A técnica da teleportação instantânea

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5h30. A imperatriz andava de um lado para o outro da sala, nervosa e ansiosa, afinal, tinha sido bem clara ao ter dito a Kakarotto que deveriam encontrar-se às 5h em ponto.
O que será que teria acontecido? Ficara a noite toda a comer uma qualquer, e portanto ainda estava com ela? Grrrrr! A sua raiva poderia explodir com o palácio, se não tivesse cuidado.
De repente, um esbaforido Kakarotto aparece mesmo à sua frente...
- Kakarotto! - A saiyajin deu um pulo, ele apareceu vindo do nada. E estava na sua frente agora, cabelo bagunçado, roupa de treino torta... Dava para perceber que se tinha vestido à pressa. - Seu idiota! Pensei ter sido bem clara quanto ao horário a que nos deveríamos encontrar! Fizeste-me perder tempo!
Kakarotto revirou os olhos com toda a reclamação da saiyajin. Sim, verdade, ele estava atrasado, paciência, mas estava ali agora, Kaya tinha mais era de engolir o sapo. Ela precisava dele, e não o contrário.
- Estou a falar contigo!! - Kaya insistiu.
- Ai, Kaya, larga do meu pé! - Kakarotto estava por demais aborrecido. A noite anterior tinha sido uma frustração, uma vergonha. Não lhe apetecia agora discutir com a imperatriz, queria começar o treino e pronto, falando o menos possível.
- O que é que estás a dizer? Cuidado com o tom! Respeito pela tua hierarquia! - Kaya estava a ficar furiosa também. O mau génio combinado com o facto de ele se ter atrasado, e ela poder imaginar bem o motivo do atraso, formavam uma combinação explosiva de aborrecimento.
- Mas que tom, Kaya?? Eu estou aqui, podemos começar! Tu é que estás a insistir em chatear-me em vez de treinarmos!
- Se tivesses chegado à hora combinada, já poderíamos estar a treinar! Mas não! Atrasaste-te porque passaste a noite com mais uma vagabunda qualquer! - Kaya atirou.
- E se tivesse? Não tens nada, mas nada a ver com isso! Passo a noite com quem eu quiser, como eu quiser! Se eu quiser foder uma, duas, cinco ao mesmo tempo, eu o faço, percebeste bem? - Kakarotto estava para lá de chateado, a mimada da imperatriz estava habituada a ter tudo o que queria, à hora que queria e conforme queria, mas, novamente, era ela quem precisava dele e não o contrário, então ela teria de se acalmar.
- Arghhh, tu és um pervertido mesmo, só sabes pensar com a cabeça de baixo! Duvido que estejas assim tão mais forte, aposto que passas o teu tempo com vagabundas e andas a treinar pouco! - Ela sabia que não era verdade, Kakarotto estava muitooo mais poderoso, porém, agora queria aborrecê-lo tanto quanto ela estava.
- Como é que é? Estás bem enganada, imperatriz! E se quiseres vou já provar-to! - E Kakarotto coloca-se em posição de ataque, impelindo Kaya a fazer o mesmo.
- És mesmo um palerma! - Kaya parte para o ataque, rápida, certeira, desfere um murro tão mas tão potente do lado esquerdo da face de Kakarotto, que ele não apenas não consegue antecipar, como sequer defender, e bate com estrondo numa das paredes da sala.
Uau. Ele esfregava a face estupefacto, a força do golpe tinha-o apanhado completamente desprevenido.
Só que Kaya não perde tempo, e novamente o atacou, desta vez com um pontapé de direita no estômago, seguido de uma esfera de ki que mais uma vez Kakarotto não pôde defender. A sacaninha estava mais rápida e mais forte, os golpes certeiros... O ki dela... Parecia rivalizar ou até, quem sabe, superar o seu... Parecia inacreditável... Mas não estava disposto a apanhar sem ripostar, e não deixou o fumo da esfera de ki se dissipar, acertou em Kaya com um violento soco no estômago, e tendo ela se contorcido, golpeou as suas costas com uma cotovelada de direita que a levou ao chão, mas rapidamente se recompôs e formou uma esfera de ki, tendo Kakarotto de ser rápido para responder à mesma. Eles elevavam-se no ar, procurando cada um imprimir mais poder à sua esfera. Ambas as forças equilibravam-se bastante, as esferas acabaram por se destruir mutuamente.
1 a 1. Os dois olhavam-se profundamente, faíscas de excitação e mais alguma coisa, nasciam nos olhos azuis e nos olhos negros. Eles amavam combater, e para eles, não havia melhor parceiro de treinos do que o outro, sabiam-no bem. As forças praticamente equiparadas levava-os a querer superar-se constantemente.
