Namekusei no horizonte

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Kaya voou para o seu quarto a uma velocidade estonteante. Estava nervosa, excitada e envergonhada pelo que tinha acontecido. Como raios se deixou cair na armadilha e nos braços de Kakaroto?! É óbvio que ela tinha gostado do que aconteceu, das sensações que ele lhe despertara no seu corpo, de se sentir apreciada, acariciada, de se sentir desejada enquanto mulher, mas mais do que isso, de desejá-lo também... saber o que é o sentimento recíproco entre um homem e uma mulher, perceber verdadeiramente a que sabia a luxúria... Mas não podia ter cedido, agora que pensava racionalmente. Ele poderia por em causa tudo aquilo pelo qual ela sempre lutou, não estava disposta a abdicar do seu império para se tornar em mais uma das amantes de Kakaroto.

Flashback

- Minha querida, este é o capitão Ginyu, líder das minhas forças especiais. Ele está aqui para te treinar. – Freeza tinha um sádico sorriso nos lábios, estando sentado no seu veículo móvel, enquanto a criança de sete anos o olhava expectante. – Ele é um guerreiro valoroso e vai ensinar-te a nunca desistir de uma batalha. Com ele, todos os treinos te levarão ao limite. Ele tem a minha ordem para apenas parar quando estiveres entre a vida e a morte. Ginyu, vou deixar-te com ela. Já sabes o que tens a fazer! Ahahahaha. – A gargalhada cruel do seu pai fez Kaya engolir em seco. Tinha a certeza que aquele homem na sua frente era muito poderoso, já tinha ouvido histórias sobre ele, sabia que era um adversário temível. A pequena saiyajin deu dois passos atrás, mas foi tarde de mais... Freeza já tinha saído da sala de treinos e agora ela estava sozinha com o soldado de elite. Suspendeu a respiração quando percebeu que ele desapareceu da sua visão... Um forte murro nas costas atingiu-a, sem que pudesse ter previsto o golpe. Tentou defender-se mas em vão, ele era em tudo mais rápido e mais forte. Nesse dia não conseguiu acertar com um único golpe no seu oponente... recebeu mais três duros golpes antes de ficar inconsciente. Era apenas o primeiro de muitos treinos que viria ter com Ginyu, que a levariam ao limite...

