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- Preparem-se, vamos aterrar. – Vegeta comandava a nave, procurando controlar a sua trajectória e realizar uma aterragem em segurança. Era um piloto experiente, apesar de Kakaroto também o ser. Mas aquela era a nave dele, ninguém melhor do que ele mesmo para a pilotar. Kaya também tinha aprendido a pilotar naves, mas não tinha tanta experiência assim, pelo que até agradecia o facto dos dos saiyajins tomarem para eles essas tarefas. Estavam mesmo prestes a aterrar, e os três viam o sonho de se tornarem mais fortes ou mesmo invencíveis, cada vez mais perto. Nada os podia deter agora, na busca pelos seus desejos.
Efectuando uma aterragem perfeita, Vegeta dá sinal de que poderiam sair da nave. Já tinham obtido informações sobre a atmosfera do planeta Namekusei, sabendo por isso que a mesma não era tóxica.
Os três saem da nave esticando as costas.
- Finalmente em Namekusei! – Constata a saiyajin. – Agora digam-me, como fazemos para aceder a essa tal magia para nos conceder mais poder?
Pois... essa era a pergunta de um milhão de dólares. Nenhum deles sabia bem. Vegeta e Kakaroto sabiam que não se tratava de apenas obter mais poder, mas sim de conseguirem realizar desejos. Agora como... Isso é que nenhum deles fazia ideia.
- Sinceramente não sei. – Responde o príncipe, cruzando os braços.. – Mas sugiro que usemos os nossos scouters para tentarmos detectar vida neste planeta, e podermos questionar os seus habitantes.
- E achas que eles nos vão responder de livre vontade? – Questiona Kakaroto. – Provavelmente teremos de usar a força.
- Acho que nenhum de nós os três está muito incomodado com isso! – O príncipe dá um sorriso cruel, e Kaya repete o sorriso, acenando com a cabeça. Vegeta liga o scouter e consegue detectar a presença de uma aldeia Namek a poucas horas de voo do local onde se encontravam.
- Sigam-me, por ali. – O príncipe levanta voo e Kakaroto e Kaya seguem-no imediatamente. Sem que Vegeta se aperceba, Kaya faz sinal a Kakaroto para que este chegue perto dela, de modo a conseguirem conversar sem serem ouvidos.
- Eiii, idiota!
- Sempre um amor, Kay... – Kakaroto revira os olhos.
- Precisamos de conversar. – Ela diz simplesmente.
- Hmmmm, não acho... Penso que precisamos é de fazer outras coisas, que não envolvem um diálogo, pelo menos não um que seja lúcido. Ahaha. – Sorri, convencido. – Conversamos bastante na noite passada!
- És tão parvo...! É precisamente devido à tua estupidez e à noite passada, que eu quero conversar contigo.
- Hmmmm... Queres que te explique novamente o prazer que tenciono proporcionar-te? – O ar de safadeza estampado na cara de Kakaroto era indiscritível.
- Não! Não, não e não! O que eu quero é que deixes, de uma vez por todas, de me incomodar! Quero que apenas me dirijas a palavra se houver algum tipo de interesse em jogo para mim ou para o império, ou em caso de vida ou de morte! De resto, eu não quero nem sequer que digas o meu nome, entendido?! – Era uma pergunta retórica pois Kakaroto não teve tempo de responder. A saiyajin voou mais depressa, deixando-o sozinho e alcançado o seu tio.
Kakaroto ficou frustrado. Não entendia porque Kaya teimava em não querer admitir que de facto existia algo ali entre eles. Química, paixão, o que se quisesse chamar. Kaya despertava nele todos os seus instintos saiyajin, e Kakaroto podia jurar com a sua vida que ele também os despertava nela. Caso contrário, era impossível sentirem tudo aquilo que sentiam ao apenas se tocarem. Ficou confuso... Ele, Kakaroto, o grande playboy do planeta Vegeta, de quatro por uma mulher que afirmava não o querer. Não conseguia chegar até ela... começava a ver-se ficar sem opções. Não podia simplesmente tomá-la à força para si. Mas também não podia ficar sem ela... Bufou. Não sabia o que fazer, mas agora iria concentrar-se em procurar o tal poder mágico do planeta.

- Muito obrigada! – Bulma agradecia ao chefe da vila Namek que agora visitavam, emocionada e aliviada também. Já tinham conseguido três esferas do Dragão, aquele ritmo, mais dois ou três dias e conseguiriam realizar o desejo que os levou aquele planeta tão longínquo. O chefe Namek da primeira aldeia onde estiveram fez questão de os acompanhar à aldeia seguinte, propondo-se a explicar os propósitos dos terrestres ao outro ancião. O segundo ancião fez o mesmo, e levou-os à vila Namek seguinte. E assim seria sucessivamente, até conhecerem o grande chefe do povo Namek, que guardava consigo a esfera número 1.
- Estou tão feliz Kuririn! Vamos voltar a ver os nossos amigos numa questão de dias!
- Quantos dos vossos amigos morreram na luta contra os que vos atacaram?
- Quatro... Porque? – Questionou Kuririn, perante a pergunta do ancião.
- As nossas esferas só permitem ressuscitar uma pessoa de cada vez. Por isso só poderão dar a vida a três. – Concluiu.
E agora?! Bulma e Kuririn se entreolharam. Não estavam à espera desta situação... Até que Bulma, genial como sempre, teve uma ideia:
- Já sei o que podemos fazer! Ressuscitamos Piccolo, o que também trará Kami Sama de volta, e depois usaremos as nossas esferas da Terra para ressuscitarmos os nossos amigos, uma vez que essas nos permitem dar vida a um número mais alargado de pessoas! – Bulma terminou a frase sorrindo, o que fez com que os restantes presentes sorrissem de volta, animados com o facto de ter sido encontrada uma rápida e satisfatória solução para aquele problema.
- Tu pensas em tudo, Bulma!
Bulma levantou o queixo e fechou os olhos, orgulhosa de si própria: - Eu sou Bulma Briefs, o maior génio que a Terra já conheceu! É claro que eu penso em tudo!
Kuririn e o ancião caíram na gargalhada. Bulma era um génio sim, mas a sua auto confiança toda era deveras divertida.
Naquele dia iriam pernoitar na aldeia Namek. Apesar de em Namek nunca haver noite, pois existiam vários sois naquele planeta, o tempo, ainda que passasse de forma diferente, nunca deixava de ser tempo, e agora eles estavam cansados, era hora de fazer uma pausa. Bulma lança uma cápsula casa, para poderem ficar mais confortáveis. Tudo corria bem para os terrestres no Planeta Namek...

Amor Proibido - Dragon BallOnde histórias criam vida. Descubra agora