira a aliança de dentro dela, coloca no meu dedo anelar e beija delicadamente.

— Por favor, não tire a aliança de novo — pede ele.

Concordo e saio do carro. Meu namorado faz o mesmo, fecha a porta do veículo e volta a me colocar no colo.

— Você me deixou muito preocupada — digo, encostando nossas testas.

— Já cheguei e estou bem, minha vida — diz ele. — Não aconteceu nada com que você deva se preocupar.

— Mas por que você demorou tanto? — questiono, passando as mãos em volta do pescoço dele.

— Vou para varanda e já te explico — fala ele.

— Certo — murmuro.

Pedri se encaminha para varanda e chega rapidamente. Ele senta em uma cadeira e informa que vai começar a explicar o motivo da demora.

— Parei em uma cafeteria e depois fui ao posto de gasolina — diz ele.

— Você demorou tanto para chegar que pensei que tinha acontecido algum acidente — falo.

— Gavi esqueceu o celular na cafeteria e demorou para me dizer. Precisei voltar para cafeteria antes de vir para cá. Fiquei sem sinal no caminho. Por sorte, tinha outro carro na estrada de terra. Pedi algumas informações e consegui chegar aqui — explica ele.

— Vou entrar, meu amor — falo, levantando.

Ele levanta também, passa as mãos em volta da minha cintura e dá alguns beijos pela extensão do meu pescoço.

𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐀𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄 - ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢOnde as histórias ganham vida. Descobre agora