57; the infinite...

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POV Sal Fisher

Quando pisou os pés ali dentro, Sal sentiu uma sensação muito estranha o preenchendo. Suas mãos automaticamente começaram a soar, enquanto seu coração palpitava com força dentro do peito. Sem dúvidas a aura dos apartamentos Addison estava muito mais macabra do que já era naturalmente.

As coisas pareciam estar correndo rápido demais num curto período de tempo, ele quase se sentia perdido. Precisou respirar fundo algumas vezes, enquanto junto de sua namorada, seguiram até o elevador.

— O que devo fazer agora? — Sal perguntou assim que seguiram até o elevador, e você usava o cartão de acesso para o porão.

— Se as coisas seguirem na mesma linha, Rosenberg irá falar com você e te orientar — você explicou, tentando controlar seu nervosismo assim como Sal — E então ela deve liberar a Ashley para te ajudar…

Antes que Sal pudesse questionar mais alguma coisa, as portas do elevador se abriram, e ele apenas a seguiu enquanto você saía dali às pressas. Você parou em frente a porta que dava para o cômodo que tinha a entrada subterrânea do templo, ambos encararam a porta apreensivos.

O rapaz segurou sua mão, puxando-a para perto antes de segurar seu rosto, olhando no fundo de seus olhos. Notou que o rapaz respirava alterado, visivelmente nervoso com tudo o que estava acontecendo. Você colocou suas mãos sobre as dele, acariciando-as enquanto tentava confortá-lo de alguma maneira, por mais que fosse quase impossível.

— Vai ficar tudo bem, Sal… — você disse, mesmo que no fundo não tivesse tanta certeza sobre aquilo — Nós vamos ficar bem…

Ele ficou em silêncio por um momento, engolindo o seco olhando no fundo de seus olhos. Ele respirou fundo, concordando com a cabeça antes de dizer:

— Tenha cuidado, por favor… — pediu, acariciando suas bochechas. Você apenas concordou com a cabeça em silêncio.

— Acho melhor você testar a guitarra — você avisou, enquanto pegava a chave da porta.

Sal concordou rapidamente, por um momento o rapaz tinha até mesmo esquecido a modificação que Todd havia feito. O Morrison conseguiu explicar meio por cima como funcionava, mas de qualquer forma o Fisher havia entendido. O rapaz ajeitou o instrumento da forma certa, mordendo o interior da bochecha meio ansioso. Ele tocou a primeira nota, seguindo cuidadosamente as outras.

Sal olhou para você alguns segundos, e quando abriu a boca para dizer algo, sentiu como se sua visão começasse a embaçar. O cenário ao redor parecia escurecer aos poucos, sentia como se estivesse sendo puxado para fora daquela realidade. Ele tentava te encontrar em meio aquela bagunça de cenários, mas não encontrou nada além de uma repleta escuridão.

Seus olhos observavam o redor, extenso de escuridão e sem fim. Um limbo exato onde o fazia sentir um breve déjà vu. O rapaz conseguia ouvir um som alto ecoando pelo redor, antes de enxergar a imagem fantasmagórica se formando a sua frente, reconhecendo rapidamente Alyson Rosenberg.

— Rose? — o rapaz quase sussurrou, surpreso. Por mais que já tivesse sido avisado que se encontraria com Rose, ainda sim era muito mais estranho do que ele poderia imaginar. O fantasma da mulher flutuava pelo ar, enquanto parecia emitir um som estranho.

— Esse seu instrumento possui magia de outro mundo, rapaz — a mulher disse, a voz parecendo alta demais — No fim das contas, a profecia parece que irá realmente se cumprir… — divagou, olhando para Sally fixamente. O rapaz parecia querer perguntar algo, mas foi interrompido — Com esse poder, você deve destruir os pilares para prosseguir, eu consigo liberar sua amiga Ashley para ajudá-lo nesse processo — a mulher explicou, rápido demais, porém Sal estava compreendendo.

Obscure Love ; Sally FaceOnde as histórias ganham vida. Descobre agora