71 - Faith

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ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢ

Faz alguns minutos que cheguei ao hospital e estou com receio da Hope realmente ter me esquecido. Conversei com Nathy, e ela me disse que o bebê está bem. É tranquilizador saber disso, pois é uma preocupação a menos. Todos que ficaram já conseguiram ver Hope e disseram que ela está bem. Estou bastante nervoso, mas sei que vou ficar tranquilo após vê-la também.

Fiquei tão ansioso depois da ligação do Heitor que não lembrei de comprar flores ou doces para trazer para minha namorada. Sei que minha gatinha não liga para isso, mas estou chateado comigo mesmo por não ter comprado nada para ela. Agora estou acompanhando Heitor por um corredor. Ele está me levando até o quarto que minha gatinha está.

Deixei a surpresa da Hope com Gavi. Só planejo mostrar para minha gatinha após ter certeza que ela está bem. Já escolhi um nome para cachorrinha. Se minha namorada não gostar, podemos escolher outro nome juntos. Meu coração erra as batidas quando Heitor para em frente a uma porta. Respiro lentamente, passo uma mão na outra e tento controlar o nervosismo.

— Você vai entrar comigo para ver sua irmã? — pergunto.

— Melhor não. Vou dar privacidade para vocês — fala ele.

— Ela lembrou de vocês? — questiono.

— Conversamos bastante. Hope ficou confusa em alguns momentos, mas não esqueceu de ninguém — diz ele.

— O esquecido sou eu, já que não lembrei de comprar nada para trazer para ela — digo.

— Você sabe que Hope não liga para presentes — ele fala. — Tudo que ela quer é te ver.

— Também quero ver ela. Muito mesmo — admito.

— Vou parar de te atrapalhar e te deixar entrar no quarto para ver Hope, mas preciso te dizer uma coisa antes — ele fala.

— O quê? — indago.

— Não deixa Hope mexer a cabeça sobre hipótese alguma. O médico disse que não pode — fala ele. — Hope estava um pouco sonolenta. É provável que ela esteja dormindo. Se quiser esperar ela acordar, pode ficar no quarto mesmo.

— Entendi e obrigado — falo.

Despeço-me do Heitor e espero ele se afastar. Respiro fundo, abro a porta e fecho após entrar no quarto da minha namorada. Aproximo-me da cama hospitalar lentamente e vejo que meu amor está dormindo. Observo o curativo na cabeça dela e mesmo sem entender nada, verifico se está tudo certo. Vejo que não tem nada errado e fico aliviado.

É bom saber que está tudo certo, pois não iria permitir que minha namorada continuasse neste hospital de não estivesse sendo bem cuidada. Acaricio o rosto dela com delicadeza e noto que se encontra na cor natural. Sei que ela está medicada e pode demorar para acordar, mas estou ansioso para conversar com ela. Vou estar esperando minha gatinha acordar, independente do tempo que for.

Ando em passos largos até uma janela, observo a vista, retiro meu celular do bolso e mando mensagem para meu irmão, onde peço para ele levar nossos pais para casa e descansar um pouco. Aproveito que estou no celular, procuro o contato de uma floricultura e compro um buquê de rosas-brancas e rosas-vermelhas. Se passam alguns minutos. Mando mensagem para Heitor, espero ele chegar para ficar com Hope e saio após informar que precisa pegar algo na recepção.

Vou andando em passos largos, refaço o trajeto que fiz anteriormente e não demoro para chegar no lugar que quero. Pego as flores e volto pelo mesmo caminho. Paro no percurso, converso um pouco com o pessoal que ficou e volto apressado para o quarto da minha gatinha. Noto que ela está se mexendo bastante. Deixo o buquê em uma cadeira e vou até meu amor praticamente correndo, temendo que ela esteja com dor.

𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐀𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄 - ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢOnde as histórias ganham vida. Descobre agora