Capítulo 61

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Isabella Bacelar
- Eu não sei o nome dele. Moço qual é o seu nome? – Falo gritando e me segurando para não cair.

- Pedro. E o seu? – Ele fala rindo dirigindo como um louco.

- Isabella. Muito prazer. – Falo quase caindo e rindo.

- Isabella. Acabo de conhece ele? Já está no carro dele? – Bomani fica nervoso do outro lado da tela.

- O que está acontecendo? – Zuri aparece na tela curiosa.

- Oi Zuri. Você está aí... – Falo animada.

- Oi – Ela fica rindo. – O que está acontecendo? - Ela me olha preocupada.

- O senhor Pedro está nos levando com emoção para conhecer as praias. – Falo gritando e quase caio.

- É o passeio de Buggy que você falou? – Zuri pergunta morrendo de rir

- Se segura senhorita Bacelar. – André fala e segura minha cintura.

Olho para Marina. Ela estava agarrada com as duas mãos no buggy em silêncio. Parecia estar muito assustada. Faço um sinal para o senhor Pedro diminuir a emoção. Sento ao lado de Marina e ela me olha forçando um sorriso.

-Essa é a Marina. Esses são Zuri e Bomani. - Falo e aponto a tela.

- Olá Senhora Barcelar. - Os dois falam juntos e marina retribuiu.

Ficamos conversando por mais alguns minutos. Bomani me atualizou sobre o andamento da obra. Já estava bem adiantado, o que me deixava mais tranquila. Não tinha acontecido nenhum problema o que também era ótimo. O cartel tinha desaparecido, a dívida estava paga e Jafari estava organizando melhor a questão da arrecadação de dinheiro.

Depois de alguns minutos desligo o telefone. O senhor Pedro nos deixa em frente ao nosso restaurante preferido e que só era possível comer porque meu pai não estava aqui. André me ajudou a sair do carro e depois fez o mesmo com Marina que ainda estava se recuperando do passeio.

Entramos no restaurante e sentamos na mesa de sempre. Por sorte ela estava vazia. O restaurante era lindo, tinha uma parte aberta e uma coberta. Ficamos sempre na área aberta. Tinha uma sacada linda com a visão do mar. Era calmo, parecia que o mundo era um lugar tranquilo. Esse restaurante era especial, me trazia paz.
Marina se senta de frente pra mim e fica olhando a paisagem também. André se senta na minha frente, mas logo pede licença e se levanta. Marina me olha sorrindo querendo perguntar algo.
-Fala logo. - Faro rindo.

-E você e esse Bomani. Ele é bem preocupado com você. - Ela fala rindo.

-Não... Ele é como um irmão pra mim.... - Falo rindo e olho pra ela. - E o André? Bem preocupado com você. - Ela me olha assustada.

- Não. Isabella, me respeita. Não, eu amo seu pai apesar de tudo. - Ela fala nervosa. - Seu pai é muito difícil de lidar. O filho que eu não pude ter é o seu pai. Ele é desatento, complicado, impulsivo, irresponsável. Mas de verdade, são muitos anos com ele. Não consigo mais viver sem Raul. Amo essas viagens, mas tenho que assumir que eu volto com saudades de dele.

- Tem pontos positivos de estar com meu pai? Porque eu não consigo imaginar. - Falo rindo.

- Ele se preocupa comigo, da maneira dele. Briga por mim quando é necessário. Quer me ver feliz. Ele não é perfeito, mas foi o melhor homem que eu achei. Não sei te explicar. - Ela fala pensativa.

- Acha que ele é sua alma gêmea? - Falo lembrando da lenda da África.

- Acho que sim. Não sabia que você acreditava nessas coisas. - Ela me olha curiosa.

- Eu sei lá... Na África eu ouvi algumas coisas... Mas esquece isso. É papo para outro momento. - Vejo André se aproximar.

André se senta a mesa e fazemos nosso pedido. Depois de alguns minutos a comida chega. Deliciosa como sempre, os melhores peixes e camarões da cidade. Eu peço uma bebida e tiro uma foto para Caleb com a paisagem no fundo. Minutos depois ela me respondeu dizendo que a paisagem era linda, mas que provavelmente eu estava mais. Marina me vê sorrindo.

- É o Caleb? Estão bem de novo? - Ela pergunta animada.

- Sim... Conversamos. Resolvemos tudo. - Falo pensativa.

- E qual era o problema? - Ela pergunta curiosa.

- Bobeira. Mas ele disse que se sentiu impotente quando viu a casa de vocês. Ele sempre diz que sou patricinha, que sou rica, que uso pijama de rica. - Falo rindo. - Mas sei la...

- Entendo. – André pensa alto.

- Você expressando sua opinião. – Falo rindo e ele fica sem graça. – Me diz o que você entende André.

- Não Senhorita. Eu só estava pensando.... Lembrei de uma coisa... – Ele fica nervoso.

- Me fala o que você entende. Porque eu não entendi nada. – Falo sorrindo.

- Bem... Eu investiguei ele. – Não deixo ele terminar.

- Investigou ele? Porque ? – Fico assustada.

- Seu pai disse que vocês estavam em uma vídeo chamada juntos. A senhora Marina disse que estava desconfiando de alguma coisa. Então investiguei ele. Se fosse o caso dele fazer parte da família. – Ele fala nervoso.

- Está cuidando de mim ou sendo fofoqueiro? – Fala rindo.

- Cuidando. E fazendo meu trabalho. – Ele me olha com um leve sorriso.

- Entendi. Continue. Me diz o que você descobriu. – Falo animada. – Estamos curiosas. – Marina confirma.

- Bem. Ele vem de uma infância bem pobre. Passaram muita dificuldade. Os pais sempre trabalharam muito. A mãe dele fazia comida pra fora, cuidava dos filhos dos vizinhos, lavava roupa pra fora. O pai já teve dois empregos de uma vez. Mas as empresas foram a falência, em outras ele foi mandado embora. Com quinze anos ele deu entrada no hospital, no relatório estava escrito ferimentos moderados. Busquei mas e descobri que ele separou uma briga dos pais e o pai agrediu ele. – Ele me conta e eu fico assustada.

- O pai de bateu nele? A ponto de ir para o hospital? – Fico assustada.

- Isso é um absurdo. Aonde está o pai dele hoje? – Marina pergunta indignada. – Foi preso ?

- Não. Eles se separaram na época. Hoje ele vive em uma cidade pequena, Itapeba. Fica na região dos lagos. Eles não tiveram mais contato. – Ele fica me observando.

- Meu Deus. Isso é muito triste. – Falo pensativa.

Destinada ao Amor Where stories live. Discover now