A luz dos meus olhos

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Kakaroto partira para a Terra há alguns meses, e Suno conseguiu ser também destacada para o planeta azul. Ainda que soubesse perfeitamente que ele provavelmente nunca casaria com ninguém, nem mesmo com ela, ao menos estaria perto dele, e poderia, quem sabe um dia, fazê-lo mudar de ideias...

Vegeta e Bulma estavam mais próximos do que nunca, Vegeta estava a reunir finalmente coragem para assumir ao seu pai que queria casar com a terráquea, apesar de todos os preconceitos, ideias contrárias ao que ele verdadeiramente sentia.

- Mas Vegeta... Essa mulher, ainda que extremamente inteligente, é de uma raça inferior à nossa! Como podes querer que a tua descendência seja fraca e incapaz de se defender?!
- Não há garantias disso, pai! Sim, é verdade que os terráqueos são, maioritariamente, mais fracos, mas conheci indivíduos notáveis, com poder equiparáveis a saiyajins de segunda e até de primeira classe! Tens ainda o exemplo do Kakaroto, que nasceu terceira classe e hoje é governador da Terra e general máximo do exército...

O rei bufou e respirou fundo... Sim, o argumento de Vegeta era válido. Teria de lhe conceder isso. E mesmo sendo contra os seus valores e aquilo que acreditava ser o certo, já chegava de filhos e netos seus infelizes... não faria isso com o príncipe, não poderia.

- Vegeta... Tens a minha autorização para casares com a cientista.

Vegeta sorriu calmamente. Era tudo o que queria e tinha a certeza da resposta dela. Agora o que precisava era de elaborar o pedido de casamento perfeito, e tinha uma ideia do que isso poderia ser...

Faltava muito pouco tempo para a data prevista de nascimento dos gémeos, e por isso, Kaya tinha cada vez mais dificuldade em se treinar. Sim, procurou estar activa durante a gravidez, e tinha até dominado por completo a técnica de compreender e localizar os kis, mas uma gravidez de gémeos no fim de tempo era sem dúvida um exercício de superação que precisava de fazer. E gémeos... saiyajin, que lhe consumiam enormes porções de energia.

- Estás bem? - Bulma questionou a amiga, vendo-a entrar no laboratório já em notórias dificuldades.
- Estou... Mas 39 semanas de gravidez conseguem ser exigentes. - Riu. Bulma devolveu-lhe o sorriso, mesmo com a enorme barriga, Kaya não perdia o porte real, e de facto reluzia, conseguia comprovar o que diziam sobre o brilho especial das mulheres grávidas.
- Então, precisas de alguma coisa?
- Sim... Eu quero que me ajudes no seguinte: será possível construíres um sistema de segurança de tal forma avançado que apenas algumas pessoas estejam autorizadas a tocar nos meus filhos? E que as pessoas estranhas que entrem nos quartos deles enfrentem armadilhas e eu seja imediatamente alertada?

Bulma franziu o sobrolho. Sim, era possível... Mas não estaria Kaya a exagerar...? A futura rainha de Gobi percebeu.

- Eu ainda não tomei posse, Bulma. Eu não sei o que nos espera naquele planeta.... Não conheço a dimensão dos meus inimigos internos, não sei como seremos recebidos...
- Percebo... Sim, vou procurar desenvolver essa tecnologia, não te preocupes.
- Obrigada. - Kaya sorriu calmamente. - Então e tu? Aquela gripe que tiveste, estás recuperada?
- Oh, sim! Acho que simplesmente fiquei com as defesas em baixo e acabei por apanhar uma laringite. Nada que não se tenha resolvido com um antibiótico!
- Ainda bem, cientista! Continuo a espantar-me como a tua raça apanha doenças do nada!

Bulma encolheu os ombros: - Vocês é que têm um sistema imunitário impenetrável! - Ela gargalhou.

- Jantamos hoje? Terás todo o tempo para estares com o meu tio... Em breve vou ter de partir de Vegeta... - A imperatriz baixou os olhos. Nunca pensou que criaria tais raízes naquele planeta que a fariam recuar e ficar nostálgica quando a partida se aproximava. Certamente também não ajudavam as hormonas da gravidez...
- Claro que sim! Já sabes que adoro a tua companhia!
- Então até logo. - Elas sorriram, despedindo-se.

Amor Proibido - Dragon BallWhere stories live. Discover now