𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐀𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄 - ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢ

40 - My Hope

                                            ᴀᴠɪsᴏ

Este capítulo pode despertar algum gatilho emocional em vocês! Recomendo que leiam aos poucos e se não conseguirem ler tudo, pulem para o próximo capítulo. Priorizem a saúde mental, se cuidem e se já passaram ou estão passando por uma situação parecida com a que será abordada aqui, busquem ajuda.

Pᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢ

Os momentos que passei com Hope foram incríveis e parecia que nosso relacionamento daria certo, mas tudo desandou após ela não aceitar ser minha namorada e se recusar a conversar direito comigo. Fiquei bastante pensativo depois da recaída que tivemos ontem e não foi fácil colocar um ponto final na nossa relação, no entanto, sabia que era o certo a se fazer.

Apenas em ver o jeito que ela ficou quando me contou algumas coisas lá no CT, imagino que para ela, lembrar do passado é algo muito doloroso. Mas independente disso, os últimos acontecimentos entre a gente me deixaram muito mal e sei que ela também não está bem com toda essa situação. O melhor que podemos fazer agora é seguir caminhos separados e se for para acontecer, voltaremos a ficar juntos no momento certo e será definitivamente.

Faz um pouco mais de uma hora que cheguei em Madrid com a equipe do Barça e uma das primeiras coisas que precisei fazer após chegar no hotel foi pedir para me comprarem outro chip para celular, pois alguém vazou meu número e tinha várias pessoas me ligando e mandando mensagens. Após resolver esse problema, vim para o quarto com meus amigos e estamos esperando a hora de irmos ao estádio.

— Como vamos voltar para Barcelona logo após o jogo e não temos nenhum plano, estamos pensando em ir para sua casa — Gavi fala.

— Por acaso vocês combinaram alguma coisa com Fernando para não me deixar sozinho?

— Óbvio que não — nega Ferran.

— Meu irmão decidiu assistir ao jogo aqui em Madrid depois que descobrir que eu e Hope não estamos mais juntos e me chamou para ver alguns filmes após voltarmos para casa — falo. — É óbvio que vocês não querem me deixar sozinho porque sabem que não estou bem e agradeço por isso.

— Então, vai querer ver qual filme? — Ferran pergunta.

— Qualquer um.

— Não sabia que tinham lançado um filme com esse nome — ele fala. — Você sabia, Gavira?

— Descobri agora — Gavi fala. — E pelo título, deve ser péssimo!

Pego dois travesseiros e jogo neles. Eles desviam bem a tempo, depois pegam os travesseiros no chão, contam até três e jogam na minha direção. Após ser atingido, reclamo por ter que me virar sozinho contra os dois e falo que irei pedir reforços, ou melhor, chamar meu irmão.

O celular do Gavi começa a tocar e ele sai do quarto após informar que precisa atender uma ligação. Pergunto ao Ferran qual a expectativa dele para o jogo e ficamos falando sobre o assunto até nosso amigo voltar com o semblante sério.

— O que aconteceu? — questiono.

— A ligação que recebi foi da Nathy — revela Gavi. — Ela contou que está tentando entrar em contato com você e não conseguiu até agora.

— Nathy é a melhor amiga da Hope, não é? — questiona Ferran. Confirmo balançando a cabeça. — Para ter chegado ao ponto dela ligar para Gavi e pedir para ele te dizer que precisa falar com você, deve ter acontecido algo.

— Será? — indago, apreensivo. — Espero que não.

— Acho melhor você ligar logo para Nathy, pois estou começando a suspeitar que aconteceu algo com Hope — Gavi diz.