Dangerously in love

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Kaya sentia-se ligeiramente dolorida depois da noite intensa que teve com Kakaroto. Tinha acabado de tomar banho e olhava-se agora ao espelho. Algo em si tinha mudado. Quase imperceptível, mas ela sentia-o. Sabia agora o que era amar e ser amada, sentir-se tão bem com alguém como na sua própria pele. Sentir que fazia parte de alguém e alguém fazia parte de si... Suspirou. O maldito do Kakaroto começava a influencia-la e isso irritava-a. Não podia dar-se a esse luxo. Colocou o scouter, e qual não foi a sua surpresa, quando este começou a apitar, avisando sobre alguém com um nível de poder a ter em conta, dirigindo-se a toda a velocidade para o local onde estavam. Rapidamente terminou de se vestir e foi para o exterior da casa. Olhou de soslaio quando os dois terráqueos se apressaram a ir também para o exterior. Se eles não tinham scouters, como conseguiram perceber que alguém se dirigia para ali?! Estranho, sem dúvida, precisava de saber mais, mas não tinha tempo agora para aprofundar. O visitante indesejado dirigia-se a toda a velocidade, era importante que as esferas ficassem guardadas, e que aquela mulher de cabelo azul que ainda não lhe tinha dado nenhum update sobre as mensagens dos scouters dos outros idiotas, ficasse atenta a Kakaroto e a Vegeta.

- Terráquea, já conseguiste descodificar os scouters daqueles dois? – Interrogou rapidamente Kaya, impedindo que Bulma continuasse a marcha.

- Ahhh, sim! Já me esquecia! O scouter daquele gordo cor de rosa tinha algumas mensagens para a central do império, que apenas dava conta de ainda não terem tido sucesso na busca pela imperatriz. Existia ainda outra mensagem mas codificada, estou a tentar descodifica-la mas imagino que não seja nada de importante...

- Óptimo. Agora vai vigiar os outros dois inúteis. O meu próximo adversário está a chegar... – Kaya referiu, sem deixar de fitar o céu. A saiyajin tinha razão, em poucos minutos, o guerreiro namekuseijin chegou perto dela.

Kaya continuava de braços cruzados, e agora observava atentamente o seu adversário. Era bem mais forte que os outros namekuseijins que encontraram nas aldeias. Tinha também outro porte. Seria certamente um desafio interessante...

- O que queres aqui? – Ela interpelou, confiante.

Essa deveria ser a minha pergunta. Afinal, vocês são os forasteiros no meu planeta. – Respondeu calmamente.
Eu não te devo satisfações! Era o que mais me faltava dar explicações a um ser inferior. - Kaya respondeu com a sua sobranceria característica. O namekuseijin suspirou ligeiramente, aquela mulher seria um desafio. Procurou manter a calma que fazia parte do seu ser, e voltou à carga:
Sei que estão aqui em busca do poder das esferas do dragão e já possuem seis esferas. Sei que tu e outros dois da tua raça são diferentes dos outros que têm obtido as esferas... Mas tenho sérias dúvidas que as esferas sejam para eles. Penso que estão a ser coagidos, pois eles não têm poder de luta suficiente para te vencer a ti e aos teus companheiros.

Kaya observou-o mais atentamente. Como poderia o namekuseijin saber tudo aquilo? Ainda que fossem palpites, não deixavam de ser certeiros. A saiyajin estava, no mínimo, curiosa.

As tuas suposições são deveras interessantes. No entanto, como eu disse, eu não te devo explicações. - Ela relevou, queria manter-se indiferente. Pensou estar a conseguir até que o seu oponente, sorrindo, afirmou:
Não são suposições, Kaya...
O quê...? Como raios sabes o meu nome?! - Agora sim, ela estava definitivamente intrigada.
Eu tenho o dom da clarividência, saiyajin. No nosso povo, alguns de nós nascem com dons, e o meu é esse. - Kaya arregalava os olhos à medida que Valis discursava. - Consigo, ao olhar para uma pessoa e situações, descobrir alguns aspectos que lhe estão inerentes, entender as suas motivações, bem como algumas características comportamentais. E tu, saiyajin, não és digna do poder das esferas do dragão. - Concluiu.
O que tu achas não me poderia interessar menos. - Respondeu, olhando para o lado, arrebitando o nariz. - Aliás, se tens todos esses dons, então já deverias saber que não me podes impedir de atingir o meu objectivo.
Não por via da força...
Hmmpft. Como se um mero namekuseijin fosse adversário digno da imperatriz do universo! - Kaya colocou-se em posição de combate. Estava na hora. Aquele namekuseijin ia pagar bem cara a sua petulância. Onde já se via desafiar assim a imperatriz de todos os povos do universo?! Ridículo! - Vais arrepender-te, namekuseijin insolente... - E ela partiu para cima do seu adversário, mas este conseguiu antever e desviar-se do golpe. Contra atacou com uma pequena esfera de ki que depois se expandiu e atingiu Kaya numa perna, tendo esta ficado algo ferida. Rangendo os dentes por ter se deixado surpreender pelo golpe, a saiyajin contra ataca, mas novamente o adversário consegue antecipar o golpe, evitando-o, e responde com uma cotovelada nas costas. Novo ataque da saiyajin, mas o namekuseijin voltou a conseguir defender-se, aparando os golpes. Murro parado pelo braço esquerdo, pontapé de direita travado pela perna esquerda. À medida que continuava sem nele acertar, Kaya ficava mais e mais frustrada. Separaram-se, com a saiyajin rangendo os dentes. Não poderia perder para um verme tão inferior a ela. Não, era impossível. Respirou fundo, contou até dez. Percebeu aí que Valis antecipava os seus golpes, muito provavelmente derivado da faculdade que dizia possuir, e percebeu também que se quisesse ganhar aquele combate, teria ter de elevar o seu nível.

Amor Proibido - Dragon BallWhere stories live. Discover now