Lua de Prata

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Bulma estava bem disposta. O beijo da noite anterior fora doce e aconteceu no momento ideal. Ela rodopiava entre seus instrumentos e computadores. Esperava que houvesse cacau em Fujik, Vegeta merecia.

De repente, o telefone tocou. Bulma instintivamente soube quem era.

- Oi, cientista! - A voz rouca fê-la tremer do outro lado da linha.
- Oi, saiyajin... - Bulma enrolou o cabelo. Vegeta era sexy e sabia-o.
- Quero convidar-te para jantar. Um jantar a sério...
- Ah! Mas... Claro! Hoje?
- Hoje não posso, já tenho um outro compromisso. Amanhã?
- Sim. - Bulma sorriu.
- Óptimo! Está pronta às 19h. Leva vestido de noite. - Vegeta disse, desligando o telefone logo a seguir, e Bulma corou. Onde será que iriam para um vestido de noite ser necessário...? Entusiasmou-se com a ideia. Nunca mais chegava amanhã...!

- O que te fez mudar de ideias e vir falar comigo? - Akane abria a porta de sua casa a Vegeta com um sorriso amargo. É claro que por um lado estava feliz em vê-lo, mas sabia que a visita dificilmente se revelaria reconciliadora, ainda mais a avaliar pela expressão e postura corporal de Vegeta.
- Apesar de tudo, devo-te algumas explicações. - Vegeta referiu secamente e Akane estranhou. Não augurava nada de bom... Convidou-o a entrar e rapidamente se sentaram no sofá da sala de estar.
- Queres beber alguma coisa...?
- Não. A minha visita será curta. Eu quero esclarecer o que se passou entre nós...
- Entendo...
- Sabes, na verdade eu não fui totalmente correcto contigo e julguei-te por teres feito o mesmo. Também te deitaste com outra pessoa para esquecer uma... E eu fiz o mesmo contigo. Lamento isso.
- O quê...? Não estou a entender... - Akane engolia em seco.
- Eu não fui completamente sincero contigo. Senti-me confuso, perdido. Mas a verdade é que quando voltaste para Vegeta eu estava a apaixonar-me por outra pessoa. Demorei anos para te esquecer... E quando te revi, fiquei confuso. Mas agora sei o que sinto. Eu continuarei a gostar de ti sempre... Foste a minha primeira namorada, a primeira mulher que amei... Mas entendi que não amo mais. - Nesta fase da conversa, Akane já nem tentava esconder as lágrimas que desciam em catadupa pela sua face.
- É inútil lutar por ti...?
- Sim... Não te queria magoar. E eu perdoo-te. - E beijou-lhe a mão, saindo, considerando que o momento era de a deixar sozinha a lamber as suas feridas. De imediato sentiu-se mais leve, carregava o peso da indecisão e dos sentimentos feridos de Akane, e isso estava a inquieta-lo. Agora sabia o que queria e conseguia respirar.

Foram as batidelas na porta, diferentes do habitual, que denunciaram a Bulma que quem estava do outro lado da porta do laboratório não era Vegeta.

- Sim...? - Abriu a porta devagar e não poderia ter ficado mais surpreendida ao deparar-se com Lazo, o general e braço direito do rei Hunio.
- Está sozinha, cientista? - Perguntou, com um sorriso desafiante. Bulma observou-o e um arrepio percorreu o seu corpo. Lazo não era feio, muito pelo contrário, era um homem alto, moreno, de olhos verdes e extremamente atraente, mas a forma como ele se dirigiu a ela fê-la temê-lo... Não o conhecia o suficiente, e não se sentiu minimamente segura. Sim, estava sozinha.
- Estou a trabalhar. - Respondeu com firmeza na voz, disfarçando o nervosismo.
- Hmmm, que pena, eu estou com tempo livre... - Passou a língua pelos lábios, insinuando-se.
- Eu posso ajudá-lo? Porque peço desculpa, mas preciso de voltar para os meus afazeres. - Surpreendeu-se até com ela própria. O planeta Vegeta ensinava-a a ser ainda mais forte e destemida.
- Não. Vejo que infelizmente não está assim tão interessada na minha companhia, e eu nunca forcei ou forçarei uma mulher a estar comigo. - Bulma respirou de alívio. - Mas saiba que a companhia que pretende, também não tem interesse pela sua... - Bulma notou o brilhozinho da ironia nos olhos do general e não resistiu a perguntar.
- De que é que está a falar...?
- Ora...! Do que poderia...? Do príncipe Vegeta! Ele não está aqui consigo, mas eu sei bem onde está... Está com Akane! Sabe, a namorada dele... - Lazo riu-se.
- A vida privada do príncipe Vegeta não me diz respeito nem sei porque assumiu o contrário! Agora, com licença! - E, enfurecida, fechou-lhe a porta do laboratório na cara.

Amor Proibido - Dragon BallWhere stories live. Discover now