O que acontece em Fujik não fica em Fujik - Parte 3

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Vamos animar isto? ;)

Com a quantidade de navios finalmente pronta para levar para Gobi, Kakarotto deveria apresentar-se o mais rapidamente possível naquele planeta, e portanto, partiu imediatamente. Viajava numa das novas naves mais rápidas da frota saiyajin, em breve estaria em Gobi.
Três semanas depois de ter estado muito perto de fazer amor com ela novamente, Kakarotto sentia-se inquieto, remexendo-se na confortável cadeira do lugar do piloto. Como reagiriam à proximidade?
Bom... Era inútil pensar em demasia. Iria a Gobi apresentar os navios, explicar o básico do seu funcionamento, e se tudo corresse bem, estaria de volta em menos de nada.
Não teve paciência, naquelas semanas, para estar com ninguém. Mimi ainda o procurou, mas depois foi fazer uma campanha de moda para um local longínquo, e não se proporcionou de se encontrarem. De Suno, nem sinais, e sinceramente, era melhor assim. As coisas não tinham ficado em bons termos com nenhuma delas, e preferia voltar a estar com alguém quando tivesse a certeza que o seu "problema" estaria resolvido em definitivo.
Suspirou, a viagem chegava ao fim.

- Governador da Terra, bem-vindo a Gobi. - Oliver recepcionava Kakarotto com a educação e circunstância adequadas. Kakarotto olhou o principal conselheiro da imperatriz, não gostava do sujeito. Demasiada postura, educação, ki forte e... Enfim. Bem parecido.
- Obrigado. - Repetiu o tom solene, respondendo ao cumprimento de mão.
- A imperatriz aguarda-o.
Encaminharam-se a passos largos para o salão de reuniões do palácio, e Kakarotto não deixou de apreciar como tudo em Gobi parecia belo e delicado. Pessoas, flores, ambiente. "Mais um planeta maravilhoso que sofria com a poluição...", pensou.
Chegando à sala de reuniões, viu Kaya de pé, cabelo solto, envergando um elegante macacão branco, com um decote muito discreto, ideal para reuniões de cariz profissional. Engoliu em seco. Não queria demonstrar em demasia e parecer atarantado, ou pior, um bobo apaixonado, mas era-lhe sempre difícil lidar com a situação. Respirou mais profundamente, teria de ser profissional.
- Imperatriz, rainha de Gobi. - Cumprimentou-a com uma vénia e sabia que ela gostava disso, viu o brilho no seu olhar.
- Governador da Terra, bem-vindo a Gobi. Assumo que trazes contigo a quantidade encomendada dos navios removedores de plástico.
- Sim! - Kakarotto sorriu discretamente e mostrou a pequena caixa de dez cápsulas que tinha guardada.
Oliver olha para a caixa, demonstrando confusão, e Kaya dá uma doce gargalhada:
- O Oliver ainda não conhece esta tecnologia! Vais ficar espantado, acredita! Mas agora, pedia-te, Kakarotto, os detalhes do funcionamento e os relatórios de progresso do projecto, para sabermos o que esperar. As condições marítimas da Terra e de Gobi são diferentes, poderemos ter de fazer ajustes.
- Sim...
E os três sentam-se, tendo Kaya ainda chamado o responsável pelo ambiente, que rapidamente se juntou a eles. Kaya estava sentada entre Oliver e Kakarotto, e com a mão direita, Kakarotto agarrava a própria perna só o suficiente para não desfazer as calças, querendo controlar a sua raiva... O conselheiro e a imperatriz pareciam entender-se às mil maravilhas. Não queria demonstrar, claro, mas por dentro, o ciúme começava a corroê-lo.
Kaya estranhou a alteração no ki de Kakarotto e estreitou os olhos. Seria o que estava a pensar...? De qualquer das formas, parecia uma boa altura para testar algo que queria desesperadamente saber, ainda que talvez não devesse...
- Façamos uma pequena pausa. - Kaya afirmou, ligando a alguém através do scouter. - Sim, podem trazer o lanche. - Providenciei um pequeno coffee break.
Os quatro levantaram-se quando os funcionários do palácio começaram a montar uma seleção exuberante de iguarias que esperava pelos participantes do evento. Finas porcelanas exibiam pequenos e delicados sandwiches de salmão defumado e pepino, enquanto os doces eram uma verdadeira obra de arte, com macarons coloridos e pequenos éclairs recheados com creme. Taças de cristal continham morangos frescos, e uma fonte de chocolate dourado emitia um aroma irresistível. Foi igualmente colocado à disposição uma seleção de cafés e chás, bem como águas e sumos. "Kaya também sabia receber", Kakarotto pensou, sorrindo.
Enquanto se dirigiam para a zona do lanche, a imperatriz ficou um pouco mais para trás, de modo a conseguir falar a Oliver sem serem ouvidos:
- Segue a minha deixa... - Kaya segredou e Oliver estranhou o pedido, que Kaya reafirmou com a cabeça, como que afirmando "confia em mim". O conselheiro, com a descrição que lhe era inata, assentiu.
Kakarotto viu que Kaya e Oliver cochichavam sobre alguma coisa que ele não conseguiu perceber o que era, tendo ficado ainda mais nervoso, enquanto levava um chá de seca do responsável do ambiente, que queria saber tudo sobre a Terra, sobre os navios, enfim, sobre tudo e mais alguma coisa. Noutro momento, Kakarotto teria sido certamente mais solícito, mas não conseguia deixar de dar respostas um pouco monossilábicas, observando Kaya e o seu conselheiro.
- Claro que sim, Oliver - Kaya ria, e finalmente se juntavam aos restantes membros para degustar o lanche. Passou a mão pelo braço do conselheiro, devagar, como que o acariciando, sentindo os seus músculos fortes.
Kakarotto ia pirando... Teve de se segurar para não rebentar com o palácio. A agitação no seu ki foi tão intensa, que Kaya achou que Kakarotto iria de facto explodir com alguma coisa. Afinal, ele sentia... Apesar de não ter totalmente a certeza, alguma coisa estava ainda ali, mesmo que Kakarotto quisesse demonstrar que nada mais havia além da atração física. Guardou essa informação, não sabia ao certo o que fazer com ela... Nem como se sentir. Por dentro, claro que tinha esperança que ele a amasse. Por outro lado, tornava tudo tão difícil... Mas enfim, agora era o momento de se voltarem a concentrar na reunião.
Após discutirem os diferentes pormenores, partiram para alto mar, para que um dos navios pudesse ser colocado em funcionamento (os restantes seriam no dia seguinte, por parte das equipas especializadas, que seriam coordenadas por Oliver e Hilk, o responsável ambiental). Kakarotto envaidecia-se ao demonstrar aquela maravilha da técnica, e os gobis não sabiam o que os impressionava mais, se a tecnologia da cápsula ou o navio. Decidiram que tudo. Era mesmo um sucesso incrível. Estavam orgulhosos da sua soberana. Ela estava a começar a demonstrar que o lugar era bem entregue, e que realmente iria fazer aquilo a que se propôs.
Para Kakarotto, continuava a ser muito difícil não extravasar os ciúmes que tinha de Kaya e Oliver, apesar de estarem com mais pessoas, aqueles dois andavam muito juntos para o seu gosto.

Amor Proibido - Dragon BallOnde histórias criam vida. Descubra agora