39 - Seguida

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ʜᴏᴘᴇ Fᴇʀʀᴇɪʀᴀ

Quando escutei alguém batendo na porta da sala que eu estava, pensei que estavam me procurando para voltar ao trabalho e me levantei de imediato. Usei a blusa para limpar o rosto, respirei fundo diversas vezes e ao abrir a porta, me deparei com Catarina.

Deixei as lágrimas voltarem a cair no momento em que ela contou que Pedri ficou com Gavi e pediu para ela vir cuidar de mim. Confessei que os momentos que passei com Pedri foram um dos melhores da minha vida e estou sentindo uma dor insuportável devido ao fim do nosso relacionamento.

Ela me abraçou e disse que irá me levar para casa. Organizei minhas coisas e no automático, segui ela até o estacionamento. Entramos no carro e permanecemos em silêncio. Saindo do CT, percebo que um carro preto que estava estacionado do outro lado da rua começou a seguir o automóvel da Cat e fico apavorada.

— Aquele carro está nos seguindo? — pergunto.

— Qual? — questiona ela, olhando pelo retrovisor.

— O carro preto que está logo atrás do seu — respondo.

— Acho que não, amiga — ela fala. — Mas vou entrar em outra rua só para ter certeza.

Cat continua dirigindo e entra em outra rua, como falou que faria. E o carro que eu poderia jurar que estava nos seguindo, segue em linha reta e some do meu campo de visão.

 — Te falei que não tinha ninguém nos seguindo, não falei? — diz ela.

— Estou bem aliviada por ter me enganado — falo.

Após me olhar rapidamente, ela comenta que devo estar vendo muitos filmes e me pede para ficar tranquila, pois, não estamos sendo seguidas. Poucos minutos depois, o carro é estacionado em frente ao meu prédio. Agradeço por tudo, digo que irei falar com ela se precisar de alguma coisa e desço do veículo.

Entro no prédio, em seguida no elevador. Após parar no andar em que moro, vou até meu apartamento. Isso a chave para trancar a porta logo após entrar no imóvel. Passo no quarto da Nathy e ao ver o cômodo vazio, deduzo que ela ainda está na casa do Enzo. Entro no meu quarto e vou direto para o banheiro.

Logo após tomar um banho demorado, visto uma camisola e vou para cama. Olho para penteadeira e as lágrimas voltam a descer quando vejo o casaco do Pedri. Levanto, pego a peça de roupa e me permito chorar outra vez.

— Queria tanto estar com você, meu amor.

Solto um soluço e deslizo até o chão lentamente.

— Mas você fez bem em colocar um ponto final na nossa relação — falo. — Porque além de ser uma péssima namorada, eu iria te colocar em perigo.

— Doeu tentar relembrar detalhadamente da fase mais difícil da minha vida e está doendo muito não estar com você agora.

Penso em ligar para Nathy, mas desisto ao lembrar que ela está no início da gravidez e não vai se cuidar direito se ficar preocupada comigo. Apoio a cabeça entre os joelhos, encaro um lugar aleatório do quarto e me perco em pensamentos.

Um tempo depois, decido tentar descansar. Vou até a janela para fecha-la e observo o pôr do sol. De repente, tenho a sensação de estar sendo observada. Chamo por Nathy e Enzo e após não obter resposta, concluo que continuo sozinha no apartamento. Volto a olhar para o horizonte e tento ignorar a sensação, mas não consigo.

Olho para baixo atentamente, com o propósito de encontrar algo suspeito e paraliso ao ver o carro preto que vi quando Cat estava me trazendo para casa. O veículo está com os vidros fechados e se encontra do outro lado da rua. Fecho a janela e fico apavorada por ter certeza que ele me encontrou e provavelmente está pagando alguém para me vigiar.

𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 𝐀𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐂𝐄 - ᴘᴇᴅʀɪ ɢᴏɴᴢᴀʟᴇᴢOnde as histórias ganham vida. Descobre agora