- Uau, que bom que aterramos! Ar puro! – Kuririn saiu da nave e espreguiçou-se, contrariando as indicações de Bulma, que lhe tinha pedido para colocar uma máscara de apoio à respiração.
- Kuririn! Não sejas irresponsável!! -Bulma desce da nave com a máscara, e um ar de desagrado na sua face.
- Ora, Bulma, está tudo bem! Penso que podes retirar esse equipamento! Na verdade, ficas ridícula com ele! Ahahaha. – O baixinho ri, colocando as mãos na barriga.
- Grrrrrr! Não sejas ridículo! Ai, não entendo como podes ser tão irresponsável! – Bulma refilou, mas acabou por retirar a máscara e respirar o ar puro de Namek. Bulma tinha pesquisado sobre o planeta, e percebeu que o mesmo não possuía uma civilização avançada, era antes rico em agricultura. Ligou o radar, que lhe demonstrou que as esferas do Dragão estavam espalhadas pelo planeta, torradas de pequenas povoações. Havia apenas uma mais longe, a mais longe de todas, que tinha apenas a companhia de três pessoas.
- Então Bulma, o radar acusa alguma coisa?
- Mas é claro que sim! – Ela responde, orgulhosa da sua invenção. – Sei exactamente onde estão as esferas, quantas pessoas estão em cada localização, e a distância que temos de percorrer para lá chegar!
- Que óptimo! – Kuririn sorri genuinamente. A missão que eles tinham pela frente tinha tudo para correr bem e ser um sucesso. Não iria demorar para que pudessem ressuscitar os seus amigos!
Bulma pega numa pequena mochila, e de lá retira uma caixa com cápsulas. Expande uma, que se transforma numa motorizada rosa, que tem a capacidade de se deslocar no solo, na água e no ar. Kuririn podia voar, mas ela precisava de se transportar pelos seus próprios meios. Confiantes, os dois amigos partem em busca da primeira esfera, que se encontrava numa povoação não muito longe do local onde aterraram.
Após cerca de uma hora de distância, Bulma e Kuririn chegam à pequena aldeia Namek. Sorriem com o que encontram. Campos de cultivo, nativos sorridentes e tranquilos, um ambiente que exalava paz. Mas a esfera estava no interior da casa que se localizava no centro da aldeia... como iriam fazer para chegarem até ela?! Bulma e Kuririn se olharam em dúvida. Não tinham pensado nessa parte... até que Kuririn ainda está pensando sobre a melhor forma de abordar a questão, e de repente, Bulma não estava mais ao seu lado, tinha chegado perto dos Namek, que agora a olhavam com consternação, tendo ela atraído todas as atenções das pessoas da aldeia. Kuririn respirou fundo, nada nem ninguém separava Bulma daquilo que ela queria.
- Bom dia! – Cumprimenta sorridente a cientista. – O meu nome é Bulma Briefs e venho do planeta Terra!
- Aaahhhh! – ouviu-se o som de espanto entre os nativos, que também olhavam para o estranho aparelho voador do qual ela agora saía.
- Oi, eu sou o Kuririn e sou amigo da Bulma!
Alguns Namek escutavam sorridentes, enquanto sobretudo os mais velhos, os olhavam com uma expressão preocupada. Quem seriam aqueles forasteiros e o que queriam do seu povo?! Não tardou a aparecer o chefe ancião da aldeia.
- Bom dia, visitantes. – Um Namek mais velho e de constituição forte os cumprimentava. – Vocês dizem que vieram de outro planeta, mas qual é a vossa intenção aqui? O que pretendem de nós?
- Há muito muitos anos atrás, um de vós foi enviado para o nosso planeta, a Terra, para escapar a uma catástrofe natural que assolou Namek. Através da nave original, conseguimos reconstrui-la para virmos cá... hoje esse Namek é o nosso Kami Sama.
"Ooooohhhh!" – ouviu-se.
O chefe Namek acreditou nas palavras de Kuririn. Conseguia ver que o terrestre não mentia, e que as suas intenções não era obscuras. No entanto, eles não tinham ainda respondido à questão.
- Mas então... o que desejam do nosso planeta?
- Eu explico! – Antecipou-se Bulma. – Melhor contarmos tudo mesmo, Kuririn. – O careca acenou com a cabeça. – Há uns meses atrás, uns estranhos forasteiros, vindos de outro planeta, atacaram a Terra. Nós nem sabíamos que existia vida no universo, apesar de eu, o meu pai, e a restante comunidade científica já suspeitarmos, mas não tínhamos ainda conseguido provar. A vinda deles foi a prova definitiva. Contudo, esses indivíduos não vinham em paz. Eles destruíram cidades inteiras, mataram inocentes, dos quais, os nossos amigos. Como o nosso Kami Sama foi destruído, não temos mais na Terra o poder das esferas do Dragão, e para conseguirmos ressuscitar todos os que foram mortos injustamente por aqueles bárbaros, precisamos da vossa ajuda no sentido de nos deixarem usar as vossas esferas!
Bulma tinha acabado de falar e todos tinham ouvido com total atenção. A terráquea falou de um povo perigoso, que atacava outros povos do universo sem piedade... tal descrição assustou-os.
- Digam-me... Esses indivíduos que vos atacaram, eles tinham caudas e uniformes?
- S... Sim... Mas como sabe isso? – Questionou Kuririn.
- Eles devem ser saiyajin. Pertencem ao exército mais mortífero do universo, o exército do auto denominado imperador de todos os povos do universo. Ele é o Freeza. A força do seu exército não tem fim, eles não podem saber do poder mágico que existe neste planeta! Nem podem sonhar com isso! – O ancião estava visivelmente preocupado. Ele continua. – Esse povo é muito perigoso! Vocês lutaram contra eles?
- Sim... – Kuririn fitou o chão. – E perdemos. Dos nossos amigos, apenas eu e Bulma sobrevivemos. E o pior é que eles vão voltar! Tenho a certeza! Eles vão voltar e se não fizermos nada, irão destruir totalmente o nosso planeta, ou talvez algo pior! Precisamos da vossa ajuda para ressuscitarmos os nossos amigos mortos em combate, para sequer podermos ter uma chance de dar réplica! Caso contrário, eu contra eles serei facilmente vencido!! – Kuririn cerrava os dentes e procurava conter as lágrimas que queriam espreitar nos seus olhos, após o discurso emocional e sincero. Bulma sentia um nó na garganta, eles tinham de os ajudar, era imperativo! E se aqueles malditos saiyajin voltassem?! Eles não teriam hipótese.
O ancião respirou fundo e ficou por uns breves momentos em silêncio, que pareceram horas para os dois terráqueos. Finalmente falou:
- Vamos ajudar-vos. Terão de nós toda a ajuda de que necessitarem. Vejo que o vosso coração é puro, as vossas intenções são honestas e estão falando a verdade. Precisamos de nos unir contra esse tirano, não podemos ver o vosso povo sofrer enquanto ficamos de braços cruzados sem fazer nada. Irei dar-vos a minha esfera, e ajudar-vos-ei a convencer os restantes guardiões das esferas a fazerem o mesmo.
- Obrigada, muito obrigada! – Bulma e Kuririn abraçavam-se e sorriam, contendo as lágrimas de alegria. O desejo deles ia mesmo acontecer! Ou pelo menos, assim pensavam...

Amor Proibido - Dragon BallHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin