We'll always have Paris

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- Estás mesmo a perceber o que quero que faças?! - Vegeta questionava, impaciente.
- Pela vigésima vez, sim, eu entendi! Devo ir buscar-vos através da teleportação, às 19 horas. Eu já sei!
- Ufff... Está tudo pronto, certo?
- Certíssimo. Todos os detalhes como pediste. - Kakaroto ria. Vegeta estava ansioso e era engraçado perceber o comportamento tão pouco habitual do amigo de longa data. Também Kakaroto desejou em tempos um momento assim... Mas isso era passado. Agora concentrava-se nos pedidos de Vegeta, tinha ainda muito para o compensar, e ajudá-lo nisto era simplesmente o correcto a fazer.
- Ok. Espero que tenhas a certeza. Vemo-nos logo!
- Até mais!
Kakaroto desligou o scouter. Não se importava nada de ajudar Vegeta com os pormenores da noite que se aproximava, mas a verdade é que estava cheio de trabalho... Apesar do império saiyajin estar a fazer de tudo para recuperar a Terra e torná-la cada vez mais sustentável, a poluição dos oceanos era simplesmente demais. Não sabia como iria reverter tamanho problema, mas a situação ameaçava o plano de sustentabilidade. A Terra era sem dúvida um planeta interessante a conservar, e como seu governador, tinha de garantir isso mesmo, ou seja, tirar o melhor partido do planeta, de forma sustentada e melhora-lo. Relatórios e mais relatórios para analisar, decisões para tomar... Kakaroto estava sem mãos a medir, e mesmo o tempo para treinar começava a faltar-lhe. Estar com mulheres? Pffff, nada. Desde aquela noite há quase um mês que passou com as duas supermodelos e que percebeu que Kaya tinha dado à luz os bebés, o seu tempo era completamente escasso. Ainda que não fossem as suas solicitações. Por falar em solicitações...
"Bip bip bip"
- Simmm, Suno... - Kakaroto atendia, dando pouca atenção à chamada, não desviando os olhos do laptop.
- Kakaroto, quando estaremos juntos...? Já passou mais de um mês... - A saiyajin do outro lado da linha bufava entediada.
- Suno, eu não sei. Estou cheio de trabalho e sem tempo para nada. Porque não passas algum tempo com o Julian? Afinal não é o teu noivo?
- Arrghhh, que inconveniente! Se eu te liguei é porque quero me encontrar contigo... Só contigo... - A saiyajin baixava a voz. Kakaroto coloca as duas mãos na cabeça. Sim, mesmo ele tinha de reconhecer algumas saudades de Suno, mas simplesmente não estava a conseguir lidar com o excessivo volume de solicitações. Marcel ajudava-o bastante e trabalhava bem, mas estava a ficar claro que precisava de contratar mais ajuda.
- Ouve... Eu prometo que quando tiver um buraco na minha agenda eu ligo-te... A sério. Serás a primeira da minha lista... - Kakaroto sorriu de canto, pensando em passar um bom bocado com a ruiva.
- Ah, a primeira... Da tua lista infindável... - Ela suspirou. Era mau, mas não era péssimo. Era a PRIMEIRA. Conseguia de alguma forma aceitar isso. - Txau. Beijo enorme.
- Txau, Suno.
Continuando a analisar mais alguns relatórios, Kakaroto não deu pelo tempo passar, até que finalmente olha para o relógio e... "Bolas, são quase 19h! Tenho de ir ao Le Jules Verne garantir que está mesmo tudo pronto!". E tão rapidamente quanto pensa, está no belíssimo local. E quando lá chega... Kakaroto arregala os olhos. O restaurante estava absolutamente fantástico. Para além da vista absolutamente indiscritível enaltecida pelo pôr do sol em Paris, o restaurante, fechado ao público, estava pronto a recebê-los, num clima sofisticado e exclusivo. Cada detalhe pensado ao pormenor, preparado para o deleite dos clientes do espaço.
- Senhor governador Kakaroto. - O gerente cumprimenta-o. - Está tudo pronto.
- Vejo que sim! Obrigado, Henry. Está perfeito. Os nossos convidados irão apreciar imenso. - E num piscar de olhos, Kakaroto desapareceu para voltar pouco depois com Bulma e Vegeta.