- Eu SEI que estás mais forte... Mas num combate aberto, creio que não é o suficiente para me venceres. No entanto, não é por isso que estamos aqui. - E Kaya desfaz a posição de ataque, dando um suspiro. - Agora, quero que passemos ao que viemos aqui fazer: a teleportação instantânea.
- Isso é o que ainda vamos ver... - Kakarotto respondeu, cruzando os braços, mas decidiu também respirar fundo e aceder. Deveriam concentrar-se, não ia ser fácil para Kaya dominar a técnica, para ele foi bem complexo.
- Mas bom... A teleportação instantânea consiste na desmaterialização do corpo, e posterior materialização noutro lugar, o local de destino. Só consegues deslocar-se para sítios cuja localização precisa conheças, ou que consigas encontrar um ki que te seja familiar e possas conectar-te de modo a perceberes onde o mesmo se encontra. - Kakarotto explicava, agora mais calmamente. - A energia que gastas é tanto maior quanto maior a distância para onde te desejas teletransportar. A viagem mais longa de teleportação que eu já fiz, é entre o planeta Vegeta e a Terra, acredita, é uma distância considerável. Para começarmos, tens de conseguir transformar o teu corpo e o teu ki numa energia leve, assim:
E Kakarotto chega mais perto de Kaya, instruindo-a a respirar pausadamente.
- Tens de relaxar mais, respiração mais calma... - E, colocando-se atrás dela, pousa a mão no seu ventre tapado pelo uniforme, querendo ajudá-la a normalizar a respiração. Mas a tensão de ambos subia com a aproximação dos corpos... Kakarotto cola-se involuntariamente ao corpo da saiyajin, que naquele momento prendeu a sua respiração e agradeceu-se mentalmente por ter reforçado a proteção do sutian... - Kaya... O teu corpo tem de estar leve como uma pena, em sintonia com a tua mente, tens de te sentir como se fosses apenas matéria. E para isso, precisas de relaxar, estás com o corpo muito tenso...
- E achas que eu consigo relaxar contigo colado em mim?! - A saiyajin bufou, fugindo-lhe a boca para a verdade.
- Só estou a tentar ajudar-te, como pediste... - Ele disse, rouco, num suspiro. - Vá, concentra-te... - A voz dele, tão perto, deixava-a em ebulição. Mas fechou os olhos e tentou deixar-se levar pela leveza do toque dele, que continuava atrás de si, com a mão na sua barriga, como se a segurasse, ao mesmo tempo que a ajudava a ficar leve.
Alguns minutos depois, ambos tinham conseguido normalizar a respiração, controlando-a, respiravam exactamente ao mesmo ritmo, de olhos fechados e corpos colados.
- Pronto... Concluímos a lição número 1. - Ele disse, baixinho, sem se desencostar dela. - Já consegues perceber como passar a tornar o teu corpo leve e mutável.
Eles ficaram em silêncio, um pouco mais, uns instantes que pareceram eternos. Não conseguiam sair de perto um do outro, o íman dos seus corpos e a electricidade que os percorria era demasiado intensa. Kakarotto continuava com a mão no seu corpo, sentindo agora a respiração da saiyajin a descompassar, o que igualmente fazia tremer a sua, e o seu membro dava sinais de querer entrar em cena. "Não é o timing!!", ele reprimia, mas o corpo sabe o que quer, e neste momento, não o obedecia.
- E agora? - Ela questionou, também não saindo do seu abraço, totalmente encaixada e excitada por começar a sentir aquilo que ela bem conhecia e suspeitava não estar enganada a respeito.
- Agora tenho de ir tomar o pequeno almoço! Estou a morrer de fome! - Ele riu, virando-se repentinamente de costas para ela, conseguindo acalmar-se. Continuar a alimentar aquele desejo insuportável não seria benéfico para nenhum dos dois.
Kaya suspirou, aliviada ou chateada, não sabia bem. Não importava, o ideal era cingirem-se ao estritamente necessário.
- Ouve, na realidade, acho também importante falarmos sobre o outro assunto.
- Outro assunto...? - Kakarotto continuava sem se virar e Kaya fez cara feia. Já tinha tido mais do que tempo para se "organizar".
- Sobre a poluição.
- Ah, sim...
- Amanhã. Treino, pequeno almoço, e reunião de negócios. - Ela afirmou, peremptória, não dando escapatória a Kakarotto.
- Muito bem, alteza.
- Vê lá se não te atrasas, como hoje. - E tão depressa quanto o disse, saiu, apressada para ir para junto dos bebés.

Amor Proibido - Dragon BallWhere stories live. Discover now