Amor Proibido - Dragon Ball

The Show Must Go On - Parte 2, Azul no Horizonte

- Puffff, que raio de viagem longa! - Reclamou Kakaroto, recostando-se na cadeira de controlo. - Estou farto de estar aqui fechado com vocês!

Hank, Torus e Marcel nem se deram ao trabalho de responder. O álcool tinha acabado na nave, e o general estava mais agressivo do que nunca. Passaram-se duas semanas desde que deixaram Vegeta, e tudo o que o general fazia era procurar estar em contacto com o planeta de modo a saber se existiam melhorias sobre o estado de saúde... Dela. Nem se preocupava em esconder, mesmo os membros da sua tripulação já se tinham apercebido que toda esta preocupação não era apenas uma preocupação natural com um membro da realeza. E se no início da viagem ainda havia álcool, agora já só restavam garrafas vazias e o mau humor do general.

- Penso que estamos a menos de uma semana de chegarmos à Terra, general. Um pouco mais de paciência... - Pediu Marcel.
- - Enfim, como se já não tivesse bastante para convosco, imprestáveis! - Os outros encolheram os ombros, melhor não responder, irritar o general nunca era uma boa ideia.

Bulma não mais encontrou Vegeta em nenhum corredor do palácio, podia jurar que ele estava evitando-a, mas isso não a impediu de deixar de pensar no beijo quente que tiveram. Ainda sentia o calor do corpo do saiyajin colado ao seu, a vontade de ceder aquele homem que não totalmente compreendia. Tão, mas tão diferente de Yamcha... Yamcha era um livro aberto, não era difícil descobrir os seus desejos, que passavam inevitavelmente por mulheres, fama e boa vida. Tinha a certeza que já não o amava há algum tempo... Não tinha, porém, certezas quanto ao que sentia pelo perigoso saiyajin, e na verdade até tinha medo de descobrir...

Contudo, nos últimos dias andava mais animada, ainda que por duas razões muito distintas: Freeza ficou verdadeiramente impressionado com o seu trabalho para melhorar os scouters, permitindo o acesso a todo um vasto conjunto de informações, aos sistemas centrais do reino mediante vários níveis de acesso, ao controlo de naves, luzes, etc, enfim, robótica num pequeno aparelho portátil, e depois, porque a princesa, apesar de ainda não ter saído do estado de coma, já apresentava melhorias consistentes a cada dia que passava. Mal ela imaginava o que Bulma lhe estava a construir... Esperava com isso redimir-se do que sabia ter em parte causado... Não poderia nunca imaginar aquele resultado...

Entretanto, a alguns anos luz dali...

Kakaroto e a sua tripulação preparavam-se para fazer a aterragem no planeta Terra. Tinham instruções para que esta missão fosse puramente de reconhecimento e elaboração de relatórios para o reino, pois o planeta suscitara muito interesse por parte de Freeza. Deveriam passar o mais despercebidos possível, integrar-se o tempo que fosse necessário para levar a cabo a missão, pelo que eles agora sobrevoavam uma zona árida e totalmente desabitada, sem sinais de civilização. Mas a imagem do planeta azul surgindo no negro do espaço, é algo que nenhum deles alguma vez poderá esquecer... As suas faces demonstraram todo o espanto ao observarem a beleza daquele pequeno planeta azul cobalto, cheio de água, tão contrastante com o vermelho vivo do planeta Vegeta...

Tendo colocado a nave em segurança no solo, os quatro saiyajins saem da nave, sem qualquer máscara de protecção, uma vez que o sistema avançado de que dispunham já os tinha informado sobre a compatibilidade do ar.

Kakaroto respirou fundo, inspirando as sensações que o desconhecido lhe proporcionava, tal como gostava de fazer sempre que viajava pela primeira vez para um novo planeta.

- Hank, irás encarregar-te da zona Leste do planeta, Torus, ficas com o Norte, Marcel com o Sul, e eu irei para Oeste. Deveremos estar contatáveis a todo o momento. O sistema não detectou qualquer forma de vida com poder significativo, mas ainda assim deveremos precaver-nos. Não nos esqueçamos que a unidade da Dhalia foi vencida neste planeta... Como isso foi possível, eu ainda não sei responder, mas a verdade é que aconteceu. Deveremos ser práticos e não correr riscos desnecessários.