Bulma não entendeu quando Vegeta lhe disse peremptoriamente que tinham de jantar naquele dia, e que deveria usar um vestido elegante. Afinal, que data importante seria, que ela não conseguia lembrar-se de nenhuma...? Os seus dias algo atribulados, ajudando Kaya e as amas com os bebés, continuando a trabalhar no laboratório, não a deixavam pensar com clareza sobre se tinha escapado alguma data importante que ela deveria se recordar... Mas enfim, fez o que Vegeta pediu e arranjou-se divinalmente, vestido vermelho Armani com manga de 3/4, cintado, ligeiramente acima do joelho, com pormenores em dourado. Simples mas muito muito elegante. Vegeta estava lindo também. Fato (terno) cinza escuro e camisa branca, que lhe assentava na perfeição. Bulma realmente estranhou toda a produção dos dois mas quando Kakaroto subitamente apareceu para os levar através da teleportação, e em segundos estavam no "Le Jules Verne"...! Ela até arregalou os olhos e colocou duas mãos na boca. Como era possível?!
Ainda não acreditando, sorria abismada, enquanto eram cumprimentados pelos empregados.
- Vegeta...! - Bulma exclamou, completamente surpreendida.
- Surpresa... - Replicou o saiyajin, com um sorriso tímido.
- Bom, vou deixar-vos a sós. - Kakaroto piscou o olho a Vegeta e beijou levemente a mão de Bulma, se teleportando para o escritório do seu apartamento.
- Estou mesmo sem palavras... Nós estamos em Paris! Na Torre Eiffel! - Bulma constatava o óbvio, encantada. - Sempre foi um sonho meu vir a Paris, jantar neste restaurante...! - Bulma continuava incrédula, tendo já ambos sido encaminhados para a mesa que os aguardava. O espectáculo era de facto lindo de se ver: as luzes da cidade luz que agora se vislumbravam melhor, à medida que a noite caía.
- Senhores, tenho para vocês o menu de degustação de 9 pratos, espero que seja do vosso agrado. - O gerente informou, sorrindo, dando início ao serviço.
- Obrigada... - Bulma emocionou-se, soltando algumas lágrimas.
- Eiii, então...? Não queria que chorasses! - Vegeta ficou atrapalhado, não esperava esta reacção. - Estás bem?
- Estou óptima! - Ela riu, limpando as lágrimas. - É só emoção mesmo! Nunca pensei vir aqui, era um sonho, claro, mas não sabia se iria concretiza-lo, e estar aqui contigo é ainda mais especial... - Vegeta sorri e beija a mão de Bulma.
Pratos são servidos com o cuidado e a execução perfeita que se exigia. Bulma e Vegeta deliciavam-se com a refeição cuidadosamente preparada para eles, os vinhos escolhidos, tudo elevado a um imenso deleite gastronómico. E todo aquele requinte com a vista de Paris, a cidade mais romântica do planeta Terra...
- Estou a adorar, Vegeta... A comida é fenomenal, o sítio é lindo, e a companhia é maravilhosa! - Bulma beija o homem que amava, sim, não tinha qualquer dúvida.
- Eu também... Não há mais lugar nenhum no universo onde eu preferia estar. Desde que te conheci, soube que a minha vida tinha mudado... Sabes... - E nisto, Vegeta levanta-se da cadeira para se ajoelhar, enquanto Bulma arregala os olhos. "Não podia ser... Não...". - Tenho algo para te perguntar... - Vegeta começava até a emocionar-se. - Queres casar comigo?
- Sim!! Mil milhões de vezes sim! - Bulma sorria, e já com o fantástico anel de diamantes no anelar esquerdo, beijou o seu agora noivo, num beijo intenso e carinhoso, enquanto eram aplaudidos pelos empregados, que rapidamente trouxeram do melhor champanhe para acompanhar aquele momento tão especial.
- Sou muito feliz contigo. Ainda que por vezes não o demonstre. - Confessou Vegeta, e ambos brindaram e beijaram-se novamente, selando o noivado.
- "Teremos sempre Paris". - Bulma suspirou.
- Sempre...

Amor Proibido - Dragon Ballحيث تعيش القصص. اكتشف الآن