Alianças

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- Kaya, que bom ver-te, eu preciso... - Bulma foi terminantemente interrompida pela presença dominadora que entrou entretanto na ala médica.
- Minha filha!! Não imaginas o quanto estou feliz por ver-te recuperada! - Freeza beijava as mãos da princesa, e ela não esboçava qualquer reacção.
- Também é óptimo ver-te, pai. - Kaya forçou um sorriso.
- Vem, deves estar com fome! - Freeza puxou levemente o braço da filha, e os dois se encaminharam para uma das salas de jantar do palácio. Freeza já tinha mandado acordar os cozinheiros para servir um sumptuoso pequeno almoço. Queria que tudo estivesse perfeito para a princesa. Ainda se sentia culpado pelo que fizera com ela, ia de alguma forma compensa-lá.

Bulma suspirou e encolheu os ombros quando Kaya saiu da sala com o seu pai. Era impossível saber o que se passava na cabeça da imperatriz, mas precisava de falar com ela urgentemente. Não apenas sobre o seu projecto... Mas também sobre a notícia que ouvira relativa a Kakaroto. Era importante Kaya ser preparada para essa novidade, todo o cuidado era pouco.

Elizah chorou quando viu a sua filha de pé novamente. Até o rei Vegeta ficou comovido. Eles abraçaram-na e Vegeta beijou a mão da sobrinha. A saiyajin continuava impassível.

- Fico feliz que não tenhas morrido. Isto estava a ficar um tédio. - Ironizou Vegeta.
- Obrigada meu querido tio. O coma também não foi tão divertido assim.

Eles comeram tranquilamente enquanto Freeza e o rei Vegeta iam colocando Kaya a par de todos os novos desenvolvimentos relativos à conquista do universo. Mais dois planetas estavam agora sob o domínio de Freeza.

Vegeta observava-a atentamente. Queria descortinar alguma expressão de raiva, rancor, mas... Nada. A saiyajin não deixava transparecer o que quer que fosse. E isso irritava-o, ele era, para mal dos seus pecados, muito mais expressivo. Ia cumprir com o que disse e informaria Kakaroto sobre o acordar da princesinha. Mas para isso, era necessário que ele atendesse o maldito scouter...

- Não passarás à próxima fase do teu treino enquanto não acertares com o martelo no Gregory! - O Kaio do Norte era decisivo nas palavras. Kakaroto rangia os dentes, que raio de treino absurdo era este?! Bater com um martelo na cabeça de um gafanhoto?! Certamente não era este o tipo de treino que tinha em mente quando aceitou o acordo com o Deus da Terra. Depois de passar duas semanas a tentar apanhar o macaco, pensou que após ter finalmente conseguido, começariam a treinar seriamente. Mas não! Agora era um ridículo de um gafanhoto! Kakaroto estava com tanta raiva que até tinha medo de explodir com o pequeno planeta. Os inúteis dos terráqueos lutavam entre si, até aquilo lhe parecia mais interessante do que o que estava a fazer. Completamente imerso no treino e nos seus pensamentos, não ouviu, uma vez mais, o scouter apitando com as chamadas de Vegeta...

Kaya foi colocada a par dos diversos assuntos do império, só ainda não tinha conseguido perceber porque motivo o seu pai, nos últimos dias, se tinha deslocado tantas vezes ao planeta Gobi...

Os olhos azuis gélidos percorreram o laboratório do palácio em busca da intrigante mulher de cabelos azuis. Um silêncio sepulcral jazia no local. As luzes estavam quase todas apagadas, e ninguém parecia estar no interior do recinto. Mas Kaya sabia que Bulma estaria lá, mesmo apesar do avançado da hora. Sabia que o laboratório se tinha tornado no refúgio da terráquea, agora obrigada a trabalhar para o império. Estava com phones nos ouvidos, enquanto fazia cálculos numa folha de rascunho. Kaya contemplou-a. Poderiam ter sido... amigas...? Enfim, não era o momento para deambulações ridículas sobre hipóteses totalmente inexequíveis. Precisava de concentrar-se no que realmente a levou ali, e no seu plano...

Bulma não sentiu que tinha companhia no laboratório até uma suave mão ter retirado os phones dos seus ouvidos, interrompendo a Roadhouse Blues dos The Doors.

Amor Proibido - Dragon BallWhere stories live. Discover now